i hate you, i love you

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OI, decidi mudar o modo como eu escrevo o pov de cada pessoa, vou simplesmente botar o nome da pessoa em uma chave, e isso vai indicar o pov, fica muito mais organizado e bonito he. Obrigada pelos votos e por estarem comentando!! Ahh me sigam no meu twitter @kccaddicted :)

...

{Camila}

Quando o Shawn me convidou para sair com ele, eu achei que ele só queria conversar ou algo do tipo, mas quando ele me trouxe para o telhado, pareceu algo mais romântico que isso. Deve ter sido um pouco depois da metade do filme, quando eu decidi beijar ele, porque pensei que esse era o rumo que a noite era para ter. Aparentemente, eu estava completamente enganada. Ele desvencilhou de mim, e eu sei que isso não poderia me atingir, mas realmente me deixou chateada. Eu quis ir para casa, até lembrar que foi ele que me trouxe pra cá, o que tornaria a ida até em casa muito estranha. A outra saída que eu pensei foi pedir para o Brian ou Ian me levar pra casa, e isso mostrava o quão desesperada eu tava para sair dali. E esse plano me fez lembrar que eles não estavam em casa, pelo quão silenciosa a casa tava quando chegamos. 

Shawn e eu sentamos o mais longe o possível um do outro pelo resto do filme. Quando o filme acabou, Shawn olhou pra mim e forçou um sorriso. Ele saiu pela mesma porta em que entramos e eu segui ele, em um silêncio completo. Durante toda a viagem de volta eu tentei lutar contra minhas lágrimas, e meu rosto ficou instantaneamente mais quente que o normal.

Eu não consegui segurar mais. Meus olhos ficaram úmidos e eu senti as lágrimas rolarem pela minha bochecha. Eu virei meu rosto para a janela, assim o Shawn não poderia me ver chorando. Eu estava tentando fungar o mais baixo possível mas aparentemente não funcionou porque ele olhou pra mim confuso.

"Mila, eu me desculpei."

"Não, Shawn, foi minha culpa..." Minha voz falhou.

"Não, não é. Eu só acho que não vamos dar certo. Eu não quero continuar te encontrando." Ele disse, apertando o volante.

"O-okay" Eu disse, me atrapalhando quando tentei tirar o cinto de segurança e enquanto tentava abrir a porta. Eu estava quase alcançando a porta da minha casa quando ouvi a janela do carro sendo aberta.

"Mila!" Shawn gritou. Eu não me virei, apenas fechei a porta com toda minha força e corri para meu banheiro.

{Shawn}

Eu esperava uma viagem silenciosa até a casa da Camila, mas foi preenchida com os pequenos fungos dela. Ela não olhou para mim e nem para frente durante a viagem, provavelmente pensando que eu não iria perceber ela chorando. Eu não iria me sentir tão mal se ela estivesse brava comigo, porque pelo menos ela teria alguém para culpar, mas ver ela chorando me fez perceber que ela não estava brava. Eu sabia que ela se sentia culpada pelo acontecimento de hoje. Quando paramos em frente da casa dela, ela finalmente olhou pra mim, revelando as suas lágrimas descendo pelo seu rosto, mas ela só olhou porque eu falei com ela primeiro. 

Eu senti a raiva crescendo dentro de mim enquanto explicava pra ela que nada daquilo era sua culpa. Eu precisava explicar pra ela o que estava acontecendo e que eu não queria machucar ela, mas ela saiu do meu Jeep e eu a chamei tarde demais para ela voltar. Camila estava na frente da sua porta quando eu gritei seu nome, mas ela só continuou caminhando para dentro. 

Esse tempo todo eu tentei proteger ela, mas tudo o que eu fiz foi machucá-la. Pelo menos desse jeito ela iria conseguir me superar. Achar alguém que pudesse dar a ela o tempo que eu não podia. Eu apenas não conseguiria aguentar a responsabilidade. Espantei meus pensamentos sobre a Camila enquanto voltava para casa e tentava limpar minha mente.

Na metade do caminho a música que eu estava ouvindo foi interrompida por uma ligação, eu peguei, então, meu telefone do meu colo.

Jordan

Atender / Ignorar

Eu cliquei na opção "atender" só para escutar a voz de um Jordan totalmente desajeitado no outro lado da linha.

"Você está com a Camila?" Ele me perguntou, e eu podia falar com toda a certeza que ele estava em pânico, pelo tom de voz.

"N-não, eu deixei ela em casa algumas horas atrás, por quê?" Eu disse tentando respirar calmamente.

"Era pra ela ter se encontrado com a gravadora há uma hora atrás."

"Jordan, e-eu estraguei tudo." Eu falei com a voz trêmula.

"Shawn, vá para a casa dela agora. Eu to em Nova Iorque."

Eu desliguei a ligação e tentei controlar minhas mãos também trêmulas enquanto digitava o número da Ally.

"Hey S-" Ally começou e foi rapidamente interrompida por minha voz.

"Onde você tá? Vá para a Camila agora."

"Ela não quer minha ajud-"

"Agora, Ally." Eu disse desligando o telefone e acelerando meu Jeep. Eu tava indo para a casa dela o mais rápido possível. Uma viagem que normalmente leva 45 minutos, durou 20.

Eu vi três viaturas estacionadas em frente da casa da Camila, eu passei deles mesmo eles dizendo que eu precisava ficar onde eu estava. Eu ignorei todos eles e quase conseguia escutar meu coração batendo. Eu corri para o andar de cima, quando eu cheguei na porta do seu quarto eu vi centenas de pílulas brancas pelo chão do quarto. Mas nada da Camila. Eu continuei correndo e procurando por ela no andar de cima, não sabendo exatamente por onde começar. Eu escutei passos na escada e logo senti duas mãos largas segurando meu ombro e me virando. Os policiais continuaram a dizer que eu não podia estar ali, mas eu continuava repetindo a mesma frase:

Cadê a minha namorada? Ela tá morta?

Cada vez eu repetia mais alto, talvez se eu falasse mais alto eles iriam me responder. Não faço idéia da quantidade de vezes que eu perguntei aquilo, tudo me pareceu tão falso. Eu estava com tanta raiva que eu cheguei a socar a parede, por não obter resposta nenhuma. Depois de eu ter feito um buraco na parede da casa, os policiais me puxaram pelo braço para fora da casa. Não tinha energia suficiente para lutar contra eles. Lágrimas rolaram pelo meu rosto quando eu entrei no meu Jeep. Antes de eu sair de lá, eu vi uma mulher embalar seu equipamento médico e colocar na a ambulância. 

"Pra onde ela foi?" Eu gritei tentando respirar normalmente. A mulher só me olhou, lamentando. 

"Cadê ela?" Eu falei um pouco mais calmo, dessa vez,  sentindo as lágrimas voltarem a rolar pela minha bochecha.

"St. Mary, no fim da rua. Vá reto, vire a esquerda e depois direita. Isso vai te levar para a sala de emergência do hospital." A mulher falou, logo depois andando em direção a porta da ambulância.

Eu nem agradeci, entrei no meu Jeep e acelerei o máximo que podia. Passei o resto do caminho enxugando as lágrimas do meu rosto.

Golpe Publicitário (Shawn Mendes e Camila Cabello) - Tradução Onde histórias criam vida. Descubra agora