III

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                               ALEX

Ainda não criaram distração melhor para um homem do quê uma bela mulher, e foi pensado nisso que bolei um plano. Se eu quisesse que esses filhos da puta me falasse quem era o novo chefão dos negócios de Santiago, eu tinha que descobri o nome de quem estava por trás disso tudo.

Ontem a tarde quando sai do hotel depois de discute com Eva, fui beber. E foi nesse bar que encontrei Filipe. Um ex-traficante, que antigamente trabalhava para Santiago; isso até o chefe resolver foder com preciosa e intocável irmã de Filipe. E aproveitando desse fato, me aproximei do homem e puxei conversar. Ele me parabenizou por ter matado Santiago, já eu apenas balancei a cabeça em um sinal de agradecimento mas não disse nada. Perguntei para Filipe se ele sabia alguma coisa sobre um um novo chefe, ele disse que não, contudo eu poderia encontrar respostas para minhas perguntas no clube Lady Midnight. Depois de me despedir, fui atrás do tal clube. Quando vir a fachada do lugar, não fiquei surpreso ao descobrir que o tal clube era de stripper. Mas até voltar para o hotel eu ainda não tinha um plano em mente.

Foi só depois que Eva ficou nua em cima de mim — e me fez esquecer completamente o porquê eu estava puto com ela — e sua linda boceta se esfregava em meu pau, que tive a grande idéia. Se Eva apenas de calcinha e sutiã me distraiu, porque com outros homens seria diferente?

E foi assim que acabei sentado nessa mesa do clube de strippers, rodeado de traficantes — quatro para ser mais específico.

As luzes do clube são apagadas e uma música começar a tocar, todos viram em direção ao palco em forma de T. Olho em direção aos homens sentados na mesa, todos os quatro estão concentrados no palco, onde surge a mulher. Ela estava usando um casaco preto grande amarrado na cintura, o chapéu em sua cabeça escondia os cabelos. Como estava de cabeça baixar, não podíamos ver seu rosto, mas assim que a música começou, ela ergue a cabeça revelando a máscara dourada que usava, e na medida que a música tocava, ela andava pelo palco tirando as roupas. O primeiro a sair foi o chapéu, enormes cabelos castanhos caíram em cascatas ao seu redor, ela para no meio do palco e abre o casaco, revelando aos poucos o que usava por baixo. Um sutiã dourado brilhoso, a calcinha também era dourada e brilhosa, já os saltos eram prateados. Quando a mulher na música começou a cantar, ela abriu um sorriso de canto e começou a desfilar em direção ao Pole Dance. Os homens ao seu redor gritavam, mas ela os ignorou. Quando chegou no Pole Dance, ela olhou em minha direção e nossos olhares se encontraram, abro um sorriso a encorajando, ela retribuiu e ficar de costas e começar a rebolar. Os caras sentados ao meu lado começam a remexer no assento e eu reprimir um sorriso. Minha teoria estava certa.

Oito horas antes, eu havia trago Eva ao clube para o meu plano começar a ter andamento. De começo ela negou, mas com um jeitinho fiz ela topa. Débi, dona do clube, ficou animada com o show inédito, pois segundo ela, os homens já cansaram das mulheres da casa, e carne nova os deixaria animados. E foi assim que Eva foi parar ali em cima, dançando como se fosse uma verdadeira stripper e que a falta de roupa não a incomodava.

Enquanto os caras olhavam vidrados a minha mulher dançar, comecei a fazer perguntas.

— Fiquei sabendo que tem um filho da puta querendo tomar os negócios de meu pai. — digo. Se eu quisesse ser convincente, tive que finge que estou de voltar para administrar os negócios de Santiago.

— Sim. — Félix ao meu lado responde, mas continua concentrado no palco. — Pensei que tivesse fugido disso, Alexandre.

— Se não soube, fui preso.

— Por mata o seu pai. — Pedro, filho de Félix, diz se intrometendo. Eu havia percebido que ele estava olhando estranho para mim.

— Eu não matei ele, e já provei isso.

Ele ergue a sobrancelha, não convencido.

— Quem matou então? — perguntar.

Nesse momento as pessoas ao nosso redor começam a gritar. Volto minha atenção para o palco e vejo o exato momento que Eva ficar de quatro no chão e jogar os cabelos para o lado e começar a dança no ritmo na música.

Puta. Que. Pariu!

Os quatro homens — inclusive eu — nos mexemos em nossos lugares. Eva levantar e faz uma volta no Pole Dance em seguida pular na barra e desce lentamente.

— Essa desgraçada me deixou de pau duro. — o cara ao lado de Pedro diz. Fecho os punhos por baixo da mesa. Muito bem, preciso do maldito nome para acabar logo com essa palhaçada.

— Quem é o novo chefe? — minha voz sai um pouco irritada. O que não era o de menos. Esses filhos da puta estavam de pau duro pela minha mulher, e a culpa era toda minha!

— Cobra. — Félix diz distraído. Todos pareciam distraídos, até o maldito Pedro.

Cobra. Já fazia alguns anos que eu não escutava esse apelido.

— Estou louco pra essa dançarina dançar em cima de mim hoje a noite.

Ok, já chegar. Estava na hora do show acabar.

— Sinto muito em dizer que essa dançarina vai dançar em apenas uma cama hoje à noite. — me levanto, e olho para cada um quando digo. — E é na minha.

Saio deixando o dinheiro em cima da mesa para pagar a cerveja que tomei. Passo pelas pessoas indo em direção ao palco, meu foco está completamente na mulher dançando em cima dele. Quando chego na beira do palco, ela me ver e para de dançar, faço um gesto com a cabeça para ela descer. Eva vem até mim, senta na beira do palco e eu a pego nos braços, a ajudando descer. Já no chão, tiro minha jaqueta e dou para ela vestir. Percebo que as pessoas estão olhando para a gente sem entender nada. Eva sai na frente indo em direção a saída, eu a sigo.

— Eu tô me sentindo uma prostituta. — ela diz enquanto vestir minha jaqueta. — Espero que esse meu showzinho tenha válido a pena.

— Valeu muito a pena. — passo meus braços por sua cintura, em um claro gesto de que estou marcando território. — Eu não gostei nada do jeito que você estava dançando para aqueles caras.

— Eu não estava dançando para eles. — posso ver seu sorriso por trás da mascarada que estava usando. Já fora do clube, dobramos o beco e vamos em direção ao carro preto estacionado na esquina.

Eva só tira a máscara quando está dentro do carro.

— Você conhece a pessoa que está por trás disso tudo? — ela pergunta amarrando os cabelos distraída, mal percebendo o volume crescendo entre minhas calças.

— Sim. — digo ligando o carro e saindo daquele local.

E conhecia bem. Cobra. Eu que havia dado esse apelido a ele quando éramos crianças. Fomos criados juntos, os filhos de Alexandre Santiago e Fernando Santiago. Alex e Luke, os primos inseparáveis.

Todavia parece que as coisas mudaram, já que meu primo me queria morto.

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Os dias de postagens são as quartas e domingos, mas caso o capítulo já esteja pronto antes do dia, eu irei postar.

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