¨ Capítulo Dezenove ¨

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                 Dois meses e seis dias antes – 28 de Outubro de 2016

Em algum lugar perto do seu corpo.

Os dias passaram lentamente para Amie. Ela havia se mudado para o apartamento do seu avô há seis dias. Há seis dias que ela não atendia as ligações do seu pai. Há seis dias que ela havia esquecido tudo e todos. Durante esse tempo, Ana lhe ligou infundáveis vezes. Amie sentia saudades de dançar, de estar no palco e esquecer quem ela era. Por isso, decidiu que hoje esqueceria dos seus problemas e faria o que ela mais ama no mundo.

Parker ainda estava ali para ela, mesmo ela pedindo e implorando para que ele voltasse para a mansão, ele não a ouvia. Então ele ficava ali, por entre os comodos do apartamento, enquanto Amie passava o dia dentro do quarto. Varias foram as vezes que Parker ouviu seus choros, e tudo o que ele queria era entrar e tomá-l-a em seus braços. Mas Amie estava tão distante dele, era como se ele não existisse mais para ela e aquilo o matava porque tudo era sua culpa.

Algumas vezes Parker sumia, e se infiltrava por entre o prédio. O que ele não imaginava era que todos os seus passos estavam sendo observados. Alguém, via tudo o que ele fazia, e descobria quem ele era de verdade. Parker, não imagina o caminho sombrio que terá a partir de agora. Ele acredita estar seguro ali, longe da mansão e de todos, mas ele havia entrado em um território tão perigoso quanto o de antes.

Sangue seria derramado em breve, o que restava saber era de quem seria.

Amie ainda passaria por muitas coisas, enfrentaria dores muito maiores do que já sentiu, ela teria sua vida marcada dolorosamente. Ela precisaria ser salva, de apoio e em quem se apoiar. Amie era a grande cereja do bolo, sem ela nada poderia dar certo. Tudo o que ela sempre quis foi viver livremente, sem amarras ou regras. A doce menina de olhos castanhos e cabelos loiros como fios de ouro, havia se transfomado em um fantasma. Um fantasma cobiçado por muitos.

****

O avô de Amie havia viajado naquela tarde, e sua tia passaria a noite na mansão a pedido das irmãs de Amie. E como todas as noites, ela dispensava Parker, que subia e se refugiava agoniado no apartamento de cima. Ele ficava imaginando como ela estaria, se estaria precisando dele.

- Cara, você está péssimo. – Adriel diz ao chegar no quarto do amigo.

- Isso está acabando comigo. – Parker suspira cansado.

Ele havia acabado de desligar o telefone. Estava falando com sua princesinha. Ele estava morrendo de saudades dela. De seu cheirinho de amora, da sua risada, do seu grande abraço de urso. Ele estava morrendo sem sua filha.

- Você tem certeza que quer continuar com isso? Ainda está em tempo de parar. – Adriel diz sério dessa vez.

Parker olha a fotografia da mulher em cima da mesinha ao lado da sua cama, e sorri ao lembrar de como sua risada era linda. De como a testura de seus fios era gostosa entre seus dedos. Apesar de agora estar nascendo um sentimento dentro dele, ele não poderia parar. Só precisava achar uma forma de não afeta-lá no final.

- Eu não irei parar, até ver quem eu quero destruído.

Parker nem imaginava que naquele instante uma linda mulher, entrava dentro de um táxi em direção a um mundo desconhecido por todos. Amie estava com uma peruca de cabelos negros e lentes azuis. Por baixo do casaco ela tinha um corpete vermelho de couro, que possuía duas rosas colocadas estrategicamente em cima dos seus seios; um cinta liga ia até o encontro de uma meia transparente também vermelha, e em seu pescoço um linda gargantilha grossa, com vários rubis chamavam a atenção do taxista.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2017 ⏰

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Desaparecida entre os Sete PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora