Dores

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Eu estava triste mais ele está com a pessoa que ele ama, e dizem quem ama deixa ir, então é isso que devo fazer, mesmo que doa muito.

Claro que meu dia não foi muito bom, mais ficou bem pior quando eu vi os dois molhados e rindo, os evitei o dia inteiro, mais anoite, mais na cozinha quando estávamos lavando louça, Maria sai por um minuto e ela diz toda sorridente:

_A gente transou.

_Nossa, que legal! Digo sorrido forçadamente.

_Terminei aqui. Digo saindo.

E dou de cara com Gabriel ao sair da cozinha, trombo nele na verdade, e com certeza ele ouviu o que Caria tinha dito.

Ele segura meu braço, eu o puxo, e o ignoro, tento sair o mais calmo possível, não tinha matado ele, então eu fui bem.

Eu estava sentado na varanda sozinho, então Carol aparece dizendo emburra e sentando-se do meu lado:

_Vou raspar a cabeça dela essa noite.

Rindo a respondo:

_Faz isso não, ela não tem culpa.

_Então você está legal com isso? Pergunta Carol surpresa.

_Claro que não, quase lavei a cara dela junto com a louça hoje. Respondo-a.

_Então o que você vai fazer? Pergunta ela curiosa.

_Nada. Respondo olhando para as estrelas.

_Há que pena eu estava até shippando: JOSIEL. Diz ela, até fez gestos com a mão.

Rimos por uns minutos, então o silêncio domina e eu digo:

_Eu ouvi o que você e Gabriel estavam conversando no quarto!

Ela fica surpresa e diz:

_È, aquilo. Antes de ela completar eu a interrompo e digo:

_Eu entendo.

No outro dia, faço de tudo para não encontrar Gabriel, literalmente, só tomei café quando ele saiu, meu banho foi umas 00:00.

Mais na hora que eu estava alimentando as galinhas ele aparece atrás de mim, que eu nem vejo, claro que eu grito.

_Está pensando que é o que? Um fantasma? Digo grosseiramente.

_Quero conversar! Diz ele.

_Chama a Caria. Digo não olhando para ele.

_È sobre isso, eu... Eu o interrompo dizendo:

_Você não me deve satisfação da sua vida.

_Ok. Diz ele arrogantemente.

_Ok. Digo saindo dali.

O Pior foi no outro dia, pego os dois se pegando no celeiro, Gabriel não sabia onde enfiar a cara, eu já não falava com ele mais.

Era mais fácil para mim, claro que eu gostava dele, mais ele tinha feito sua escolha e eu a minha.

Era umas 15:00 horas, eu estava no celeiro acariciando estrela cadente, e decido montar nela, e ir até a cachoeira.

Chegando lá, amarro-a em uma árvore, entro no meio da mata, e chego na cachoeira, fecho meus olhos e respiro aquele ar fresco, quando abro os olhos, e estava vendo alguma visão, via Gabriel e Caria correndo até a água um agarrando o outro soltando gargalhadas, pisco 3 vezes e não vejo mais nada, e decido entrar na água, tiro minha camiseta entro só de cueca, na hora que mergulho, vejo pernas, quando subo para cima vejo Gabriel e Caria nu, depois os vejo encima da pedra transando, então fecho os olhos e mergulho e ao subir tudo desapareceu.

Não sabia o que foi aquilo, se foi uma lembrança, uma visão, uma memoria ou minha cabeça me fodendo, só sei que eu não estava me sentindo bem ali.

Então escuto trovões e olho para o céu está tudo nublado e decido voltar, coloco minha roupa, e quando saio dali, vejo que Estrela Cadente não está aonde eu a deixei, concerta ela deve ter escapado por causa dos trovões, os cavalos tinham medo.

Então eu começo a andar, eu tinha que chegar antes da chuva, então a chuva me alcança ela estava forte e eu não via nada.

Vejo uma cobertura, de madeira bem velha, mais me protegia da chuva, meu celular tinha ficado na casa, então não tinha como mandarem vir me buscar, e como viriam?

Espero a chuva passar, já estava quase noite, só estava chuviscando, os trovões tinham passado.

Chegando perto do celeiro, avisto uma mancha preta, pronto só faltava eu morrer ali, mais era o sombrio, vejo alguém descendo do cavalo vindo em minha direção e me abraçando, era Gabriel todo ensopado ele diz preocupado :

_Graças a Deus você, está bem, ficamos todos preocupados, com você.

_È eu fui dar uma volta com, estrela e ela acabou que escapando e sumido por causa dos barulhos. Digo, e ele ainda estava abraçado comigo.

_È percebemos que você havia sumido, percebi que estrela cadente também, simulei que você tivesse saído com ela para dar um volta, mais vi ela chegando sozinha, e aquela chuva forte e fiquei preocupado, Carol tentou te ligar mais seu celular ficou aqui. Diz ele olhando pra mim e com suas mãos em meus ombros.

_È acabei, pegando uma chuva e fiquei em uma cobertura de madeira que achei até a chuva passar, vi que não ia passar e que estava mais fraca e decidi vir embora. Explico.

Espera por que eu estava explicando algo a ele.

_Mais, porque você se importaria? Pergunto grosso, empurrando ele.

_Porque eu não queria que você morre-se por minha culpa. Diz ele.

Aquilo foi uma espada em meu coração, estressado eu digo:

_Você já me matou faz tempo só não percebeu. Digo estressado saindo, mais eu não estava indo para dentro da casa e sim, para o meio do pasto.

_Aonde você está indo. Diz ele me seguindo e preocupado.

_Achar uma ponte, ai vou pular dela. Digo arrogantemente.

_Sério? Diz ele .

Eu me viro para ele e grito estressado:

_Você acha que eu algum dia vou me matar, por um homem? Ainda mais por você, uma pessoa que não sabe o que quer da vida, que me enganou e me usou, se ponha-se nos eu lugar, não vou te dar este gostinho.

Ele fica imóvel e assustado com minha reação...

SPERBER: UMA NOVA HISTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora