Capítulo 11

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29/01/2020

Por Mark.

- Então, vamos? -pergunto a Bruna.-

O sinal da última aula acaba de tocar, esperei a maioria sair da sala, avisei aos meninos que tinha planos para agora e eles saíram. Estamos só ela, os amigos delas e algumas pessoas da turma que estão se arrumando para sair.

- Um minuto. -ela pede.-

Ela cochicha algo para a Carol e a Júlia e se despede deles. O Miguel e a Vitória saem na frente, a Júlia e a Carol atrás.

- Se comportem. -a Júlia fala antes de sair da sala.-

Escutamos a risada dela e da Carol no corredor. Olho para a Bruna e ela está levemente corada e encarando o chão.

- Eu mato elas. -ela comenta rindo, acho que de nervosa.-

Acabo rindo da situação e ela me encara, finalmente.

- Desculpa por isso. -ela pede nervosa.-

- Relaxa. -sorrio para tranquiliza-la. -Vamos?

Ela assenti, pegamos nossas coisas e caminhamos até a biblioteca.

- E então, já sabe o que fazer no trabalho de artes? -pergunto quebrando o silêncio.-

- Não. -ela responde rindo. -Eu quero que seja algo com muito significado para mim, mas que faça parecer algo bobo.

- Como assim? -fico confuso.-

- Eu quero achar algo com muito valor para mim, mas se por exemplo, você vê, não vai ser importante para você, vai ser algo bobo. -ela tenta explicar. -Entende?

- Um pouco. -acabo rindo.-

- Eu não sei explicar bem, não rir. -ela pede rindo também. -E você? O que vai fazer?

- Já fiz. -respondo.-

- O que desenhou? -ela fica curiosa.-

- Um computador. -ela me olha confusa. -No dia você descobre o que significa.

- Tudo bem. -ela rir.-

Chegamos na biblioteca e sentamos ao redor de uma mesa no fundo. Tinha só alguns alunos lendo pelos corredores e outros se pegando. Abrimos os livros e o caderno e eu comecei a explicar a matéria a ela e fizemos a tarefa de hoje.

...

- Eu odeio plantas. -ela fala deitando a cabeça na mesa.-

Passamos umas duas horas para fazer tudo. Ela aparenta estar bem cansada.

- E porque ela só começou a matéria. -comento rindo.-

- Vai piorar? -ela pergunta com um olhar de desespero.-

Acabo rindo um pouco e passo minha mão em seu cabelo levemente bagunçado.

- Um pouco. -respondo.-

Ela fica me encarando e eu estou ainda fazendo carinho em seu cabelo. Seu rosto fica levemente vermelho e ela fecha os olhos, um sorriso se forma em seus lábios.

- O que está fazendo? -ela sussurra ainda de olhos fechados.-

- Como assim? -me faço de desentendido.-

- A gente nunca teve uma conversa de verdade, acho que no máximo nos cumprimentamos. -ela abre os olhos. -E então do nada, você resolve falar comigo e se oferece para me ajudar a estudar.

- Gostei da nossa conversa no dia do auditório, só isso. -digo sorrindo.-

Ela levanta a cabeça e eu tiro minha mão.

- Sabia que você tem uma fama? -ela pergunta rindo.-

É agora que preciso tomar cuidado, se não já era tudo.

- Que fama? -me faço de doido.-

- Você já ficou com todas as meninas dessa escola, além de iludir boa parte delas. -ela fala. -Além disso, tem qualquer garota ao seus pés.

- Nunca fiquei com você, então já não fiquei com todas. -eu digo e ela olha para o chão. -Existe muitas garotas aqui viu, não devo ter ficado nem com a metade.

- Mas não nega que ficou com muitas né?! -ela diz rindo.-

- Não nego. -digo sorrindo.-

Ela rir um pouco e sua expressão muda. Parece nervosa, triste, não sei, como se tivesse falado algo errado.

- Bruna, está tudo bem? -pergunto.-

- Sim. -ela força um sorriso.-

- Eu disse algo errado? -pergunto.-

- Não. -ela respondeu rápido. -Eu só estava pensando.

- No que? -fico curioso.-

Ela me olha e parece pensar se fala ou não.

- Pode falar. -a incentivo e sorrio para tentar deixa-la tranquila.-

- Por que do nada veio falar comigo? -ela insiste em saber.-

- Já disse, gostei da nossa conversa. -insisto na resposta. -Estou gostando da sua companhia, além disso, temos muitas coisas em comum.

- Você não existe. -ela comenta e olha o caderno dela. -Vou te usar um pouquinho para me ajudar na atividade de matemática.

- Tudo bem. -concordo rindo.-


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