° CAPÍTULO DOZE °

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Eu havia feito uma enquete nas redes sociais, falando que se o livro chegasse a 1k de leituras até hoje eu liberaria um capítulo. E aqui estou eu cumprindo o que prometi. Muito obrigado por todos que lêem meu livro. Obrigada por não desistirem. Obrigada, obrigada.
      Espero que gostem, bjos.


Três meses e dezesseis dias antes –11 de setembro 2016.
                                 Em algum lugar perto do declínio.
  
  

- Recebida às 8h45min da manhã. -

Amiga, Pollux quer você aqui essa noite.

- Enviada ás 8h46min da manhã. -

Deus Anna, não tem como eu sair daqui.

- Recebida às 8h48min da manhã. -

Amiga, aqui está tudo uma loucura, se você não vier o homem vai ter uma síncope.

- Enviada ás 8h48min da manhã. –

Anna, fale com ele por favor. Diga que meu pai colocou uma guarda costa na minha cola.

- Recebida ás 9h10min da manhã. –

Ele disse que é bom você estar aqui até oito e meia, ou, manda o cão de guarda dele atrás de você.

     Amie inspira baixo, e tenta controlar sua raiva. Joga o celular na sua cama, e cai para trás no colchão, passando a mão em sua temporã. Naquela manhã sua cabeça amanheceu latejando, que nem mesmo o analgésico que tomou melhorou. Seu celular começa a tocar, e ao ver o nome na tela abre um grande sorriso.

- Vovô.

  Fazia alguns dias que ela tentava entrar em contato com ele e nunca obtia respostas. Ela já havia ligado na sua casa, e a governanta informou que ele havia feito uma pequena viagem de negócios, mas não disse o destino. Ela percebeu que nos últimos dias seu pai e avô andavam estranhos em relação um ao outro.

- Minha safira negra, que saudades de você.
- Se estivesse mesmo com saudades, teria atendido minhas ligações, vô. – Amie resmunga.
- Ah querida, eu vi suas ligações, mas não tinha como atende-las e muito menos retorna-las. Me perdoe, sim?
- E por acaso eu consigo ficar brava com o senhor? – ela brinca.
O senhor ri do outro lado da linha, arrancando um sorriso terno da sua neta.
- Me conte como estão as coisas ai. – ele pede.
- Papai contratou um guarda costas para mim. – ele murmura contra gosto, massageando sua testa.
- Querida..
- Não vô. Eu não aceito isso, nada disso. – ela sente sua cabeça doer cada vez mais.
- Querida, eu sei que para você parece ser demais, mas você precisa entender somos pessoas importantes, que temos inimigos por todos os lados. Tudo o que seu pai faz é para o seu bem. – seu tom agora era mais sério.
Ela inspira profundamente
- Certo vô. – ela responde descrente.
- Vamos mudar de assunto agora certo? Querida, preciso muito que você viaje até Munique e resolva algumas coisas pra mim.

  Um arrepio passa pelo seu corpo. Ter que voltar aquele lugar depois de tantos anos não será fácil para ela. Lembranças ruins e dolorosas que ela levou tanto tempo para esquecer, agora voltam fortemente.

- Querida se n..
- Eu vou, é só dizer o que tenho que fazer por lá.

Depois que seu avô explica tudo em mínimos detalhes ela desliga o aparelho e fica olhando-o, por longos minutos. Sem perceber que o tempo passa rapidamente ao seu redor, ela se esquece de tudo até que o barulhinho do vento balançando sua bailarina em frente à janela a trás de volta para o mundo. Tomando uma ducha rápida ela sai do banheiro enrolada em uma toalha branca. Amie estava secando seus cabelos quando se assusta ao ver sua mãe sentada na sua cama. Ela estava com a mente tão distante que não escutou a porta sendo aberta.
- O que a senhora faz aqui? – ela pergunta apertando a toalha contra seu corpo.

Desaparecida entre os Sete PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora