Uma noite em um navio pirata

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Uma noite no navio pirata

Meu nome é Veridia e o relato que vou lhes contar acontece em um tempo em que navios são nosso meio de transporte principal, a cultura cigana tem se juntado cada vez mais com a pirataria. De um simples povo, nos tornamos piratas atraídos pelas riquezas e o estilo de vida poderia proporcionar, e muitos apenas como o sonho de uma vida melhor para os que amam. As mulheres não praticam pirataria, mas são instigadas a fazer artesanatos, aprendem a ler mãos e as mais jovens assim como eu acabam na dança cigana, mas apenas como trabalho, e assim ajudar suas famílias. Meu pai trabalhava em um navio pirata assim como meus irmanos e minha mãe com artesanato, e eu muitas vezes a ajudo. Enfim todos trabalham, mas nunca foi o suficiente, a pobreza nos acompanha, ainda tem o roubo e a pirataria, por isso eu odeio piratas e ladrões , homens de mal caráter que não fazem falta mortos, só roubam uns aos outros principalmente os que já tem pouco.
Mas entre todos esses patifes, há um pirata que conheço,Jonathan, ele é como uma jóia entre tantas pedras imundas ao mar, pois ele mesmo sendo pirata,consegue manter seu coração mais puro que de muitos, como se seu peito fosse um altar sagrado.

  -Veridia! Querida já podei-vos irdes se quiserdes ,já findou seu turno.

Disse celeste, a dançarina do próximo turno, algo me diz que ela me inveja,mas bem não estou aqui para isso só para dançar,me divertir e ter meu ganha pão.

   - Celeste._ chamei me aproximando, ela atentou seus olhos de rubi aos meus._Ouvi rumores que Jonathan, vosso irmano, volta hoje a noite, é verdade?_perguntei.

Celeste é irmana de Jonathan,antes de ser um capitão ele sempre vinha ver a irmana uma vez por mês, desde pequeno ele trabalha para cuidar dela. E com celeste sua única família se manténdo sozinha com a dança, ele se tornou pirata e logo capitão do seu próprio navio,mas continua honesto,amável e cuidadoso. De repente me lembro de uma noite em que depois da dança,os europeus ricos tentaram se aproveitar de mim e de Celeste,eu tinha 15 anos e Jhonathan à essa altura seus 18 anos, sozinho ele derrubou os dois homens, a luta na verdade está em todo lugar por aqui, mas Johnathan tem talento . Hoje tenho 19 anos e aprendi a me defender, fiz ele me ensinar a lutar mesmo ele achando que não é coisa para garotas.

   -Veridia?,veridia!_ Chamou-me Celeste, despertando-me de minhas recordações
   -Pois sim Celeste, perdões.
   - Sempre tão pensante vossa pessoa! Mas sobre meu irmano,Jonathan, esqueça! Ele só tem dado as caras por aqui uma vez no ano.

Noto a voz dela, com um ar triste de saudades do irmano, sua única família, mas então ela esboça um sorriso, o mesmo sorriso que tem esboça sempre.

   - Mas vá amiga, quem sabe ele se venha cedo ao porto, assim como dizem os rumores. Vá, e se encontrar Jonathan diga-o que de manhã estarei em casa e que ele pode aproveitar para fazer estadia.

    -Pois sim,tudo bem então,até amanhã! _E antes de ir sussurrei _Cuide-se!

Indo para casa vou pensando e pensando. Me pergunto até quando vão dizer que somos prostitutas ciganas, ou que somos bruxas malignas, a imagem de nossas anciãs acaba sendo manchada por pessoas que nada sabem sobre a verdade do mundo, a imagem das ciganas dançarinas acaba sendo machada por pessoas que nasceram em uma vida fácil, pois não compreendem a necessidade de nossas antepassadas, de terem o corpo como única forma de renda...Enfim, derrepente minha linha de raciocínio é para quando ouço uma voz que me é conhecida, e o seu simples timbre faz-me alegrar:

   -Hei!,Veridia!,Veridia!
   -Jonathan?_ Falo descrente

Avisto um homem loiro, camisa branca,calça marrom segurando-se sobre a corda de um navio

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