O jogo que é amor • Jackson Wang

Capítulo 6 - Uncertainties

JACKSON P.O.V

"Sou Jackson Wang, um chinês nascido em uma boa família, entretanto nunca teve atenção dos pais, eu não odeio eles, eu compreendo o quanto eles davam duro trabalhando para terem condições de vivermos nesse mundo caótico. Então todo amor que precisava foi suprimido por uma mulher incrível, seu nome é JunHee e ela é minha avó. Eu me apeguei a essa mulher tão divertida e disposta que decidi viver ao lado dela, ela perdeu o vovô e eu disse que seria o homem da vida dela daquele momento em diante. Alguns anos depois a vovó foi diagnosticada com um tumor cerebral diferente dos conhecidos, então internamos ela no hospital."

E essa é resumidamente minha história, agora eu acordo todos dias, vou ao meu emprego de meio período e depois posso passar o resto do dia com minha avó. Eu quero muito fazer ela feliz a cada dia da vida dela, apesar de aprontar muito e me deixar maluco tentando proteger ela.

Depois de trabalhar pela manhã como auxiliar de escritório, vou para o hospital, todos são muito gentis e eu sou grato a todos por cuidarem bem da minha avó. Era impossível não me divertir naquele lugar, apesar da incerteza de vida de quase todos ali eles viviam de forma proveitosa.

Jogava cartas com alguns, bola com outros, às vezes me arriscava no xadrez e pingpong, visitava a vovó, levava ela pra comer, ficávamos no quarto assistindo, lendo ou fazendo algo imprevisível afinal JunHee é JunHee.

Um belo dia estava indo jogar basquete, a partida estava correndo bem quando jogaram a bola para mim mas eu a perdi.

-Eu pego! – anunciei e fui correndo na direção da bola

Para minha surpresa a bola caiu no colo da estrangeira, ela estava tão linda naquele rabo de cavalo, dei meu melhor sorriso antes de cutucar e ela e pedir a bola. Ela fechou o livro e devolveu a bola, acho que deixei ela nervosa pois a mesma foi embora, mas deixou seu livro no banco. Observei ela enquanto voltava para a quadra, me perguntando se iria voltar para pegar o livro ou se havia esquecido o mesmo, e esse foi nosso primeiro encontro.

Depois do fatídico encontro, a linda dama e eu jogamos basquete e assim como quase matou minha vó ela tentou me matar em um jogo de basquete, mas eu sobrevivi e confesso estar atraído. Claro que sempre achei lindo todas as coreanas que já falaram comigo, mas ela é diferente, sabe ser delicada e inocente como também sabe jogar bola pra valer.

Não hesitei em dar meu número para ela, mesmo depois de acertar minha cabeça, me despedi dela no elevador

-Ta bem... – disse depois de oferecer ajuda e ela negar sorrindo, mas antes do elevador fechar disse – S/N.. Você devia sorrir mais.

Graças ao bom Senhor dos céus a porta se fechou, bati algumas vezes na parede de metal nervoso, como pude dizer isso a ela? Eu não devo ter a menor experiência nesse lance de gostar de alguém.

Cheguei no andar da minha avó e sorria, ela iria me encher de perguntas se percebesse algo, entrei no quarto e para minha surpresa ela estava deitada.

­-Ora, ora.. Parece que a Senhorita resolveu parar de aprontar e descansar – disse sorrindo animado

-Você esta aqui? Acho que não posso descansar com o cara mais tagarela desse lugar – ela disse brincando e me olhou sorrindo, amava ver ela bem

-Obrigada pelos elogios. –mandei um beijo para ela enquanto me sentava na poltrona ao lado da cama -Então.. está bem? Como foi nos exames?

-Foi normal, não imagine coisas –disse simplista como se não estivesse doente -E seu jogo de basquete? –perguntou e eu sorri ao lembrar -Por que esse sorriso? O que aconteceu?