MEU "IRMÃO" É UM IDIOTA

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A sensação não era das melhores. Meus orgãos  pareciam revirados como um omelete e era como se tivesse bolas de demolição  no meu cérebro, latejava forte apesar daquele momento  ter passado  rápido.

Quando tive finalmente coragem -e  vontade- de abrir  os olhos, pude ver que havíamos feito algum tipo de passagem no tempo  ou algo assim. 

O sol estava mais forte naquela região,  o vento não  soprava tão  violentamente e,  minha nossa,  aquilo definitivamente não  era o anterior.

-Nossa! - exclamei assim que sai de cima do lince, observava os prédios e carros como se nunca os tivesse visto e,  realmente,  a cidade era incrível.

Em meio a tanta emoção e curiosidade havia  me esquecido por um curto momento  de meu real propósito de estar ali.

Foi quando o lince soltou um ronronar,  que parecia  mais um rugido contido.

Ele  parecia querer me acordar do transe.

-Esta bem,  eu entendi.  Vou procurar pelo idiota e tentar ficar viva.

Disse mais para  mim do que para o felino.

Suspirei fraco. Ainda não acreditava no que estava fazendo.  Por mais que fosse algo  normal nos últimos  dias,  naquelas condições psicológicas não  acho  que conseguiria provar algo para Sally. E se eu me desse mal nessa ela não  perderia a chance  de jogar na minha cara que minha fragilidade era o real motivo por ter me abandonado.

Bufei.

Lembrar daquilo tudo era cansativo, ainda mais sabendo de quem era a culpa.

"Cof, cof, Percy... "

-!- novamente o lince rugiu para chamar minha atenção,  o encarei com tédio e ele acenou ao longe,  segui seu aceno com o olhar e avistei o maior imbecil de todos os tempos na entrada  de um prédio  comercial. 

Ele falava com o mesmo animal que antes montava. Não  dava para ver com clareza pela distância  mas soube que se tratava de algo com asas,  afinal para voar  tem que ter asas, não?!

Mantive o olhar por um tempo.  Não  sabia o que fazer a seguir,  se o seguia  e o revelava que sou uma grande estúpida orgulhosa que não quer passar por indefesa e provar algo para sua mãe que nem eu sabia,  ou que havia me perdido durante uma atividade no acampamento sequestrada por um animal que projeta portais, o que eu acho que ele levaria mais em conta.

-Então, acho que isso é  um adeus Lince.

Disse com serieade ao me virar na direção  em que o Lince deveria estar.  Mas não  havia nada lá.

-Entendi. Você  é  tímido.

Disse e balancei a cabeça.  Não bastava ser idiota,  tem que ser louca e falar sozinha.

Saquei meu pingente mágico  de lanterna e o mative em minhas mão  enquanto me aproximava do predio onde  Percy estava a minutos  atrás.

Atravessei a rua  em disparada para não  ser morta antes do tempo e segui até o lugar.

Não  tinha nenhum plano em mente até lá,  esperava que alguma voz de escape do além aparecesse dos céus para me dizer o que fazer como acontecia às vezes. Talves isso fosse poupar o trabalho que teria pensando em como agir, tipo agora.

Balancei a cabeça.

Estava imbecializada como Mark e aquele pessoal do acampamento!

Mas eu estava prestes a dar um fim àquilo.

Estava na porta da entrada de um tipo de grande loja. Ou shopping, como dizia o letreiro, me preparei mentalmente de todas as formas possíveis, afinal, não encontraria apenas com Percy, mas sim Thalia, Zoe, a irmã de Nico e outras caçadoras. Não seria um diálogo muito agradável quando nos víssemos e eu não teria paciência alguma.

Respirei fundo. Pronta para agir, quando sinto um aroma familiar.

Torço o nariz. Enxofre, aquele maldito cheiro no ar de novo.

Oque diabos significava? Confusão!

De imediato, como instinto, segui o cheiro afim de descobrir oque havia de tão fedido por ali.

Estava passando por trás do estacionamento, tinha a minha frente uma escada que dava para uma porta suspeita. Aproveite  que o lugar estava deserto e subi os degraus aos tropeços.


Encostei na maçaneta, hesitante.

O cheiro apenas se intensificando. Porém, não podia continuar tão descaradamente. Oque eu iria fazer se não houvesse nada de anormal Por ali? E se nãohouvessem monstros? E se..

Me recusei a continuar o pensamento, se fosse havia de ser!


Virei o pingente de lanterna e rapidamente a espada se materializou em minhas mãos. Segurei firme com a mão esquerda enquanto a outra forçava a maçaneta, com um ranger traumatizantea porta se abriu revelando um ambiente escuro com iluminação fraca.


Não pude saber ao certo, mas reconhecera algumas pessoas presentes, como Percy, e, um garoto loiro  olhar doentio com uma cicatriz.

Espera..

"-Luke?"

-Kylie! Oque faz aqui? Se esconda!

Percy grita ao longe desesperado e logo descobri o porquê.

Era uma armadilha. Estávamos cercados pelo garoto da cicatriz e seu bonde sinistro. Mas não estávamos sozinhos. Bom, pelo menos era oq eu pensava até ver Percy simplesmente desaparecer.


Okay, e agora?


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Até o próximo!


A Filha Do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora