A filha de André Silva

18 *

Assim que o André já estava pronto, ele veio ter connosco, onde decidimos vir para casa dele.

Como a Mary, o Afonso e o Filipe vieram com ele, supostamente eles iam todos no carro dele, mas como eu vinha sozinha com a minha filha a Mary perguntou-me a ver se podia vir comigo, e eu aceitei.

Durante todo o caminho estivemos a conversar e parecia que já a conhecia aos anos, quando estava mesmo prestes a estacionar o carro à frente da casa dos irmãos Silva, fiz uma pergunta que já me estava na cabeça a alguns minutos

- Tu namoras com o Filipe? - perguntei a Mary mesmo por curiosidade

- Não! - ela respondeu rápido ficando logo corada

- E depois sou eu que te engano.

- Estou a falar a sério, somos só amigos.

- Mas tu gostas dele.

- Nota-se assim tanto? - ela perguntou envergonhada saindo do carro ao mesmo tempo que eu

- Mais ou menos.

- Como assim mais ou menos?

- Opa, eu posso ter reparado nos teus olhos quando falas ou olhas par ele. - apontei começando a tirar a Ana dos bancos traseiros

- Aí meu deus se tu reparaste ele se calhar também reparou.

- Wow calma! Para aí o drama, eu reparei porque quando era com o André eu também era assim. - contei-lhe abaixando a voz

- A sério?

- Sim. Eu ao início pensei que eram coisas da minha cabeça e tal, mas depois os sentimentos começaram a ficar maiores e mais fortes.

- Wow isso não sabia. Posso-te perguntar de onde é que o conheceste?

- Claro! - eu sorri ao lembrar-me - Até teve a sua piada a primeira vez que nos cruzamos. Eu estava quase a correr na rua porque já estava atrasada para ir ter com uma amiga minha e ela odeia que cheguem atrasados, e posso ter ido contra o André que estava a beber um Sumol e por minha causa ele entornou o Sumol todo para cima de mim e dele.
Ele ficou chateado e eu paguei-lhe outro sumo - comecei-me a rir

- A sério?

- Yep.... Depois a segunda vez que nos cruzamos eu estava a comer um gelado e ele estava a jogar a bola com o irmão e com os primos, no momento que eu estava a passar ele chuta a bola e a mesma bate literalmente na minha cara e eu nesse segundo estava a levar o gelado a boca.

- Aí meu deus - ela começou-se a rir - Eu estou a imaginar isso

- Pois... ri-te, ri-te, se fosse contigo acredita não tinha graça nenhuma. O raio do gelado ficou espalhado por a minha cara toda, para não falar depois no raio de marca com que fiquei. Quando vi que era ele e ele viu que era eu, o estupido começou a rir-se da minha cara e disse "agora estamos quites"

- Ele disse mesmo isso?

- Disse! - o André apareceu atras de mim assustando-me - E depois ela com o resto de gelado pos-mo dentro da camisola ou melhor pelas costas abaixo e ainda me fez pagar-lhe outro

- Porque é que ninguém gravou deus!

- Nos vimos! - o Afonso disso todo contente - Foi mesmo hilariante a cara do André quando a lua lhe espetou o resto do gelado pelas costas. Nunca mais me vou esquecer

- Eu devia era ter-te atirado com algum a ti para veres como aquela merda estava gelada.

- Fogo eu estava chateada então quando vi que tinhas sido tu a fazeres-me aquilo deus...

- Eu sei amorzinho - o André disse fazendo-me corar a mim e a ele - Hm... vamos?

- Sim...

- Deixa que eu levo a Ana.

- Mas e o resto? - ela perguntou e eu e o André ficamos a olhar um para o outro - Desculpem se fiquei curiosa, eu isso não sabia.

- Depois começamos a ter a companhia um do outro por causa da minha prima e do senhor Afonso.

- Porque namoram?

- Não! - o Afonso gritou

- Então?

- Ela era a minha melhor amiga. - ele baixou o olhar

- E já não é?

- Mary! - o Filipe avisou-a

- Desculpa...

- Não deixa, eu fodi a nossa amizade vamos dizer assim.

- Hm...

- Continuando - eu tentei desviar aquele assunto - Depois o André e eu estávamos-nos sempre a picar e a mandar boquinhas aqui, boquinhas ali e depois uma noite estávamos completamente bêbados e pronto, pelo que os outros disseram já queríamos ir a uma igreja e casar e tudo. E pelo que percebi chegamos mesmo a entrar dentro de uma mas foram lá a tempo e levaram-nos para casa.

- Eii pois foi! - o André diz abrindo a porta de casa - Depois no dia seguinte contaram-nos o que se passou e ficamos para aí duas semanas sem nos falarmos o que foi estupido. Eu só voltei a falar com ela quando a vi com um rapaz, eu admito fiquei mesmo com ciúmes, e isso foi para nada porque ele era gay. Depois disso admiti o que sentia e ela fez o mesmo e começamos a namorar.

- Quanto tempo levaram para descobrir que gostavam um do outro?

- Um ano e meio quase dois anos

- Credo isso é muito tempo.

- Ya.

- Posso fazer uma pergunta desculpem a estiver a ser intrometida

- Claro na boa diz? - eu perguntei

- Há quanto tempo namoravam quando descobriste que estavas grávida? - ela perguntou deixando-me desconfortável - Não és obrigada a responder, desculpa se te deixei desconfortável.

- Não...hm... nos namorávamos já ia fazer três anos? - olhei em dúvida para o André, mas ele concordou

- Vês o que te digo!

- Mary menos. - eu pedi

- Vá vamos festejar o aniversário desta criança ou não? - o Filipe põe-se

- Sim vamos... - todos concordamos aliviando o ambiente que se tinha formado

Eu olhei de relance para o André e este estava a encarar a parede com uma expressão triste e desiludida

- Desculpa... - eu disse-lhe ao ouvido quando cheguei ao pé dele

- Por o que?

- Por te ter relembrado tudo.

- Não peças desculpa. Só me fizeste relembrar momentos dos quais eu não quero esquecer nunca.
Eu não os trocaria por nada deste mundo.

- A sério?

- A sério. Tu fostes uma das melhores coisa que me apareceram na vida e a Ana foi um bónus extra, muito bom acredita. - ele disse beijando-me o topo da cabeça

OLÁ MEUS AMORES! O QUE ESTÃO ACHAR COMENTEM. EU ESPERO MESMO QUE GOSTEM JÁ DESVENDEI MAIS UMA BOCADINHO DA HISTÓRIA DESTES DOIS
BJS