- A Mãe Natureza é uma assassina. Não tem melhor. Nem mais criativa. Mas nenhuma assassina consegue segurar o impulso de ser descoberta. De que servem os crimes brilhantes se ninguém levar o crédito? (Guerra Mundial Z).
Vejo o garoto que planejava matar descendo as escadas. Eu saio de baixo da mesa e dou um grito com tudo na frente dele o que faz com que ele caia da escada. O tombo que o moleque teve foi o suficiente pra eu desabar em gargalhadas a ponto de a minha garganta doer! Vou para perto dele oferecendo a minha mão como ajuda para ele se levantar. O menino recuou, alarmado, ao ver a faca que eu estava segurando.
- Beleza – digo ficando em cima dele – se você não quer uma mãozinha, deve ser porque já tem as duas. Vamos ver se você muda de ideia depois de perdê-las. – ele fica de olhos arregalados quando ergo minha faca e corto suas mãos fora. Assim que o faço, o garoto começa a gritar e a chorar desesperado. – A propósito, qual é o seu nome? É que eu geralmente gosto de saber o nome das pessoas que mato sabe? E, como eu sei que você provavelmente não vai responder de primeira ou sei lá, quero que saiba que se não responder a minha pergunta vai ser pior.
- João. Meu nome é João. – Falou João, O Garoto Que Agora Tinha Nome. Resolvi prolongar a conversa, porque, quando eu gosto de conversar eu gosto de conversar meeesmo, mas quando eu não gosto, você trate de não olhar nem pra minha cara.
- E qual é o nome da sua amiga? – indago, apesar de saber bem o tipo de amizade que aqueles dois tinham e o tipo de amiguinha que ela era pra ele.
- Cristina. E ela por que você quer saber? Por acaso vai mata-la também?
- Eu não vou fazer nada com ela moço. Quem vai colocar a sua amiga em extinção vai ser um ruivo que tá escondido lá no pato que pariu. Afinal de contas, eu sou uma dama, e damas como eu não falam palavrão. Mas só se for em um momento de muita precisão como, por exemplo, se alguém roubar uma comida que você guardou na geladeira pra comer depois. Cara dá uma raiva quando alguém faz isso, você não acha? Eu tenho certeza. Ei, eu acho que a Cristina morreu, porque se não tivesse morrido, já estaria aqui em baixo ou sei lá. – dizendo isso, pego a faca novamente e cravo em um dos olhos dele, que começa a berrar de dor. Começo a girá-la lentamente, o que faz com que João comesse a se contorcer igual uma lombriga. Pensar isso me fez sorrir e rir baixinho.
- Você é louca – murmura ele baixinho – louca e bipolar.
- Com muito orgulho Love, com muito orgulho. Agora, me responda, onde estão seus pais? E qual é a senha do wifi?
- Viajando. E a senha está no canto da TV do meu quarto.
- Certo. Obrigada. A sua amiguinha era sua namorada né? Óbvio que ela era sua namorada, mas eu quero ter certeza do obvio. Sherlock Holmes que disse isso.
- Sim. Ela era.
- Ah... Certo. De qualquer maneira, foi bom ter essa conversa com você. Mas... Seu tempo se esgotou. – ergo a faca mais uma vez e enfio varias vezes em sua barriga. Meu sorriso já tinha desaparecido. E este foi o fim de João. Saio de cima dele e fico encarando-o, séria. Depois olho para as minhas roupas e vejo que estão ensopadas de ketchup natural. Mas não é como se elas pudessem ficar limpas, considerando a quantidade de sangue que saiu dele. Fui até o banheiro da sala e lavei as mãos. Depois, subi para o andar de cima e fui até o quarto onde a menina estava. Como eu já sabia e suspeitava Jason já tinha levado ela para a porta azul.
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Minha Amada Bonequinha
FanfictionEmily Jackson, mais conhecida como Spooky, no submundo incluindo também as creepypastas encontra um certo ruivo que faz seu mundo virar de cabeça pra baixo.