Coragem

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_Vamos respirar um ar. Diz ele me puxando da cama.

Eu o empurro e grito:

_Me larga.

Ele se estressa e grita:

_Qual seu problema?

_Você não entende ninguém entende!

_Então me faça entender. Diz ele pegando em minha mão.

Eu puxo minha mão e digo:

_Dói muito.

Lagrimas começam a descer.

_O que dó? Pergunta ele.

_Saber que o que eles fizeram a mim, vai ficar impune. Grito segurando o choro mais com lagrimas escorrendo.

_Então faça justiça, vai lá e presta queixa. Diz ele estressado.

_Pra que, para eles serem solto pra agredir mais alguém! Digo estressado.

_Não, pra você avisar as pessoas. Diz ele fazendo me calar.

_Você quer tanto uma lei que te proteja, então corra atrás, se você não lutar pelos seus direito, ninguém vai lutar, e esses caras vão continuar a agredir mais e mais gays. Continua ele olhando em meus olhos.

Então caio no choro, e ele estava certo, não podia deixar isso impune eu tinha que fazer alguma coisa, não por mim e sim pelas pessoas que esse cara já agredir e vai agredir.

Ao ver me desespero, Gabriel me abraça, seu abraço era forte, quente, ele passava a mão em meu cabelo, que fazia eu me acalmar, e por um momento eu não tinha motivo para chorar.

_Você vai comigo? Sussurro em seu ouvido.

_Aonde você quiser. Diz ele.

Coloco uma roupa, fomos até o carro, só eu e ele.

Ele liga o carro, e saímos, chegamos na frente da delegacia, eu respiro fundo, e saio do carro.

Entramos na delegacia, tivemos que esperar em uma sala um cara vir até a gente pois ele estava fazendo outro serviço, eu estava nervoso, não parava de mexer minha perna.

Gabriel percebe meu nervosismo, e do nada sinto sua mão quente encima da minha, então pego na mão dele, e o policial entrar, então presto queixa, a todo segurando a mão de Gabriel.

Quando saímos, eu digo:

_Obrigado.

Ele sorri pra mim e diz:

_Bolo?

_Com prazer. Digo com um sorriso estampado em minha cara.

No outro dia, minha boca já estava boa, só estava com um machucadinho.

Passei o dia com Carol, fomos comprar algumas coisas no mercado, e ela sai para pegar as carnes e quando estou só, vejo o cara que me deu um soco na cara, ele se chamava Carlos.

Ele me vê se aproxima até mim e diz com os olhos cheio de raiva:

_Fiquei sabendo que você prestou queixa contra mim, melhor ficar esperto de agora em diante.

Ele da as costa para mim, e eu digo:

_Você acha que tenho medo de você?

Ele para olha para minha cara, e eu continuo.

_Tenho nojo de você.

_Bato mesmo, você não vai me impedir, você não foi o primeiro. Diz ele tentando me deixar com medo.

_Não importa, pelo menos as pessoas vão ficar sabendo o que você é de verdade agora, um covarde.

Ele fica quieto e me ignora, e sai bufando.

Carol estava atrás de mim, e quando eu a vejo ela está sorrindo e diz me abraçando:

_Parabéns.

_Agradeça ao Gabriel.

Enrolamos muito na cidade, chegamos já atarde, Carol conta a todos o que eu enfrentei Carlos.

Ao saber disso, Gabriel me diz:

_Parabéns.

Seu sorriso me deixa molinho.

Era umas 1:00 da madrugada, todos já estavam dormindo, estava sem sono.

Eu iria fazer algo loco, me levanto da cama, vou até a porta do quarto de Gabriel, bato uma vez, e nada, bato novamente nada, então decido abri-la, sorte que ele não a tranca, quando entro a fecho e sussurro:

_Gabriel você está ae?

_Jp é você? Ouço Gabriel dizer.

Não estava vendo nada, estava tudo escuro, então bato o pé em algo duro, acho que era uma mesa, me machuca, saio pulando, pois doeu acabo batendo a perna em algo a caio encima do Gabriel, que liga a luz de seu abajur e diz com a voz sonolenta:

_O que houve?

Reparo que ele estava só de cueca, então giro pro lado no susto e caio da cama.

_Você está bem? Pergunta ele me olhando no chão.

Me levanto rapidamente, e olhando nos olhos dele digo:

_Você me mostrou que não posso ficar parado, e se eu não correr atrás eu não vou conseguir nada.

Ele fica meio sem entender.

Então puro encima dele, ele meio que assusta e pergunta:

_O que você está fazendo?

Eu sento em cima de sua mala e digo:

_Eu te quero e não vou desistir. Então eu beijo ele, no começo ele recusa, depois ele se deixa levar, com uma mão ele agarra minha cabeça, com a outra minhas costas e me joga na cama e sobe em cima de mim e ...

SPERBER: UMA NOVA HISTÓRIAOnde histórias criam vida. Descubra agora