Capítulo 17

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Debbie narrando •

Sinto algo incomodando-me e tento abrir os olhos para ver o que era. Ao abrir os olhos fico confusa porque não estou a reconhecer o quarto em que me encontro. Vejo na minha mão direita uma agulha que está ligada no soro e rapidamente lembro do que aconteceu. Da missão, de ter perseguido o alvo, de ter levado um tiro, do Nick a gritar comigo e de desmaiar.

Vejo Nick sentado desconfortavelmente numa poltrona a dormir. Ele ficava fofo a dormir.

- Nick? - chamo-o num sussuro -

O mesmo continuou a dormir.

- Nick?! - digo um pouco mais alto e automaticamente a minha garganta dói -

- Hã?! Debbie! - levanta-se rapidamente e vem ao meu encontro - Tudo bem?

- Sim. Podes dar-me água? Tenho a garganta seca.

Ele assente e entrega-me um copo de água. Bebo calmamente e pergunto-lhe:

-Por quanto tempo dormi?

- 5 meses. - diz -

- O quê?! - pergunto perplexa - Como dormi por tanto tempo?

- É que tinhas muito sono. - diz rindo - Brincadeira, dormiste no máximo 12 horas.

Suspiro aliviada e digo:

- Ainda bem. - rio - Como o agente está?

- Bem. A bala atravessou. Ele teve muita sorte. Vou chamar o médico.

Assinto e ele sai do quarto para chamar o médico. Ambos entram no quarto e o médico diz:

- Srta. Williams, ainda bem que acordou. Sente alguma dor? Cansaço?

- Somente no meu ombro esquerdo e sim estou um pouco cansada. - sorrio e viro-me rapidamente para o meu lado esquerdo e vejo que tinha um suporte imobilizador de braço que nem sequer tinha reparado e no lado direito somente um curativo para a bala que fez o raspão -

- Isso é normal. Foste operada para poder tirar a bala e os exames que foram feitos indicam que estás bem. Somente precisas ficar em repouso e daqui a um mês podemos tirar esse imobilizador de braço. Daqui a pouco uma enfermeira virá aqui para ajudá-la com o banho e com a refeição e também lhe dará um remédio para a dor.

- Obrigada.

- Foi um prazer. Com licença. - ele sai do quarto e viro-me para Nick -

- Dormiste a noite toda aqui?

- Claro. A minha parceira precisava de mim.

Sorrio e ouço batidas na porta e rapidamente vejo meus pais. Minha mãe caminha até mim com os olhos marejados e deposita-me um abraço com cuidado. Meu pai faz o mesmo e deixa um beijo no topo da minha cabeça. Vejo Nick a afastar-se e ele sai do quarto dizendo um "já volto".

- Tudo bem contigo?

- Sim, pai. Somente o ombro esquerdo que está a incomodar-me mais.

- Fiquei com tanto medo, filha. Pensei que o pior tivesse acontecido quando chamaram-nos. - minha mãe diz fazendo carinho no meu rosto -

- Tu sabes muito bem, mãe. Eu sou muito difícil de se quebrar. - rimos - Estou aqui graças a Nick. Se não fosse ele...

- Realmente Johnson foi um herói. - meu pai comenta -

- É. - digo sorrindo e minha mãe ergue uma sobrancelha -

- Querida, como vi que já estás melhor, não te incomodarias se eu fosse? Tenho que assinar e fazer muitos relatórios e inclusive a do que se passou ontem à noite.

My Dear Nick Onde histórias criam vida. Descubra agora