Como boa escritora de novelas mexicanas(risos), não consegui deixar tudo quieto. rsrs
Beijos
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Três anos após os últimos acontecimentos, Tom Williams encarava os jardins de sua casa no Maine com cansaço. Tinha acabado de chegar do hospital e o médico não havia lhe dado grandes esperanças.
Sua esposa entrava na sacada.
- Já ligou para Sofia? - ele perguntou.
- Marta está falando com ela - Angela sentou-se em uma das cadeiras - Por que não senta?
- Estou bem de pé.
- O médico disse...
- Ele disse que eu estou morrendo. Acho perda de tempo passar meus últimos momentos em repouso.
Angela suspirou.
- Está bem. Mas como vamos fazer com Sofia?
- Como assim? - ele se virou para ela
- Ela virá mesmo?
- Depende dela - ele deu de ombros - Mas eu gostaria de tê-la aqui. Ela e Richard.
- E se ela não vier?
- Não tem problema. Eu mesmo a obriguei a jurar que jamais voltaria aos Estados Unidos. Mas eu já liguei para alguns amigos. Ela não terá problemas ao entrar e enquanto ficar.
Enquanto isso, Marta estava no seu quarto, falando com sua filha pelo telefone. Ambas choravam.
- Querida, se você não quiser vir, não tem problema. Talvez seja arriscado ou... - dizia Marta
- Não posso deixar de ir, mamãe - Sofia soluçava - Vovô salvou nossa vida, minha e de Richard, não podemos deixá-lo nesse momento.
- Ele entenderá perfeitamente se você não vier. Sua situação é ainda mais delicada.
- Minha situação não importa.
- Mas minha filha...
- Vou avisar à escola de Richard e amanhã mesmo pegaremos um voo para os Estados Unidos. - determinou Sofia.
Algumas horas mais tarde, Tom estava em seu escritório vendo os álbuns de fotografias da família e se divertindo com as lembranças. Teve uma longa e interessante vida. A única coisa que lamentava era ter precisado utilizar os favores que amigos influentes lhe deviam para fazer uma coisa tão ilícita quanto foi salvar Sofia. O que ele fez não era nada correto do ponto de vista legal, mas ele não encontrou outra alternativa. Michael Hamburg estava morto e a sociedade estava livre daquele monstro; no entanto, o preço a pagar foi eliminar sua neta da mesma sociedade. Sofia jamais reclamou das coisas que lhe aconteceram, nem mesmo pelo fato de ter sido dada como morta. Ao contrário, ela sempre lhe agradecia.
Mas ele sabia que tinha que fazer mais alguma coisa por ela antes de morrer. Tinha que dar um jeito de corrigir ou ao menos melhorar alguma coisa. Estava pensando nisso quando olhou com mais atenção a uma das fotos de Sofia. Ela estava na adolescência e por cima da camisa e da gravata do uniforme do colégio ela vestia uma camiseta preta com a logo da banda The Killers. A foto foi tirada no primeiro show deles em Nova York que ela tivera a oportunidade de ir e ela estava na fila, sorrindo com os olhos brilhando e uma expressão sonhadora como se estivesse entrando no céu. Naquele momento, o Sr. Tom Williams soube o que tinha que fazer. Pegou sua agenda na gaveta e fez uma ligação.
- Alô?
- Howard? Aqui é Ted Williams.
- Sr. Williams! Como vai? - seu genro exclamou do outro lado da linha. - Marta me ligou e estarei aí no proximo final de semana...
- Claro, claro. Tudo bem meu rapaz. Eu espero.
- Posso ajudá-lo em alguma coisa? - a voz dele estava preocupada - Precisam de algo...?
- Está tudo bem. Eu só preciso de um favor seu.
- Farei qualquer coisa que o senhor pedir - disse Howard, solenemente.
- Ótimo. Então peço que me passe o telefone do Sr. Brandon Flowers.
Tom sentiu a hesitação do outro lado da linha.
- Brandon Flowers? O cantor?
- Sim, ele mesmo. Pode ser o contato de alguém próximo, também. Mas preciso falar com ele.
Howard hesitou mais uma vez.
- Mas, Sr Williams...
- O que foi?
- Eu... Eu não creio que...
- Qual é o problema?!
- Não quero me meter, mas... tem alguma coisa a ver com Sofia?
- Você já está se metendo, Howard. Preciso falar com este rapaz antes de morrer. E a hora é agora. Se não puder me passar ao menos o contato de algum assessor, eu procurarei por outros meios e você bem sabe que encontrarei.
Howard suspirou.
- Sim, senhor. Me desculpe. Eu... Eu tenho o número direto da assessora dele, Marienne Rodgers...
- Perfeito. Então consiga o número direto dele para mim. Se eu ligar vai parecer estranho.
- Eu... Claro. Está bem. Um momento...
Tom esperou por dois minutos.
- Sr. Williams? Pode anotar?
- Claro. - respondeu o velho, sorrindo com a caneta na mão. - Pode falar.
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Just Another Girl II
FanfictionOito anos após a morte de Sofia Andersen, Brandon Flowers ainda tentava voltar a viver de maneira normal, embora a perda estivesse gravada em seu coração como uma profunda cicatriz. No entanto, ele não fazia ideia dos efeitos que uma surpreendente l...