Capítulo 5

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Eu acho que nunca me encontrei tão nervosa como hoje. Após uma semana no Brasil, resolvi voltar para o escritório, talvez eu visse o Andrew e não sabia se estava preparada pra isso.

Me arrumei, tomei um ótimo café da manhã e segui um pouco mais confiante. Ao chegar lá, alguns me encaravam, não sei se sabiam quem eu era ou se estavam na dúvida, meu cabelo, agora, bate na altura dos ombros, com um castanho claro em seus fios. Continue andando e bati na porta do senhor Lamarck.
-Aí meu Deus, minha filhota voltou.
- Oiii, quanto tempo, não é mesmo?
- Muito tempo minha linda... vamos para as atualizações?
- Hum... Claro.
- Bom, o Andrew está em outro escritório e ele sabe da sua volta. Os meninos estão aqui e vão te atualizando dos processos daqui...- ele foi me explicando alguns casos mais importantes, alguns que eu iria pegar e assim foi. Contei como foi lá e quando paramos, já era hora do almoço.
- Bom, eu vou fazer uma visitinha para os meninos e aproveito para almoçar com eles. Obrigada mais uma vez por tudooo.
- Vai lá minha linda. Eu sempre estarei aqui para ajudá-la, eu sou seu pai postiço hahhaa...

Sai da sala rindo e fui em direção à sala do Gustavo, dei alguns toques na porta e ele disse pra entrar...
- Oi coisa linda...
- Aí meu Deus do céu, Bruna, minha piranha favorita- levantou e me deu aquele abraço de urso - vc quer fazer eu soltar a franga aqui?
- Minha bicha favorita, que saudade- as lágrimas já caiam. Eu não sei explicar a felicidade de se sentir em casa, de se sentir importante pra alguém, de novo.
- Ei, para de chorar, que eu só quero te ver sorrir... Vamos até os meninos, eles estão em uma reunião, mas como eu não sou advogado, não pude ir.
- Mas essa reunião é importante?
- Não mais que você...

***
- Acho que eu nunca falaria isso, mas eu estava com saudades de você...
- Aaah Rodrigo, como não ter saudades de mim, né?!
- Eu só queria entender o motivo da sua ida...
- Meninos, eu realmente não queria falar sobre isso. Um dia, quando eu aceitar tudo que eu fiz, as escolhas que eu tomei e talvez, me perdoar...
- Bruna, você não tem que se perdoar, você não fez nada de errado.
- Gus, deixa isso quieto... licença meninos.

Talvez eu achava que já tinha superado. Depois que eu me curei, eu não tinha coragem de voltar. Não sabia se eu estava errada pela decisão que eu tomei, mesmo sabendo que já tinha acontecido e eu não podia ficar me questionando por algo que já foi, mas isso não parava de aparecer na minha cabeça. A Alice sempre falava que eu não tinha culpa, que a minha decisão foi a melhor para o momento e tudo mais.

Depois de seis meses, literalmente enrolando pra voltar, e a Alice noiva do Bernardo, decidi voltar, já que o casamento é daqui um mês e eu serei madrinha. Voltei por ela e não por mim. Talvez eu tenha cometido um erro em voltar, eu não superei absolutamente nada.

Sorte no DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora