Miraculous Ladybug: Guerra Civil

Capítulo 1 - Thoughts...

Depois de um dia de trabalho intenso, chego finalmente ao meu quarto.
No entanto, descansar é algo que não posso fazer agora, porque eu não sou apenas a Marinette. Eu também sou Ladybug.

Atiro a mala e a gabardina para cima da minha cama e paro por um bocado no meio do quarto e deixo por um momento o peso que tenho no corpo e na mente dominar-me, mas não posso deixar que o meu egoísmo interfira com a segurança de Paris.

Obrigo-me a levantar-me.
- Tikki tranforma-me!
E desaparecer na noite.

Chego ao edifício regular da patrulha e vejo Volpina, Peacock e o Turtle. Do outro lado da cidade, Lady Bee aparece ao longe ao mesmo tempo que eu.

- Olá.

- Oi Ladybug. Estamos todos menos o Chat. - Isso é estranho porque ele chegava sempre cedo ou avisava se não podia vir. - Reparas-te se ele vinha atrás de ti?

- Não, não reparei. - O que é mentira porque eu reparo sempre. A luz do quarto estava apagada e não estava ninguém e eu lembro-me da silhueta dele em que me perco, o cabelo loiro em que me afogo, os olhos verdes e calmos, calmos como um passeio calmo pela floresta, onde nada me pode magoar, uma silhueta clara. Parece uma figura distante do seu outro lado escuro e brincalhão, me que mostra a sua verdadeira face, mesmo que seja por detrás de uma máscara. É uma ironia engraçada. - De qualquer modo, vamos ter de avançar mesmo sem ele.

Separámo-nos pela cidade de Paris. O ar estava ameno e havia um ambiente acolhedor dado pelas luzes da cidade com o céu distante e estrelado, que nos fechava dentro daquele cenário de romance.Aqui todas as noites parecem estranhamente perfeitas, ao seu estilo. Talvez apenas por ser Paris, ou talvez apenas por as ver há 5 anos de uma maneira diferente. Afinal, governamos a noite.

Afasto-me em direção a um beco da cidade. É estranho ele não estar aqui e não avisar. Não é como se ele não continuasse a ser um modelo na empresa do pai - isso torna tudo imprevisível. Um pouco como Chat Noir que é impulsivo pelo que acha mais divertido e por um momento penso se isso é algo bom ou mau nele comparado com a... Obediência durante o dia. Realmente, não entendo a continuação desse acordo.

Lembro-me quando, antes, éramos apenas os dois - Ladybug e Chat Noir, a dupla de heróis imparáveis de Paris. Agora somos 6 heróis, embora tenhamos as nossas divergências e dificuldades. Como o nosso futuro se modificou... E chegou tão depressa também....
Parece meio fictícia esta realidade em que depois de tanto tempo passado, ainda não houve nem mais uma pista, confronto ou ameaças como na nossa primeira missão do Hawk Moth. Às vezes pergunto-me se estamos mesmo a lutar contra alguém ou algo, mas a verdade é que os akumas continuam a chegar, mas o nosso mestre nunca mais nos contactou. O miraculous do Nino foi dado por uma mulher e ainda espero receber notícias sobre o livro e a sua descodificação, naquela reunião tão imparcial e misteriosa.

A patrulha... Pensei. Mas não me conseguia concentrar nisso agora. Não quero pensar nisso agora.
Abano a cabeça e lanço o meu ioiô sobre a chaminé de uma moradia. Decidi dar uma volta pela cidade sem estar transformada.

- Para que é que foi isso Marinette? Nós temos de continuar a patrulha!

Só preciso de arejar um pouco a cabeça.
Tikki continuou a seguir-me depois de abanar a cabeça em desagrado, mas eu não estava a prestar sequer atenção.

- N-Não devíamos andar por esta zona da cidade... - disse passado um bocado.
Ouço movimento à minha frente e escondo-me numa esquina. Parecem ladrões...
Corri para um local não muito distante e transformei-me de volta para avisar os outros.

- O que se passa Marinette algum akuma?
Peacock dá um pequeno beliscão em Lady Bee.

- AU! Para que é que foi isso sua-?!

- As nossas identidades devem permanecer em segredo, ou não te esqueces-te?!

-Shiu.
É verdade que elas ainda não são propriamente melhores amigas para sempre... Ugh, mas onde estará aquele gato?
- Nesta esquina estavam dois homens muito suspeitos, talvez até parte do banco de assaltantes que assombra a cidade. Temos de ser cautelosos.

- E.... Agora!
... Mas não estava mais ninguém no beco. Nem em outras ruas próximas. A cidade tinha simplesmente ficado deserta.

- Não encontrámos nada. Talvez devêssemos todos ir descansar com uma boa noite de sono.
Um dos Miraculous apita. - Concordo. Até logo, pessoal.

Um a um pouco a pouco se foram todos despedindo. E eu também regressei a casa deixando-nos cair no sono que não tinha.
Algo não parecia estar bem....