cap 3

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Acordei graças ao sol que batia em meus olhos, me espreguicei e olhei ao redor.

– Então não foi um sonho. -Falei abrindo um sorriso

Me levantei da cama e fui cambaleando para o banheiro, me despi e liguei o chuveiro com água fria me despertando do resto de sono que ainda restava. Assim que terminei de fazer minhas higienes pessoais, arrumei minha cama e coloquei uma roupa qualquer.
Desci a procura da cozinha e depois de algumas voltas finalmente achei.

– Bom dia Momo!

– A-ah, bom dia senhorita, não sabia que acordava tão cedo num sábado

– Eu quero dar uma volta, conhecer um pouco do lugar

– Ah sim, vou preparar seu café da manhã

Esperei alguns minutos e quase levei um susto com um vulto passando atras de mim, era Jimin.

– Bom dia Jimin! -Educação é a última que morre

O menino pegou uma maçã e saiu sem nem olhar na minha cara.

– Aqui senhorita. -Uma moça idosa veio em minha direção com um copo de suco e algumas torradas. — Desculpe não me apresentar antes, sou a Yon Sook, mas pode me chamar só de Yon ou só de Sook.

– Muito prazer senhora Sook, obrigada pela refeição

– Não foi nada... -Assim que a moça ia se retirar a chamei de novo

– Senhora Sook?

– Sim?

– Jimin sempre foi desse jeito?

– Que jeito senhorita?

– Meio fechado, sempre com um olhar seco e sem vida, nunca abre um sorriso sincero

– Ele nem sempre foi assim, o menino mudou depois que seu pai o deixou quando ainda era novo

– Ah... desculpa por te interromper com perguntas fúteis

A senhora deu um sorriso e saiu me deixando sozinha, terminei de comer e então sai da casa.
Vi um caminho pela pequena "floresta" nos fundos da casa, fui até lá e comecei meu pequeno percurso. Depois de uma longa caminhada pela floresta com árvores realmente compridas reparei que estava perdida.

– Que ótimo, se eu me perco em casa qual era as chances deu não me perder nesse mato?

Comecei a seguir uma trilha e ouvi uma voz bem baixa quase como um sussurro, alguém estava cantando.

Por que alguém cantaria no meio do mato? Não tenho a mínima ideia.

Comecei a seguir a voz até chegar numa pequena represa, lá vi um menino com vestes branca parecendo um anjo, ele cantava uma canção na qual eu nunca ouvira antes, a melodia era tão influente que não me segurei e comecei a dançar ao ritmo que o menino cantava, depois de longos minutos reparei que a voz tinha parado, abri meus olhos e o menino me observava.

– A-ah... ér... desculpa Jimin, eu juro que não tava te seguindo

– Onde aprendeu a dançar assim?

– Em frente ao espelho. -Soltei um riso fraco

Reparei que o menino ainda me encarava, ele estava começando a abrir um sorriso quando do nada balançou a cabeça e me olhou furioso

– Nunca mais venha aqui está me ouvindo? Você acha que porque nossos pais vão se casar você tem o direito de fazer o que bem entender?

– m-me desculpa, eu...

O menino sentou num tronco e ficou olhando a água passar pelas pedras. Me aproximei devagar e me agachei perto da água pra lavar minhas mãos.

– Você tem um jeito peculiar de se vestir.

– Eu gosto. -Falei olhando para minha roupa

 -Falei olhando para minha roupa

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– Hm...

– Você canta muito bem. -Falei tentando quebrar o silêncio

O menino sorriu de canto, eu nunca vi seu sorriso.

– Você devia sorrir mais... seu sorriso é realmente muito bonito

– Tá me flertando?

Senti meu rosto queimar. — n-não é isso...

O menino começou a gargalhar alto, seus olhos se fecharam totalmente fazendo seu sorriso ficar mais aberto. Fiquei em transe, não conseguia olhar pra outra coisa que não fosse ele.

– Como você é ridicula. -O menino disse ainda rindo, sua risada de fofa e cheia de vida passou pra uma malvada e sarcástica

Jimin se levantou e saiu andando me deixando lá sem reação. Grr, como eu queria esmagar a cabeça desse garoto numa pedra.

– Pera... eu ainda to perdida

Olhei em volta e tudo parecia igual, como ainda era bem cedo resolvi explorar mais. Vi cada animal estranho, tanto pequeno quanto grande, comi uma frutinha que espero não ser venenosa e andei mais até chegar em casa novamente, como consegui chegar lá? Não sei.
Entrei na casa e vi todos na sala de jantar.

– Onde esteve filha? -Meu pai perguntou fazendo todos olharem pra mim

– Eu tava andando naquele mato e acabei me perdendo

Meu pai e a senhora Park riram baixo.

– Que bom que chegou na hora do almoço, lave as mãos e sente-se conosco.

Como mandado subi rapidamente para meu quarto e lavei as mãos e meu rosto, assim que me olhei no espelho vi vários galhinhos e folhas grudados no meu cabelo, assim que tirei tudo desci e me sentei com eles.

Os opostos se atraem #ParkJiminOnde histórias criam vida. Descubra agora