Sequência de Insaciável.
Segunda parte do livro II da série Corrompidos.
Ela foi arrancada de sua vida.
Ele era mergulhado em amargura e culpa.
Ela foi doce e ingênua.
Ele caiu ao seus pés.
Ela o fez recomeçar.
Ele a fez começar.
Ela queria que e...
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— Eva, vai com calma! — Estevan arregala os olhos quando ela corre em volta da mesa de jantar. Faz quase um mês que ela começou a andar, porém, para nosso completo desespero, aprendeu a correr também, e é só o que faz desde então. — Porra! — Ele a segura antes dela cair no chão. Nossa pequena encara o pai e começa a rir. Aley está de olhos arregalados ao meu lado, mas assim que vê que está tudo bem, começa a gargalhar junto com a irmã.
Estevan me olha incrédulo e eu também não aguento e rio alto.
— Vocês querem me matar, não é? Só pode! — Rosna pegando Aley com o outro braço e o jogando sobre o ombro, nosso menino gargalha se segurando no pai. Depois ele avança sobre mim agarrando minha cintura e beijando minha boca com força e rapidez me fazendo sorrir e apoiar o Aley quando ele sai correndo pela varanda com nossos filhos gargalhando junto dele.
Meu celular toca e eu vejo que é papai, atendo rapidamente. Ele sempre me liga para saber como estamos. Depois de atualizá-lo de tudo e saber que eles estão bem, nos despedimos e encerramos a chamada.
— Cuidado, amor, Eva acabou de mamar — alerto quando ele começa a fazer cócegas nela, ainda estou com a mamadeira nas mãos.
— Posso entrar na piscina, mamãe? — Aley pergunta pulando e correndo em volta.
— Calma, querido, vamos colocar sua sunga e pegar a boia do Homem-Aranha? — Ele arregala os olhinhos e assente alegre.
Depois de trocá-lo voltamos e ele entra na piscina com a boia em volta do corpo. Estevan aproveita e me pede as roupinhas da Eva, no final nós quatro estamos na água nos divertindo.
°°°
— Vovô! Aqui. — Aley aponta para o desenho que fez. Seis rabiscos com bolas na ponta e três deles usando algum tipo de vestido, representando as mulheres presentes: eu, Eva e Mary. Os outros são ele, o papai e o Estevan.
— Nossa, filho! Ficou incrível — comento e ele sorri orgulhoso quando eu coloco na geladeira ao lado do outros desenhos que ele já fez.
— Esse meu neto vai ser um verdadeiro artista, olha só como desenha bem! — Papai se impressiona e Aley abre ainda mais o sorriso lindo dele.
Eva resmunga tentando pegar o giz de cera das mãos do Aley e ele levanta impedindo.
— Não, não, Evie. Lembra quando eu te dei o que você fez? — Ele fala bravo. — Você comeu, não pode comer isso. — Eva faz uma carinha confusa e depois tenta novamente pegar o giz, mas Aley não deixa, então ela faz um biquinho o olhando brava e senta no carpete começando a chorar. Aley me olha e eu pego a garotinha birrenta do chão.
— Eva, não seja teimosa! — Ralho, ela funga. Nem lágrimas saíram, apenas seu gritinho fingindo o choro. Diferente do Aley, Eva tem um gênio difícil de lidar, gosta das coisas na hora dela, do jeito dela. E isso mesmo sendo tão pequena.
