Capítulo 17

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Pov' Andrew

Hoje a Bruna vai voltar para o Brasil, é estranho pensar que essas viagens vão virar rotina em nossas vidas até que eu decida ir embora com ela ou ela decida ficar. Estou no aeroporto parecendo um adolescente, é estranho, sempre fui um cara confiante e ao lado dela minha emoções sai de mim, eu fico ansioso e completo.
Fico mais uns minutos olhando pro nada e refletindo sobre a minha vida, quando a vejo, completamente linda. Vocês sabem, ela é baixinha, mas coloca um salto quinze, um vestido até os joelhos, um sobretudo e um óculos de sol, não tem homem que aguente. Por isso mesmo que eu estou com ela, por não aguentar ficar longe.
Dou passos rápidos e ela conecta o seu olhar com o meu, parece que a gente ficou mil anos sem se ver, abraço ela e beijo aquela boca que é minha...
- Te amo muito
- Ooown, acordou fofo amor? Também te amo.
- Eu sou fofo Bruna, você que não reconhece
- Não começa o seu drama, me leva para um ótimo restaurante, pois minha barriguinha agradece.
- Barriguinha?
- Andrew...
- Calma amor... você sabe que eu amo o seu corpo.
Seguimos para o restaurante e nunca vi a Bruna comer tanto, parecia um saco sem fundo. Até que quando pedimos a sobremesa ela diz:
- Amor, me passa o endereço da casa da Sophia, que depois que eu passar em casa, vou falar com ela?
- Por que você quer ir lá e eu posso te levar?
- Porque eu quero esclarecer as coisas e tudo mais. E não, você não pode me levar, eu preciso desse momento com ela.
- Sim senhora, eu confio em você.

Pov' Bruna
Depois do nosso almoço, que eu comi demais, não sei o que aconteceu. E depois de ouvir o Andrew falar que a Sophia não pode sofrer fortes emoções e outras várias recomendações. Consegui ir pra casa dela.

- Bruna?
- Oi Sophia, podemos conversar?
- Claro, entre - a casa era bem bonita e aconchegante.
- Bom, antes de tudo, quero dizer o quanto eu te admiro, o quanto eu penso a super mãe que você vai ser. Mas o assunto é outro... Eu quero pedir desculpas por tirar o pai do seu filho e desfazer uma família...
- Bruna...
- Calma, eu preciso por pra fora. Independente do que eu fiz, eu não me arrependo de estar com ele hoje, talvez os caminhos tomados não foram tão certos, mas esse final me deixa bem. Eu quero dizer que eu vou amar o seu filho, que eu faço questão de mostrar que existe madrasta boa e que o conceito "família", vai de família para família. Que ele vai ser amado, aqui ou lá, que ele vai ter apoio dos dois lados. - quando eu fixo o olhar nela, Sophia está chorando de soluçar - Ei, calma, eu não queria...
- Não Bruna, você não fez nada de errado. Um dia você vai entender o motivo das minhas lágrimas. Eu fico imensamente feliz em ouvir isso e eu não tenho dúvidas que você vai ser a melhor madrasta do mundo. Eu não posso te dizer o motivo, mas promete que você cuidará do meu filho com todo o amor do mundo?
- Que papo estranho, mas claro que eu prometo.
- Eu peço que você sempre tente entender o Andrew e estar do lado dele nos momentos mais difíceis. A vida é feita de escolhas, você sabe muito bem isso. Eu fiz uma escolha, que vai afetar a vida de algumas pessoas. Mas isso você vai saber daqui uns dias, já que daqui a pouco esse bebezão vai nascer. O fato aqui é, nunca culpe alguém sem saber o motivo, nunca saia do lado de alguém que precisa de você.
- Sophia, eu acho que entendi o recado que você quis passar. Mas vou esperar o nascimento para comprovar minha tese. Eu vou cuidar do nosso bebe e ele nunca esquecerá a mãe maravilhosa que você era!

Eu sai de lá chorando igual um bebê, que não estava acreditando que aquilo era real. Eu não podia contar para o Andrew, essa foi a decisão de uma mãe pela vida de um filho. Eu faria o mesmo.

Pov' Sophia

Meu coração está em paz, uma paz até assustadora. Eu vou embora feliz e talvez a carta pra Bruna tenha que mudar um pouquinho.

Obs: mudamos a capa, pois a outra estava bem feinha!

Sorte no DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora