Capítulo 23

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- Mãe, eu já entendi...
- Bruna, não fala assim!
- Faz 3 meses que o Alec nasceu, você sempre vem pra cá ver ele, não está satisfeita?
- Não estou! Você sabe que está estanha e tá com medo de ir fazer o exame...
- Eu já disse que ia esperar acabar minha pós, então eu continuei tomando o remédio
- Minha querida, sua pós acabou há dois meses atrás e tinha dia que você esquecia de tomar... então para de frescura ou eu vou pra São Paulo
- Pelo amor de Deus, continua aí no Rio... eu te amo, mas você aqui, faz meus dias um caos
- Respeita sua mãe... vai fazer o teste ou não??
- Vou fazer e eu sei que posso estar grávida, mas eu tenho medo... meu médico disse que agora o meu organismo está ótimo, se eu engravidar não vou ter nenhuma complicação. Eu sei que eu planejei esse bebê, mas o medo tá aqui
- Você está com um homem que te ama, que confia em você pra ser mãe do filho dele, não precisa ter medo de nada
- Eu queria casar antes de ter um filho...
- Agora está melhorando... talvez para o Andrew, a correria não faz você pensar em casamento ou ele esteja tão ocupado com o Alec e já tem você, que tudo bem...
- Eu sei disso, ele diz que eu sou a esposa dele... mas eu não sou, entende?
- Entendo, por isso mesmo que você vai pedir ele em casamento.
- Que? Não... cara, eu queria ser pedida em casamento
- Você que quer casar, você que pede
- Mãe, você é doida
- Sou e pensei que tinha passado pra você... mas não, que decepção. Minha filha, pede esse homem em casamento, vamos fazer aqui no quintal de casa
- O seu quintal é a praia...
- Sério? Foca Bruna... Eu arrumo a festa e tudo mais com a Alice, não fala nada pra ele. Só pede esse homem em casamento e daqui um mês você vai estar com um anel de ouro pra esbanjar que casou
- Você não existe...
- Existo e você não dá valor pra sua mãe
- Mãe, para de drama e beijos, vou no hospital fazer exame de sangue.
- Beijoooos, boa sorte e me liga pra avisar que eu vou ser vó... porque o primeiro neto ninguém me avisou e...
- E tchau!

Quando eu termino o dia na empresa, sigo para o hospital fazer o bendito exame, se der positivo eu conto depois do meu pedido de casamento...
Saio de lá com um papel dizendo que amanhã à tarde ficaria pronto, só me resta aguardar.
Como o Andrew está na outra empresa, passamos o dia sem nos ver e a hora de chegar em casa, são sempre as melhores. O Alec é um bebê tão doce e fácil de lidar, que eu até me emociono ao falar dele. Quando a Sophia faleceu e deixou as cartas, o Andrew leu a dele, onde dizia um pouco mais sobre a história de Sophia, o que mais mudou na vida Dela quando conheceu ele, o por quê de ter escolhido o filho e um pedido: que ele sempre diga ao Alec que a mãe dele o amou e que ela tinha um enorme carinho por mim e que nunca, em hipótese alguma ele tinha que guardar alguma mágoa minha.
Quando eu li a minha carta, eu chorei igual um bebê, a carta me deu forças pra ser a mãe que eu sou pra ele, mesmo nova. Me deu forças pra eu ver o quanto eu sou especial... a Sophia era um pessoa incrível e com um coração tão grande, que me inspirou a amar mais.

Quando abro a porta de casa, vejo um Andrew só com calça de moletom, com o Alec sentadinho em seu colo, vendo um desenho animado. Vou até eles silenciosamente, já que estão super concentrados e começo a querer rir...
- Vai rir dona Bruna? Ou vai vir dar um super beijo nos homens da sua vida?
- Prefiro dar um um super beijo em vocês

O Alec quando me vê, abre um sorrisinho e ergue os braços pra mim, pego ele encho de beijos, sendo entre as pernas do Andrew e inclino minha cabeça pra ele dar um beijo em minha testa.
- Estava com saudades dos meus meninos...
- Também estávamos com saudade da mamãe né filho- o Andrew diz fazendo cócegas na barriga dele
- Como foi o seu dia amor?
- Eu peguei um caso bem chato hoje, sobre separação, só que tem bebê no meio, aí o conselho tutelar entrou também... aí quando acabei de ver isso, vim pra casa mais cedo ficar com a coisa mais linda que eu já fiz
- Que pai mais babão que você tem filho...
- E você, por quê arrasou?
- Peguei um trânsito ali perto do centro
- Ah tá... bom, vai lá tomar um banho, que eu vou fazer alguma coisa pra gente comer
- Está falando que eu tô fedida?
- Não, só que todo mundo tem que tomar banho...
- Vai você
- Amor, calma...
- Eu estou nervosa?
- Está
- Andrew... não começa
- Bru, vai subindo e entra no banho
- Tchau Andrew

Se eu sei o motivo de eu ter ficado bravinha com ele? Não sei, mas também não quero saber.

Tirei minha roupa com raiva e comecei a chorar, minha nossa senhora, por que raios eu estou chorando? Também não sei...

Entrei no banho e molhei meus cabelos, passei o shampoo e um tempo depois, quando tinha acabado de passar o condicionador e estava pegando o sabonete, braços fortes me envolveram e começou a passar o sabonete em mim... não só o sabonete, com os lábios no meu pescoço
- Andrew...
- Amor, eu não sei o que te deixou assim, mas relaxa. Tudo vai ficar bem!
- Eu... eu não sei o porque que eu estou assim
- Você pode estar perto de menstruar - sinal vermelho, faz um mês que eu não menstruo. - por que você ficou tensa do nada?
- Ué, eu não fiquei tensa... e o Alec?
- Está com mil almofadas ao seu redor e um desenho super animado
- Isso é perigoso, deixa eu terminar meu banho...
- Não antes de eu mostrar o quanto eu amo você...

Depois do meu super banho, desço pra comer e logo passo mal, digo ao Andrew que preciso resolver um negócio do banco que eu tinha esquecido. Vomito tudo que eu comi e certeza, estou grávida!
Como eu disse que ia resolver um negócio do banco, vou para o escritório e começo a pensar em como vou pedi-lo em casamento

Sorte no DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora