Capítulo 3 - Sra. JunHee

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S/N P.O.V

Ele aproximou-se e meu coração estava acelerando a cada passo, estava fingindo ler meu livro quando alguém deu uma cutucada no braço então levantei meu olhar para encarar seu belo rosto enquanto fechava o livro.

­-Me desculpe pela bola, foi sem querer. –ele pediu com um sorriso tão doce que acabei esquecendo-me de responder algo e ele insistiu – Poderia devolvera bola?

-Aqui... – disse baixo entregando a bola em seus braços, e que braços.

No momento em que entreguei a bola levantei-me soltando o ar que prendi, nem respirar normalmente conseguia. Em passos firmes tentava mostrar uma imagem forte e eu sentia seu olhar me seguir, olhei em sua direção para confirmar e eu estava certa, ele estava voltando para perto dos amigos mas seu olhar estava em mim. Acelerei meus passos saindo da área recreativa e entrando no saguão do hospital e em um desastre maior ao abrir a porta acabei batendo o grande objeto de madeira rústica com detalhes de vidro em uma senhora.

-Ahh meu Deus.. - soltei em português enquanto soltava a porta indo ajudar a mais velha a se levantar do chão e perguntei – Você está bem? Eu lhe machuquei? Desculpe-me! –me curvei e ouvi ela rir, então levantei meu olhar.

-Está tudo bem criança, me ajude a pegar minhas coisas. – ela disse, ela parecia tão bem o que será que ela fazia no hospital?

Concordei e comecei a pegar suas cartas, era um baralho. Ela não pegou mais que 2 cartas e eu não falei nada afinal era uma idosa, não acho que ela aguentaria ficar agachando para pegar cartinhas.

-Aqui está, Senhora. – estendia-lhes as cartas e ela sorriu pegando da minha mão.

- Muito obrigada, e não me chame tão formalmente. – disse e eu pude notar sua testa pouco vermelha

-Sua.. –tocava sua testa e ela segurou minha mão – Está vermelho.. dói?

-Não muito – disse gentilmente, no entanto não me convenci

-Vamos pegar pelo menos um pouco de gelo, me sinto mal, tudo bem? – propus com um sorriso doce no rosto e esperei por sua resposta

-Está bem, mas não precisava de tanto. – disse por fim.

Sorrimos uma para a outra e fomos a caminho do refeitório, como ela não queria falar com as enfermeiras então fomos até a cozinha.

-Obrigada! – disse sorrindo para uma moça que me deu um pano com duas pedras de gelo, fui até a senhora que parecia procurar algo em seus bolsos. – Aqui está, Senhora. – lhe estendi o pano.

-Lá vem você com esse senhora, me chame de JunHee certo? – ela descansou sobre a cadeira enquanto colocava o pano gelado sobre a testa.

-Sou a S/N – ela me olhou e mostrou um pequeno sorriso.

-Você não parece ser daqui. Você é o que?- ela foi BEM direta.

-Eu sou brasileira.. – ela fez uma pequena expressão confusa, acho que não sabia o que estava falando – Brasil, samba e o Neymar do futebol.

-SAMBA? – ela começou a rir e eu fiquei pouco sem jeito – Desculpa S/N, mas enfim eu gosto de algumas praias do Brasil, são bonitas.

O jogo que é amor • Jackson WangOnde histórias criam vida. Descubra agora