Escolhi O Amor. (Gay Romance)

Apresentações

Nunca fui de me expor, sempre gostei de como as coisas tomam um rumo diferente quando você as faz sozinho...
Meu nome é Enzo, tenho 21 anos, sou alto e branco, tenho olhos verdes, e meu cabelo tem cor de mel. Moro sozinho desde que minha mãe e meu pai morreram em  um acidente de carro, fazem dois anos. Trabalho numa empresa de publicidade e faço uma segunda faculdade Ciências Biológicas... Terminei Design Gráfico este ano mesmo, e garanti meu emprego em uma das mais sucedidas empresas de publicidade do país...
Minha rotina não podia ser mais chata. O único tempo livre é das 23:00 às 6:00, tento conciliar bem meu horário pra não enlouquecer...

Hoje é uma quarta-feira são quase 6:00 levanto e vou ao banheiro fazer minha higiene e tomar um banho. 7:30 eu tenho que estar na faculdade, saí de casa 6:30, o caminho até a faculdade é longo. Gosto de dirigir ouvindo música, me deixa mais aliviado. Wish where here é uma das minhas músicas favoritas e a primeira a tocar...

Cheguei na faculdade e fiquei  sentado em um dos murinhos até dar a hora. Finalmente tocou o sinal e eu entrei. Sentei em uma das filas da frente tentando ser discreto.

Sempre fui de me isolar, trabalhos em grupo eram sempre um martírio pra mim.
Meu professor entrou na sala.

- Bom dia. Gostaria que conhecessem o aluno novo. Seu nome é Arthur- disse o professor tentando ser legal ao entrar na sala.- digam olá turma.

- Olá Arthur. Seja bem vindo - disseram todos em uníssono.

- Essa aula vai ser em duplas- ele deu um risinho..- podem escolher seus parceiros.

Fiz de conta que ninguém tinha dito nada e continuei desenhando em meu caderno.
Enzo cadê seu parceiro? - arrgh perguntou o professor 

- Não posso fazer sozinho?- diz que sim, diz que sim...

- Nao! Há alguém sobrando?-Perguntou ele calmamente.

Arthur levantou a mão. Droga.

-Juntem então vocês dois.- ordenou

- Pode sentar do meu lado Arthur.- disse desgostoso.

- Nessa caixa tem um kit de, microscópio, alguns remédios e algumas amostras de doenças. Vocês terão que separar e classificar o que cada remédio faz no organismo e que doença ele cura ou previne.- explicou o professor.- Boa sorte...

-Gostaria de começar?  

- Tanto faz.- respondeu Arthur.- mas eu acho melhor você ir primeiro não sei o que estão estudando....

- OK. 

Com a ajuda dele conseguimos fazer tudo o que o professor havia pedido. Arthur parecia inteligente, e muito gente boa.

Terminamos muito rápido a tarefa, por isso ficamos muito tempo sem ter o que fazer. Então resolvi puxar assunto.

- Você mora aqui mesmo?

- Fui transferido há uma semana. Morava em outro estado.- respondeu ele.

-Veio com seus pais?

- Não. Meu pai morreu há uns 3 anos e minha mãe logo que eu nasci.- ele parecia triste.- E você? Mora com seus pais? Ou sozinho?

- Sozinho!. Há dois anos meus pais  sofreram um acidente de carro e acabaram não resistindo. Desde então moro sozinho.

-Nossa. Sinto muito.- ele fica meio surpreso.-Mas mudando de assunto. Por que ciências?

- Eu amo biologia, foi tudo o que eu sempre sonhei estudar. Embora tenha feito design gráfico primeiro.

- Sério? Eu amo biologia também, porém  estudei desenho industrial.- disse ele.

Nesse momento o sinal tocou e fomos fazer um lanche.
Arthur era um pouco mais alto que eu, tinha 21 anos também e seus cabelos eram pretos com mechas das pontas roxas e bordô, e sua pele era um pouco mais bronzeada que a minha. Seguimos até a cantina e lanchamos, conversamos muito. Voltamos para a sala e esperamos até dar a hora.

Ele morava perto dá minha casa, uns 2 quarteirões na frente. Resolvi oferecer uma carona até lá. Ele não quis aceitar, mas acabou vindo.

- É aqui sua casa?

- Sim. Meu pai comprou antes de falecer, mas nunca viemos realmente.- ele olhou pra mim.

- É muito linda.

A casa dele era um sobrado, mas num estilo meio retro, muito linda mesmo

- Você quer entrar? Tomar uma água sei lá?- perguntou ele abrindo o portão.

-Fica pra próxima. Tenho que apurar e ir para o serviço, estou apurado hoje.

-Ok então. Tchau até amanhã.- ele tranca o portão e entra. 

-Tchau.- aceno pra ele.

Todos sempre me acharam esquisito desde a morte de meus pais, sempre preferi ficar isolado, mas desde que conversamos, percebi que Arthur era diferente, ele entendia o que eu sinto..
Eu sei que faz apenas algumas horas que eu o conheci, mas algo dentro de mim não quer afastar ele.