Capítulo 25 - PARTE I

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POV GUSTTAVO

_ Acorda, Gusttavo! _ Sou acordado com a mão da Manu sacudindo o meu ombro de um lado para o outro. 

_ Me deixa. _ Digo com a voz arrastada pelo sono e fico de bruços, enterrando a cabeça no travesseiro. 

_ Acorda, Gusttavo! _ Manu praticamente grita no meu ouvido e rolo o corpo, ficando de barriga para cima ainda de olhos fechados. 

_ Não enche. _ Resmungo e levo o travesseiro ao rosto para abafar a voz da minha adorável irmãzinha. 

_ Se não levantar agora dessa cama pode ter certeza que vai chegar atrasado na faculdade. _ Sua voz chega baixinha nos meus ouvidos e sorrio pelo método do travesseiro ter funcionado. 

Quando ela percebe que não movo um dedo sequer a minha proteção é arrancada de cima do meu rosto e abro os olhos lentamente ao constatar que ela não arredaria o pé enquanto eu não levantasse. 

Depois de me acostumar com a claridade que preenchia o quarto, focalizo a Manu parada do meu lado esbanjando um sorriso tão largo que me fez perguntar o que diabos ela toma para acordar com essa animação toda a essa hora da manhã. 

_ Menina insuportável! _ Exclamo e antes que ela notasse as minhas intenções agarro ela pelas pernas e a derrubo na cama, cobrindo o seu rosto com o travesseiro que ela arrancou das minhas mãos. 

_ Para, Gus. _ Sua voz sai abafada e ela se debate, tentando se livrar dos meus braços que a mantinham presa contra o colchão. 

Depois de alguns segundos vendo o esforço inútil que ela fazia para se soltar, tiro o travesseiro somente para levar a mão até o seu rosto e torcer levemente o seu nariz entre os meus dedos, a fazendo gritar. 

Solto o seu nariz e sorrio ao vê-lo adquirindo uma tonalidade avermelhada. 

_ Não sou mais aquela menina que você deixava de nariz vermelho. _ Ela resmunga enquanto massageia o nariz. 

_ Mas continua tão chata quanto. _ Digo, indo até o armário para escolher uma roupa para vestir. 

Torcer o nariz da Manu era a maneira que eu usava, quando criança, para afastá-la quando ela tirava o dia para me irritar ou mexer nas minhas coisas, e apesar de nunca apertar com força ela sempre chorava, o que resultava em uma bronca que eu recebia do meu pai por maltratá-la, além de ficar o dia inteiro trancado dentro do meu quarto sem ter o direito de sair nem para comer. 

_ Está doendo. _ Ela choraminga igual fazia anos atrás e vou até ela depois de tirar uma camiseta preta do cabide. 

Pego seu rosto entre as mãos e deixo um beijo no seu nariz, fazendo ela sorrir. 

_ Pronto. Não está doendo mais. _ Ela abre ainda mais o sorriso e volto a vasculhar o guarda-roupa a procura de uma calça jeans _ Que horas são? _ Pergunto após arremessar as roupas sobre a cama. 

_ 8:30. 

_ Merda. _ Praguejo já pegando as roupas e correndo para o banheiro _ Por que não me acordou mais cedo? _ Indago ao fechar a porta e tiro a calça de moletom que uso para dormir, jogando-a na pia. 

_ Mais cedo? _ Pergunta ironicamente _ Estou te chamando a horas. 

Visto as roupas que estavam no meu braço e escovo os dentes rapidamente. Depois de pentear os cabelos com as pontas dos dedos saio do banheiro, encontrando a Manu sentada na beirada da cama com uma perna sobre a outra e me olhando com um sorriso que me faz perceber que ela queria me pedir alguma coisa antes mesmo dela abrir a boca. 

Foi Tudo uma ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora