O Amor Fala Mais Alto

Capítulo 16

02/02/2020

Por Mark.

Hoje é meu encontro com a Bruna, é daqui a uma hora na verdade. Por algum motivo eu estou bem nervoso, principalmente depois do que rolou na sexta na biblioteca. Confesso que aquele momento mexeu comigo.

Tomo um banho demorado, me enxugo e visto uma calça jeans, uma blusa preta com manchas azul, calço um tênis vans preto e deixo meu cabelo no penteado de sempre.

Pego o celular e mando mensagem para a Bruna, avisando que estou saindo de casa e indo buscá-la.

- Vai sair, filho? -escuto minha mãe perguntar.-

A olho parada na porta do meu quarto.

- Sim. -respondo sorrindo.-

- Quem é a garota? -ela pergunta rindo.-

- Como sabe que vou sair com uma garota? -arqueio uma sobrancelha.-

- Porque você está bem arrumado e eu conheço meu filho suficiente para saber que está nervoso. -ela responde.-

Nego com a cabeça rindo.

- Estou saindo, volto cedo. -me despeço dela e beijo sua bochecha.-

Peço o Uber e vou direto na casa dela. Paro em frente a porta de sua casa e sinto um calafrio no meu estômago, o nervosismo me consome. Respiro fundo e bato na porta que rapidamente é aberta e surge uma Bruna belíssima, um vestido rodado azul, seus longos cabelos soltos, nenhuma maquiagem e uma sapatilha bege.

- Está linda. -falo sorrindo.-

- Você que está lindo, Rodriguez. -seu rosto fica avermelhado, a deixando muito mais fofa.-

- Admito que estou bonito, -me aproximo dela. -mas você está incrível.

Beijo sua bochecha e ela olha para o chão envergonhada.

- Vamos logo, antes que eu tenha um ataque cardíaco. -ela pede rindo.-

Sua casa fica duas ruas do shopping, então fomos andando mesmo, é fim da tarde, não tem tanto perigo.

Chegamos no shopping e subimos para o andar do cinema, comprei os ingressos e esperamos o horário da sessão.

- Vamos comprar pipoca? -pede ela.-

Assenti e fomos comprar, ela não aceitou que eu pagasse sozinho e no final dividimos o preço.

- Bruna? -alguém a chama e olhamos.-

- Tori! -elas se abraçam.-

- O que estão fazendo aqui? Por que estão juntos? -Vitoria fica confusa.-

Parece que ela não contou as amigas, ou a amiga.

- Mark me chamou para assistir um filme com ele, como não tinha nenhum compromisso, aceitei. -ela chegou perto da amiga e disse algo em seu ouvido que eu não escutei. -Então pois é.

- Entendi, bom filme então. -agradecemos e ela foi embora.-

- Por que ela não sabia do nosso encontro? Não é sua amiga? -pergunto enquanto caminhamos até a fila para entrar na sala.-

- Na verdade eu não contei a nenhuma das minhas amigas, fiquei com medo. -ela fala.-

- Medo de que? -pergunto confuso.-

- Não sei, de estragar tudo, não sei. -a olho e vejo que está nervosa.-

- Relaxa linda, vou fazer nosso encontro ser perfeito. -digo e a viro para mim, com as mãos em sua cintura, dou um beijo demorado em sua bochecha e a abraço.-

Entramos na sala do cinema e o filme começou.

...

Saímos da sala após o filme acabar.

- Esse filme é muito bom, eu amei. -comenta a Bruna.-

-Bom mesmo é a sua companhia. -falo.-

Olho para ela sorrindo, seu olhar encontra o meu e ela sorrir com um toque de timidez.

- Está com fome? -pergunto.-

- Não muita, mas tô com vontade de tomar sorvete.

Fomos até a sorveteria de mãos dadas. Pago um sorvete misto para ela e compro um de baunilha para mim.

Conversamos e andamos pelo shopping. Até que a mãe dela ligou mandando-a ir para casa. A levo para casa e paramos em frente a porta.

- O que achou? -pergunto de frente para ela.-

- Confesso que gostei bastante. -ela responde sorrindo.-

- Só gostou? Acho que vou ter que planejar mais o próximo. -ela me olha confusa. -Eu quero que seja tão perfeito quanto você.

Ela sorrir e me abraça. Com as mãos em sua cintura, ela se separa um pouco e eu coloco uma mão no seu rosto, faço um leve carinho em sua bochecha levemente avermelhada.

- O que está fazendo, Rodriguez? -pergunta ela.-

Aproximo meu rosto do seu e sua respiração já fica descontrolada.

- Mark, eu... -ela da uma pausa. -Eu nunca beijei.

Ela olha meus olhos e seu sorriso desaparece.

- Relaxa, Bruna! -sorrio para tranquiliza-la.-

Aproximo mais nossos rostos, fazendo com que nossas respirações se misturem e a beijo lentamente, um beijo demorado e perfeito, porque ela é perfeita.

Nos separamos e eu a puxo para um abraço. Sinto sua respiração descontrolada no meu peito e aos poucos ela volta ao normal.

- Eu preciso entrar. -ela fala contra meu peito.-

- Tudo bem. -digo, mas nenhum dos dois se separa.-

Não sei porque, mas o abraço dela me conforta de alguma forma.

- Eu te odeio, Rodriguez. -ela comenta rindo.-

Separamos o abraço e nos encaramos.

- Até amanhã na escola? -ela pergunta.-

- Até amanha na escola. -concordo.-

Ela abre a porta e quando vai entrar, pego na sua mão.

- Bruna! -a chamo e ela me olha confusa.-

A puxo para mais um beijo lento.