Capítulo 29

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Nick narrando •

A minha vida está uma confusão. Eu não sei o que se passa. Abri os olhos e reparei com uma mulher loira com lágrimas nos olhos. Ela ficou a beijar a minha face e eu simplesmente não consegui dizer nada e ela vem agora dizer que é a minha namorada? Como assim? Eu amo a Anna e como eu poderia trair ou separar-me dela? São tantas perguntas sem respostas. Depois de a mandar ir embora, passaram-se alguns minutos e o médico entra:

- Boa tarde Sr. Johnson, como se sente?

- Não sei. Quem era a mulher que estava no meu quarto? Uma loira que estava vestida de preto.

- Não te lembras então da Srta. Williams?

- Não. Como vim parar aqui? Aonde está Anna? - digo começando a enervar-me -

- Acalma-se por favor que os seus familiares estão aí fora e eles irão responder a todas as suas perguntas, mas agora iremos fazer alguns exames visto que o estiveste muito tempo em coma.

- Coma? Por quanto tempo?

Ele vê na sua prancheta e diz em seguida:

- Por muitos meses. Amanhã seria o dia em que desligaríamos as máquinas que ajudavam-no a viver.

- Meus pais é que decidiram desligar as máquinas?

- Sim, eles queriam desligar há muito tempo, mas a Srta. Williams pediu algum tempo para ganhar coragem e deixá-lo partir.

Fico pensativo e o médico, com ajuda de uma enfermeira, começa a fazer os exames necessários em mim e quando ele termina os mesmos, ele diz:

- Tu sofreste um pequeno traumatismo craniano ao cair devido ao impacto da bala e é por isso que estás a sofrer de amnésia e não te lembras da Srta. Williams ou da sua vida antes do acidente.

- Ah! Isso outra vez? Como eu poderia envolver-me com essa mulher estando casado com outra?! - pergunto irritado -

- Acalma-se, por favor.

- Como irei acalmar-me sendo que estás omitindo algo? Eu sou um agente federal e eu sei ler as pessoas! - exalto-me - Eu tenho o direito de saber o que se passa!

O médico suspira e faz um sinal com a cabeça para a enfermeira em minha direção. A mesma caminha rapidamente e para a minha frente com uma seringa na mão aplicando-o no tubo que estava ligado na minha mão. Ela aplica o líquido e eu suspiro irritado.

- A sério que estás a me sedar?

- Estás exaltado meu jovem, quando estiveres mais tranquilo a tua família irá dar-te as respostas de que precisas. Descanse. - diz batendo levemente no meu ombro e saindo em seguida acompanhado pela enfermeira -

Suspiro cansado e sinto os meus olhos a pesarem e eles fecham-se automaticamente.



(...)



Acordo e vejo o meu quarto escuro. Parece que dormi toda a tarde. Tento sentar na cama, mas o meu corpo está fraco e só com muito custo consigo sentar-me. A porta é aberta e a minha mãe, meu pai e Justin entram sorridentes. Minha mãe vem correndo em minha direção e abraça-se apertado até que dou um gemido de dor.

- Desculpe meu amor, não queria magoar-te. - diz arrependida e com as lágrimas nos olhos -

- Tudo bem mãe, fico feliz em te ver.

- E tu não imaginas o quanto eu estou feliz em ver-te acordado, meu filho.

Sorrio.

- Meu menino, demoraste muito para acordar. - diz meu pai sorrindo e beijando o meu cabelo -

My Dear Nick Onde histórias criam vida. Descubra agora