Trinta!

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Eu não sei explicar como aconteceram as coisas eu não sei narrar o jeito que ele me tratou não sei explicar em como a gente se encaixa perfeitamente nem tão pouco consigo passar a felicidade que se passa aqui no meu peito..

No começo eu senti vergonha, era como se eu estivesse tendo a minha primeira noite com um homem; e era quase isso, eu estava tendo a minha primeira experiência com outro homem, eu não sabia oque fazer ele nem faz ideia de que ele é o segundo homem que eu me deito.

Ele me tratou como eu nunca fui tratada em 4 anos,

- Você estava linda _  O único elogio que eu já recebi foi sobre a boa escolha do vinho.

É inevitável não lembrar do Rodrigo e não comparar eles dois, existe um abismo entre eles. Um abismo imenso.
Eu não consigo aceitar o fato de eu ter sido tão submissa esses anos todo!

Virei-me de frente para o espelho do teto, fechando os olhos à medida que a lembrança da última vez em que transei com o rodrigo, mais de quatro meses atrás, voltava. Nós tínhamos
desistido de discutir por causa dos seus horários ou dos meus. A falta de intimidade na nossa relação parecia uma sombra negra que crescia para cobrir o quarto. Ah! Tentei apimentar as coisas, aparecendo no seu escritório tarde da noite vestindo apenas um sobretudo e saltos altos. Mas seria melhor se eu tivesse usado uma fantasia de salsicha de tão
constrangido que ele pareceu ao me ver.

-  Não posso transar com você aqui – ele disse rispidamente, olhando pra minha cara como se eu fosse um nada.

Talvez ele tenha dito aquilo porque só podia transar com outras mulheres no escritório. Eu me senti humilhada.
Sem dizer nada, virei e fui embora.
Mais tarde, naquela noite, ele voltou para casa e tentou "compensar'' me acordou, me beijou, tentando ir devagar, mas não foi bom. Já não tínhamos mais nada haver.

Na manhã seguinte despertei com ele fazendo carinho no meu cabelo inevitavelmente deixei cair um sorriso.

-  Bom dia - ele sorriu pra mim e pegou a bandeja que estava no criado mudo e colocou sobre mim.

Puta merda, ele quer que eu me apaixone perdidamente por ele.

Tomamos o  nosso café juntos, conversamos sobre a nossa antiga antipatia inclusive morremos de rir lembrando das nossas discussões.

Conversamos sobre tudo, exceto o estrago que ele estava causando no  meu coração. Passei um dedo por seu peito e ele o agarrou, levando até os lábios e dizendo:

- Eu gosto de ficar assim com você.
Eu ri, arrumando o cabelo em sua testa.

-  Quanto tempo a gente já perdeu né.

Com os dedos, ele desenhava círculos em minha barriga, me distraindo.

-  Ainda tem muito dias como esse pela frente.

Eu queria encontrar uma
maneira de fazer esse momento durar mais, ali mesmo, até a eternidade.

- Então, me conte alguma coisa.

Ele subiu os olhos até meu rosto, sorrindo nervosamente.

- O que você quer saber?

- Honestamente? Eu acho que quero saber tudo. Mas vamos começar de um jeito fácil. Conte a história das mulheres de Hugo.

Ele passou o dedo por cima da sobrancelha, rindo:

- Vamos começar com um assunto fácil. - ele ficou em silêncio alguns segundos e então olhou para mim. _ Algumas no colégio, Algumas depois disso. E então, um relacionamento longo á 2 anos.

- Detalhes? – enrolei uma mecha de seu cabelo ao redor do meu dedo,
esperando não estar forçando muito a barra.

Para minha surpresa, ele respondeu.

- O nome dela é Letícia. Ela morava no Flamengo, conheci ela por um amigo.
Ficamos juntos por 2 anos.

- Separaram por causa de alguma traição?

Sorriu de canto.

- Não.

- Ela partiu seu coração?

Seu sorriso se abriu de vez na minha direção.

- Não, Stella.

-  Você partiu o coração dela? – por que eu estava perguntando? Será que eu queria que ele respondesse... que sim? Eu sabia que ele era capaz de partir corações. Na verdade, eu estava quase certa de que partiria o meu.

Ele se inclinou para me beijar, concentrando o beijo no meu lábio inferior por alguns segundos antes de susurrar:

- Não. A gente só não funcionava mais.  Minha vida amorosa era totalmente sem vida. Até você aparecer.

Eu ri.

- Estou fico feliz por quebrar o padrão.

Pude sentir sua risada vibrar na minha pele enquanto ele beijava meu pescoço.

-  Ah, e você quebrou mesmo – longos dedos percorreram minha barriga, meus quadris, e finalmente chegaram no meio das minhas pernas.

- Sua vez.

- De ter um orgasmo ? Sim, por favor.

Ele circulou preguiçosamente meu clitóris antes de deslizar o dedo para dentro. Ele conhecia meu corpo melhor do que eu. Quando foi que isso aconteceu?

-  Não – ele murmurou. – É a sua vez de contar sua história.

- De jeito nenhum eu nao consigo pensar em qualquer coisa enquanto você faz isso.

Com um beijo em meu ombro, ele moveu a mão de volta para minha barriga.

- Deus, tive tantos homens na minha vida, por onde devo começar?

- Stella... – ele advertiu.

-  Eu só estive com um homem, que por acaso foi o meu marido; desde os meus 16 anos.

- Você só transou com um homem?

Eu me afastei para olhar em seu rosto.

- Ei, Einstein. Eu transei com 2 homens.

Um sorriso convencido se espalhou em seu rosto.

- É mesmo. Eu fui o melhor por uma margem desconcertantemente grande?

- Responde primeiro se eu fui a sua melhor.

Seu sorriso desapareceu e ele piscou, surpreso.

- Sim.

Ele foi sincero. Isso fez algo dentro de mim derreter e se tornar uma coisa quente. Eu me inclinei para beijá-lo no queixo, tentando esconder o que aquela informação tinha feito comigo.

- Bom.

-  E por qual motivo vocês se separaram?

Ele perguntou encarando o meu rosto seus olhos mostravam um verde claro lindo eu cheguei a mergulhar neles.

Considerei o quanto eu realmente queria contar sobre o Rodrigo, sobre mim e sobre como nós éramos como um casal.

- Rodrigo era mais velho. Mais estabelecido, mais experiente. Nosso namoro era bom – eu disse. – Tudo estava sempre bom. Acho que muitas relações terminam desse jeito, apenas…bom. Fácil. Sei lá. Ele não era meu melhor amigo, e nem era realmente meu amante. Nós apenas morávamos juntos. Tínhamos uma rotina. Eu era fiel; ele saía transando por toda São Paulo.

- Então o que aconteceu? Quem apertou o gatilho? Fiz uma pausa, olhando para ele. Um milhão de
respostas cruzaram minha mente, mas a que usei foi:

- Eu, simplesmente cansei de ser uma nova menina velha.

- É só isso ?

- Sim,  Vamos tomar o nosso banho? _ corri minhas mãos  entrelaçado os nossos dedos, e o- levei até o banheiro.

O Acaso Mais Lindo Da Minha Vida.Onde histórias criam vida. Descubra agora