Capítulo 23

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Quando cheguei à minha casa o Lourenço já estava lá com a Maggie com as minhas coisas no carro.
Demorava 4h até chegarmos à casa de campo dos pais do meu namorado por isso aproveitei e segui o exemplo da Margarida, dormi o caminho todo.

-Eduarda. - alguém me abana o braço.

-humm? - faço um barulho estranho com a boca.

- Chegamos. - ele diz e sai do carro.

Esfrego os olhos e olho à minha volta. O sítio era lindo, tudo verde, um lago ao fundo, muitas árvores, um banco de baloiço de madeira lindo e havia um caminho de pedras rodeado de flores rosas que iam dar à casa de campo que era toda branca mas com o pé amarelo com dois andares.

Wow, era tudo muito lindo mesmo. Procuro o Lourenço e vejo-o a tentar acordar a dorminhoca da Margarida que não queria sair da cadeirinha.

- Olá, sejam bem vindos. - ouço uma mulher. - Deves ser a Maria, és muito mais bonita do que eu imaginei.

- Olá. - eu digo a olhar para a mulher de cabelos brancos e com um sorriso enorme e branco na cara. - Obrigada, também é muito bonita.

- oh querida, acabaste de a conquistar. - diz um senhor mais ou menos da sua idade aí aproximar se de nós. - Ela adora ser elogiada. - dou um sorriso e a mãe dele aproxima-se de mim e dá me um abraço de urso.

-Bem vinda à família, Maria. - ela afasta-se de mim. - Podes me chamar Nia, é o diminutivo de Tânia mas não sou fã do nome. - ela dá uma gargalhada. - e este é o Antônio.

-Pode me chamar de Duda ou Eduarda. - ela agarra o seu marido e fica a olhar para mim. - Também não sou grande fã do nome Maria.

- Olá mãe. - o Lourenço chega e abraça a mãe. - Olá pai. - e por fim abraça o pai.

- Filhote, que saudades. - ela diz emocionada. - Mas onde está o meu anjinho?

- O teu anjinho dorme que nem uma pedra e recusa-se a sair do carro. - ele diz e lança uma gargalhada ao mesmo tempo que agarra a minha cintura.

- Ah. Mas nós vamos já tratar disso. - a Tânia pega na mão do marido e começa a puxa-lo a caminho do carro. - Antônio, vamos lá, a tua neta não querer sair e eu não aceito isso.

Segui-a até chegaram ao carro na tentativa de convencerem a Maggie a sair de lá. Estava concentrada naquela tentativa desesperada quando sinto uma respiração quente no meu pescoço.

- Anda, vou te mostrar o nosso quarto. - a sua voz rouca fez me arrepiar e não tive opção se não segui-lo.

A casa por dentro era linda, os móveis quase todos brancos mas depois cheia de cor por causa das almofadas e outros objetos de decoração.
Quando chegamos ao segundo andar demos logo de cara com o nosso quarto, que era maravilhosamente, lindo.

- Imagina o que é que podemos fazer nesta cama enorme. - o Lourenço sussurra com a sua voz rouca no meu ouvido e agarra a minha cintura.

- Para, os teus pais estão lá em baixo, e a tua filha também. - tento me afastar dele.

- Não te preocupes. O terreno é muito grande por tanto quando eles forem passear a gente aproveita bem o tempo. - ele diz e começa a gargalhar quando vê que eu estou a ficar corada.

- Idiota. - sussurro quando ele se afasta devido ao som de passos no corredor.

- Papá, papá. - A Maggie vem a correr até que entra no quarto. - A vovó diz que me vai dar gelado para o lanche. - ela grita com a queda voz de menina pequena.

O Lourenço olha para mim e nega com a cabeça.

- Fácil de ser comprada esta. - ele diz e faz me rir bastante.

O resto do dia foi a arrumar as poucas coisas que trouxemos já que só íamos passar cá duas noites e proveitamos que estávamos todos em família a jogamos mímica e outros jogos de reuniões familiares.

O sol já se estava a por quando sinto uma mão na minha perna. Olho para o lado e vejo o Lourenço um pouco vermelho.

- Vamos até ao lago passear. - ele gagueija um pouco ao olhar para os seus pais.

- Sim, tudo bem. - ele força um pequeno sorriso. - está tudo bem?

Ele só confirma com a cabeça e puxa-lo até à rua após avisar que íamos dar um passeio.

Agarra a minha mão e começa a puxar-me a caminho do lago.

- Sabes... A noite parece a mesma noite em que nos conhecemos. - ele diz a olhar para o céu. - Quando lá chegamos eu só era capaz de olhar a noite estrelada e lembrar me da rapariga que ateimou comigo que aquele não era o meu lugar. - ele diz com uma gargalhada no fim.

- Eu enganei-me. Acontece a todos. - eu tento me defender.

- Estavas linda naquele avião. A forma como puxavas o cabelo ao olhar pela janela, a forma como adormeceste e deixaste descair a cabeça para o meu ombro e eu pode cheirar o teu cabelo de forma discreta sem que ninguém pensasse que eu era maluco.

- Tu cheiraste o meu cabelo? - começo a rir que nem uma hiena. - Que louco, meu.

- Cheirava a ananás. - ele diz de forma natural.- Mas acho que te babaste um pouco na minha camisola. - ele diz de forma normal e encolhe os ombros.

-Babei nada. - digo ofendida.

- Nao, tu não te babaste. Mas fazias uns barulhos estranhos super adoráveis.  - ele faz graça comigo e eu não respondo. - Mas apaixonei-me assim que olhei para os teus olhos enormes.

Desvio olhar do seu e olho para ele. Os seus olhos estavam nos meus e eu conseguia ver o brilho das suas palavras no seu olhar.

- Eu amo-te. - ele diz ao parar de frente para o lado.

- Eu também te amo. - Digo perante o seu olhar.

Os seus olhos vão parar à minha boca e eu corto a distância entre nós. O beijo começa a ser mais exigente, mais apaixonado. As suas mãos vao parar à minha cintura e ele puxa me mais para ele. As minhas mãos começam a passar pelos seus braços até os meus dedos encontrarem os seus cabelos que eu puxo com carinho.

- Ótimo. Mudas te para a minha casa assim que chegarmos ao Porto. - Ele disse ao separar os nossos lábios.

- O que? - digo meio desconcentrada pelo caminho de beijos que ele faz do meu pescoço à minha orelha.

- Vem viver comigo pequena.

- Eu não posso ir viver contigo. Também tenho uma casa sabes? E não me quero meter assim na tua vida e na da tua filha de repente. - digo meio nervosa.

- Ela já te ama. Tal como eu te amo. 

Após dizer as palavrinhas que eu sempre vou amar de ouvir ele baixa-se á minha frente e ajoelha-se.

- Maria Eduarda. Eu amo-te daqui até á lua e da lua até aqui. Sempre vou te amar. Posso te contar pelos dedos das mãos os meses que te conheço mas eu sei de uma coisa. A primeira vez que te vi, a primeira vez que te toquei e a primeira vez que olhei para os teus olhos eu soube que tu serias para sempre minha - um soluço interrompeu-o e só percebi que era meu quando uma lágrima escorreu pela minha bochecha. - Eu amo-te e quero que sejas oficialmente minha para toda a eternidade. E quando a morte nos separar tu vais continuar a ser minha porque vamos ser os dois duas novas estrelas do céu, lado a lado. Nunca te vou deixar e vou amar teres a porra do meu sobrenome e dares me mais filhos com a tua genética e a minha eles vão ser imbatíveis - dou um risinho e agarro as suas mãos para me baixar e ficar ao mesmo nível que ele. 

- Diz as palavrinhas e eu serei eternamente tua - eu sussurrei.

- Tu queres casar comigo? - os olhos dele brilhavam com as suas palavras.

-Eu quero. - Agarro-me ao pescoço dele - eu quero muito.


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⏰ Última atualização: Feb 07, 2019 ⏰

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