Escolhi O Amor. (Gay Romance)

A Carta.

Fazem dois meses desde que ganhamos o processo. E à cinco estamos namorando. Resolvi que esse seria o momento exato para abrir a caixa que meu pai havia me dado.

- Amor. Quero pedir uma coisa.

- Claro. O que quiser.- disse vindo até a sala.- Essa não é a caixa que Allana te entregou um tempo atrás?

- Sim. Gostaria de abrir em sua presença. É importante pra mim.

- Claro. - disse ele sentando no chão comigo.

Abrimos a caixa e dentro havia algumas fotos, duas correntinhas lindas, alguns objetos que meu pai amava, enquanto eu olhava aquilo tudo Arthur pegou um envelope.

- Olha isso!- Disse ele me entregando o envelope.

- Uma carta?

- Sim. Provavelmente de seu pai. Como diz na frente.- Ele me olhou.

- Você lê a carta pra mim?

- Eu? Por que?- disse surpreso.

- Por favor? Eu não vou conseguir.

- Claro amor.- ele pegou a carta...

" Enzo meu filho, se está lendo esta carta, certamente não estou mais contigo. Através desta carta gostaria de expressar o que eu sinto, mesmo não sendo muito bom com isso... Seu como foi difícil pra você assumir sua sexualidade, sei como foi lidar com isso, mesmo eu, sua mãe e sua irmã aceitando você como é, você mesmo não aceitava, foi difícil ver você chorando nos cantos, se isolando, não fazendo as coisas que amava por medo. Eu sempre amei você, independentemente de tudo. Gostaria de viver mais, gostaria e ver você casado e com lindos filhos. Como eu disse. Não sei lidar com sentimentos. Mas de uma coisa eu tenho certeza. Eu te amo, filho eu te amo muito. Talvez não tenha deixado isso muito a mostra, me arrependo. Mas saiba que independente da decisão que tomar, eu te apoiarei, e estarei sempre vivo em você.
Essas correntes, quero que você entregue uma para a pessoa com quem você estará disposto a dividir a vida. Deixei para você duas casas, uma na praia e a outra é a do lago, seus lugares favoritos. Também uma quantia em dinheiro para que possa moldar seu futuro.
Espero que saiba aproveitar. Eu e sua mãe o amamos muito. Gostaria de pedir uma coisa, pode parecer algo mórbido, mas pode colocar flores brancas e vermelhas em meu túmulo uma vez por semana? São as cores que me trazem paz. Obrigado por ser um filho maravilhoso desde sempre. Eu te amo, e te amarei pra sempre, faça chuva ou faça sol, até se chover canivetes... Lembre disso
Filho eu te amarei eternamente
COM AMOR. PAPAI.

Arthur leu a carta com os olhos cheios de água, mal conseguia se conter. Eu então desmoronei. Ele me abraçou e choramos juntos.

- Não fique assim amor.- ele tentava me confortar.

-Nao estou triste, estou feliz, meu pai quase nunca disse que me amava.

Arthur segurou meu rosto e me beijou, secando minhas lágrimas com o polegar.

- Eu também te amo. Te amarei sempre.- disse ele

- Eu também te amo muito. Obrigado por estar comigo.

Ele me beijou novamente. Ele se afastou e pegou umas das fotos e sentou no sofá pra olhar.