Trinta e um

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O celular cai ao chão e junto dele as lágrimas que não param de rolar ao meu rosto.
Christopher pergunta o que foi, mas não há palavras que eu possa usar agora.
A minha tia.
A minha tia está morta.
Pego um casaco e saio de casa correndo até o carro.
Christopher vem atrás de mim e fala:
- Eu dirijo e você me diz o que foi. Ok?
Apenas assinto e entro no carro.
Ele da partida e então as perguntas começam. Para evitar que elas se multipliquem as respondo:
- Meu tio ligou dizendo que a minha tia está morta. Mas ele esta junto com pai de David. Ele não sabe, mas eu descobri que ele também quer me ver morta. Mas nada disso impor....
Sou interrompida quando Christopher freia o carro com tudo dizendo:
- Pode ser uma armadilha Camilla! Nós não podemos ir lá. Você não pode.
"O que? Eu vou sim. Se você quiser voltar, fique a vontade. Mas a minha tia pode estar morta Christopher e eu vou verificar."
"Ela também pode não estar morta e fora de casa e lá só o seu tio te esperando com uma arma. Ou mais do que isso, pode não estar morta e estar junto com ele. Pensa Camilla!"
"NÃO IMPORTA! EU VOU!" - grito ameaçando sair do carro.
Ele me puxa pelo braço e diz:
- Ok. Nós vamos. Mas vai ser do meu jeito, ok?
Apenas assinto e ele volta a ir em direção a minha tia.
*
Ele estaciona um quarteirão antes da casa da minha tia. De la ja podemos ver a frente dela.
Esta tudo tranquilo.
"Se sua tia morreu, cade os policiais? Ambulância e todo aquele alvoroço? É uma armadilha."
Ele tem razão. 
"Então o que faremos?"
"Vamos entrar sem que os que estão na casa percebam. Tem porta de fundos?"
Respondo um sim e saímos do carro com o plano feito.
*
As janelas estão trancadas e de fora não ouvimos nenhum barulho. Nenhuma voz.
Christopher entra primeiro com a arma em uma das mãos e me segurando com a outra.
Fechamos a porta do mesmo jeito que abrimos. Sem fazer qualquer barulho.
Andamos pela área e não vemos nada.
Passamos pela cozinha e ali não há nada também.
Vamos a copa, nada.
Sala: nada também.
"Atenção redobrada Camilla." - Chris sussurra.
Subimos as escadas com a arma apontada sempre para cima e o olhar em todos os lados.
Meu coração parece sair pela boca.
Só quero achar a minha tia e ir embora daqui.
Vamos até o quarto de hóspedes ja que é o primeiro do corredor. Estamos entrando nele até que ouvimos gemidos no outro quarto.
Corremos até ele e a minha tia esta lá. Amarrada em uma cadeira e com um pano em sua boca.
Sua testa esta sangrando e através de gemidos, ela clama por ajuda.

Para sempre, boneca. - Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora