--Abro os meus olhos... parece que minha cabeça foi pisoteada por um elefante. Enquanto me pergunto o motivo de estar em um leito de hospital, percebo que meu braço esquerdo está engessado. Eu não consigo me lembrar do que aconteceu, nem como eu vim parar aqui. Para falar a verdade, não consigo me lembrar de ninguém.
Apenas meu nome e idade vem em mente. Ao tentar pensar em algo, minha cabeça lateja ainda mais de dor. Levo meu braço direito até meu rosto para coça-lo. enquanto me faço uma série de perguntas, um médico entra no quarto em que estou...
-Doutor!- eu o chamo com a voz um pouco debilitada.
Ele olha para mim com uma expressão de surpresa e diz...
-Bem vindo de volta ao mundo dos vivos meu rapaz! Como se sente?- perguntou enquanto examinava minha retina com uma espécie de mini lanterna.
-Bom, minha cabeça dói muito e eu tenho dificuldade para me movimentar e falar-
-Não me admira nem um pouco- para com o check up, puxa uma cadeira e senta ao meu lado- Seu acidente foi bastante feio meu jovem. Tem sorte de ter lhe custado apenas uma semana em coma e um braço quebrado
-UMA SEMANA?!- aumento muito meu tom de voz, o que me provoca uma breve tosse.
-Acalme-se. Sei que é uma notícia atordoante, mas procure não se exaltar- me previne enquanto segura meu braço para que eu não pule da cama.
-Me diga o que aconteceu comigo doutor- digo um pouco mais calmo.
-Aparentemente, você foi vítima de um atropelamento, mais precisamente um ônibus. Uma garota que estava passando perto viu o momento em que você caiu inconsciente e ligou para a emergência. Ela te acompanhou até aqui. Coitada, ela estava muito abalada- disse enquanto limpava os óculos.
-Quem era essa garota?-
-Ela não disse o nome... Eu não quis insistir. Mas enquanto estava inconsciente ela veio te visitar todos os dias, exceto hoje. Cada dia ela te trazia um cartão de melhoras- disse enquanto apontava para uma mesa ao lado do leito.
Realmente havia alguns cartões ali, seis ao todo. Traziam mensagens como: fique bem logo, melhoras, volte logo para mim...
Fiquei imaginando se essa garota me conhecia, já que o conteúdo dos cartões insinuava tal pensamento. Precisava agradecê-la. Não fosse por ela, talvez a ambulância não tivesse chegado a tempo.
-Bom, vou deixar você em paz- disse enquanto me dava tapinhas nas costas- precisa colocar a cabeça no lugar. Descanse um pouco.
-Aonde o senhor vai? E eu não quero descansar.
-Agilizar sua fisioterapia. Fizemos todos os exames e sua saúde está perfeita. A única coisa que ainda te prende aqui é a sua má condição física. Você ficou imóvel por uma semana, está enferrujado- dá um leve sorriso.
-Mas e quanto aos meus pais? Nenhum deles veio me visitar?
-Sua mãe veio aqui te visitar duas vezes. Aparentemente, ela é uma pessoa muito ocupada não é mesmo?
Eu não me lembro o que a minha mãe faz, mas por algum motivo eu não me esqueci de seu nome... Margareth Einfield. Decido não contar para o médico que eu perdi minha memória. Tenho medo que ele me mantenha no hospital em observação ou coisa parecida. Apenas concordo com ele.
-Sim. Ela trabalha muito
-Ela conversou bastante com a garota que te visitava. Rapaz, não sei se ela é sua namorada ou não, e isso não é da minha conta mas... ela parece gostar muito de você. Tenha certeza de agradecê-la quando a vir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Remember me
Teen FictionO que faria se derrepente você acordasse na cama de um hospital sem ter lembrança nenhuma sobre ninguém e nem como chegou ali? Essa é a realidade de Josh. A trama se desenvolve mostrando o garoto de 17 anos tentando recuperar suas memórias e sobre c...