Dorian Stone ME Pertence [Degustação]

sete

O SENHOR QUINN ENTROU EM CASA usando o clássico terno preto com branco e soube que sua sobrinha não estava quando o silêncio reinou. Colocou sua mala ao lado do sofá claro e sentou-se ligando a televisão para assistir o jogo de seu time favorito.

Assim que viu o corpo passar pela porta, nem sequer se importou com o rosto abalado de Daphne, e logo questionou sobre o jantar.

- Um momento, tio - ela respondeu, tirando os saltos vermelhos.

Raymond franziu o cenho ao ver a calça jeans escura com dragões vermelhos, ele odiava aquela calça.

- Trate de tirar essa roupa agora mesmo, vista algo decente! - Esbravejou.

- Sim, tio - Disse com a voz de choro.

Ela só conseguia imaginar como Dorian reagiria quando descobrisse a mentira. Estava traindo o seu futuro namorado e ele não iria gostar nem um pouco. Daphne teria que ficar o mais longe possível ou tudo iria ficar mais feio do que já estava.

Assim que o jantar ficou pronto, o senhor Quinn se levantou e experimentou o macarrão direto da panela, e cuspiu tudo dentro dela.

- Isso aqui não poderia ser chamado de macarrão. Sua inútil, não serve nem para cozinhar?

Ele saiu da cozinha em passos raivosos, teria que procurar por um restaurante aberto aquela hora da noite. Era praticamente impossível.

Daphne suspirou. Abriu a tampa da panela, colocou um pouco de arroz, carne assada e a salada. Ela não comeria o macarrão cuspido de seu tio.

Subiu as escadas com o prato nas mãos e sentiu o coelhinho pular em sua cabeça assim que abriu a porta do quarto. Ela sorriu pegando um pedaço cortado de carne e colocando na boca do animal que lambeu seus dedos gordurosos. Pelo menos alguém gostava de sua comida.

[...]

Daphne ajeitou o uniforme escolar enquanto se olhava no espelho da penteadeira. Seu tio não estava em casa e ela dava graças a Deus por isso.

Olhou para baixo e pegou o coelho em seus braços, olhando fixamente para os olhos vermelhos.

Qual raça de coelho tem pelos brancos e olhos vermelhos? Ela não fazia a mínima ideia, mas achava o animal uma fofura.

- Cereja, você vai se chamar cereja!

O animal soltou um bocejo, como se aprovasse o nome, e Daphne logo se abaixou para colocá-lo no chão.

A diarista chegaria para limpar toda aquela bagunça.

Desceu as escadas apressadamente e abriu a porta da casa. Encontrou com o carro branco de Ayla, que também usava o uniforme de torcida. Daphne colocou o cinto e colocaria mais de quinze se pudesse.