Brandon se virou. Giselle Campbell, a melhor amiga de Sofia, o fitava como se estivesse vendo um fantasma. Segurava um copo de café.
- Oi, Giselle - ele se aproximou dela - Tudo bem com você?
Ela engoliu em seco.
- Tudo, tudo bem. Tudo certo. - ela disse, tentando disfarçar. - Me desculpe, eu... não esperava vê-lo aqui. Você...? - deixou no ar, para que ele pegasse e respondesse
- Estou aqui para ver o Sr. Williams - ele respondeu, tranquilamente.
- O Sr. Williams? Tom Williams? - ela repetiu, como se não tivesse entrado na cabeça dela.
- Sim. Ele me chamou - respondeu Brandon. Ele estranhou. Por que ela está em pânico?
- O Sr. Wlliams chamou você??? - ela perguntou, pálida.
- Ele me ligou ontem, mas não pude atender. À noite, liguei para a casa dele e uma funcionária disse que ele estaria aqui a partir de hoje. Ele já chegou?
SANTO CRISTO, O QUE ESTÁ ACONTECENDO?! pensava Giselle, em choque. O QUE O SR. WILLIAMS INVENTOU AGORA?!
- Giselle? - Brandon perguntou, a fitando com atenção. - Está tudo bem?
- Eu, hã... - ela pensava rápido - Estou bem, sim. É que... bem, isso é surpreendente. O Sr. Williams não nos falou nada sobre... Sobre ter chamado você.
- Eu conversei com ele apenas uma vez, a alguns anos, quando ele foi a Las Vegas. Também achei estranho ele ligar para falar comigo, mas... - ele deu de ombros.
Giselle nem sabia direito o que dizer.
- Hã... Pois é. Hmm... E... E sua família? Sua esposa? Não quero ser indiscreta, mas não é estranho para eles e arriscado para você vir aqui para Nova York visitar uma pessoa que, aparentemente, você jamais conheceu?
- Não quero falar sobre isso, mas - Brandon estava com a expressão séria - Posso dizer que minha esposa não tem que achar nada estranho.
Giselle estava mais confusa do que nunca. Mas enquanto tentava colocar o pensamento em ordem, viu a recepcionista chamar Brandon e perguntar:
- O senhor foi chamado por alguém da família?
- Sim, pelo próprio Sr. Williams... - respondeu Brandon A atendente voltou a falar com a pessoa do outro lado da linha. Voltou-se para Giselle e assentiu, enquanto falava. Brandon virou-se para ela e perguntou: - O que está acontecendo? Por que precisa de autorização?
Giselle, distraída, deu um pulo. Quase derramou café. Estava pensando como iriam fazer com Sofia e Richard, pois eles já estavam vindo de Londres.
- Ele é paciente terminal - ela disse, com pesar. - Mas não é nenhuma doença. O corpo está simplesmente morrendo. Então, para esses casos, é solicitada autorização aos familiares ou responsáveis para evitar incômodo aos pacientes. - ela tomou um gole do café - É uma política do hospital.
A recepcionista fez sinal para ela ir até o balcão e entregou o fone.
- Marta... sim, é ele mesmo. Estou aqui com ele... Segundo ele. Mas não duvido... Está bem. Ok. - entregou o fone para a atendente e se virou para Brandon - Você tem permissão. Quer vir comigo?
Brandon assinou um termo de responsabilidade e acompanhou Giselle. Ela o levou para a área de geriatria, em silêncio. Logo estavam na área de apartamentos. Assim que ela se aproximou, Marta e Howard se levantaram.
- Sr. Flowers - disse Howard, não parecendo tão surpreso, apertando a mão dele.
- Como vai, Howard?
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Just Another Girl II
FanfictionOito anos após a morte de Sofia Andersen, Brandon Flowers ainda tentava voltar a viver de maneira normal, embora a perda estivesse gravada em seu coração como uma profunda cicatriz. No entanto, ele não fazia ideia dos efeitos que uma surpreendente l...