HENDERSON
Gunnar estava sentado na poltrona da escrivaninha, lendo, quando ouviu uma batida na porta. No instante seguinte, sua mãe abriu a porta e colocou a cabeça dentro do quarto.
- Oi, mãe - ele disse.
- Oi. Posso entrar?
- Claro que pode.
Ela o fez.
- Querido, quero conversar com você.
Ele suspirou.
- Está bem.
Ela se sentou na cama, e ele se virou. Ficaram frente à frente.
- Me dê suas mãos - ela pediu.
Ele obedeceu. Tana olhou fundo nos olhos verdes de seu filho e começou:
- Você me odeia, Gunnar?
Ele recuou.
- Como assim, mãe?
- Apenas responda.
- Claro que não, mãe. Nossa.
- Então por quê você está tratando seu pai como se o odiasse?
- Eu não odeio o papai, mãe.
- Mas você está dando a entender que o odeia. Tem ideia do quanto isso está acabando com ele? O amor de vocês é o que o move. E essa situação... Está deixando-o péssimo.
Gunnar abaixou a cabeça.
- Ele... Ele fez coisas horríveis...
- Como o quê? Me trair?
- E isso já não é horrível?
- Sim, é péssimo. Confesso que... Que me senti um lixo. Mas Gunnar - ela dizia - Você já parou para pensar em como aconteceu? Seu pai nos priorizou, acima de tudo. Ele nos colocou acima de tudo, acima da própria imagem. E a mulher... Ela também foi discreta. Ela...
- Eles tiveram um filho - disparou Gunnar.
- O quê?!
- Um filho. Ela teve um filho com o papai.
Tana recuou.
- Gunnar. Cuidado com o que diz.
- Pergunte ao papai, ele não vai negar.
O choque de Tana era total. Gunnar continuou:
- Essa moça... Ela engravidou do papai, na época. Mas... você também apareceu grávida e ela decidiu terminar tudo, segundo o papai. Aconteceram várias coisas... E agora, depois de muitos anos, ele descobriu que tinha um filho com ela.
- Se eu apareci grávida...
- O menino tem a idade de Sophie.
- Então... Então foi nessa época! - Tana estava pálida - Era isso o que tanto atormentava seu pai! O remorso!
- Mas ele não sabia - disse Gunnar, rapidamente - Ela até se mudou, para a Inglaterra, e nunca mais entrou em contato... E, a princípio, ele jamais saberia.
- Como? - Tana estava incrédula - Como seu pai não saberia?! Impossível!
- Ela foi dada como morta - Gunnar respondeu - Tentaram matá-la e, para se proteger, ela foi dada como morta e saiu do país. Por isso papai nunca mais correu atrás dela, nem nada. Descobriu recentemente...
- Na viagem a Nova York - completou Tana.
- Foi.
Ela assentiu e abaixou a cabeça.
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Just Another Girl II
FanfictionOito anos após a morte de Sofia Andersen, Brandon Flowers ainda tentava voltar a viver de maneira normal, embora a perda estivesse gravada em seu coração como uma profunda cicatriz. No entanto, ele não fazia ideia dos efeitos que uma surpreendente l...