Just Another Girl II

Capítulo 15

Ele abriu os olhos lentamente. Não pensou que a morte era tão branca e... Parecia um quarto de hospital?

Devagar, se mexeu. Estava apenas deitado em uma cama de hospital. Ammon, seu primogênito, estava dormindo em uma poltrona ao lado da cama.

Então, não tinha morrido. Ainda bem. Ele pensou o que seria do The Killers sem ele. Nada menos que o fim.

Se apalpou. Nenhum curativo ou ferimento. Não sentia nenhuma dor. Sentia as pernas e podia mexê-las, assim como a cabeça. E sequer estava internado. Só estava deitado, com vestes de hospital por baixo do lençol branco e leve.

Ammon se acordou; olhou para ele e sorriu.

- Bom dia, rock star.

- O que aconteceu? - Brandon estava confuso. Ele se lembrava de Michael puxando o gatilho...

- Você apagou. Quando cheguei e vi você na maca, eu quase tive um troço. Mas graças a Deus você está bem.

- Como assim? - a Brandon, as últimas horas eram um borrão.

- O bandido atirou em você, mas errou feio. De qualquer maneira, um cara se jogou na sua frente e vocês caíram. Tinha uma pedra embaixo daquela camada de areia e você bateu com a cabeça, ainda que levemente. E desmaiou.

- Q-quem se jogou na minha frente?

- Hummm - Ammon estava pensativo - Um senhor grisalho e alto...

- Walter? Walter se jogou na minha frente?

- Isso, esse mesmo. Ele jogou uma pedra na cabeça do bandido e pulou na sua frente. Mas quando a pedra bateu na cabeça do homem, o idiota errou o alvo...

Brandon tentava pensar com coerência.

- E Michael? - Brandon estava confuso - O que aconteceu com ele?

- O bandido? Foi morto. - Ammon disse, indiferente - Ouvi dizer que o detetive americano atirou em legítima defesa, mas também ouvi o policial aposentado falar para o americano que ninguém jamais saberia que foi à queima-roupa. Bom, não importa. Ele não está mais entre nós.

- Têm certeza de que ele está morto? Eles têm certeza mesmo? - Brandon perguntou.

Mas Ammon o fitou de maneira estranha.

- Eles têm certeza absoluta, pai. Já levara o corpo ao IML.

Brandon assentiu.

- E os meninos? Como estão seus irmãos? Onde eles estão?!

Ammon olhava para o pai como se ele tivesse enlouquecido.

- Gunnar está bem, pai. Ele está lá fora. O outro menino, também. Está com a governanta.

- Traga os dois aqui. Quero eles aqui, agora - pediu Brandon, com urgência - Já ligou para sua mãe?

Ammon fez uma cara de quem sabia que não era bom discutir com loucos.

- Tá bom, pai. Eu já trago eles. Mas... Só eu e Gunnar estamos aqui, pai. Henry e Sophie estão em casa...

- Eu sei disso. Traga os dois.

Ammon saiu do quarto pensando que o pai se sentia responsável pelo menino que havia salvo. Porém, ainda não conseguia entender como raios Gunnar parou no meio daquela confusão toda.

Seu pai falar do pequeno como próprio filho era normal, porque tinha batido a cabeça. Mas por quê Gunnar não saia de perto da criança? O que Gunnar estava fazendo na casa da criança na hora do rapto?