Estrela de Papel

O Assasino

Logo de manhã ouço uma agitação fora do normal vindo da diretoria, isso me deixou preocupada, são varias as possibilidades do que poderia estar acontecendo.

– Crahsk,
Soa o portão de minha cela, e em seguida uma mulher loira com uma arma gigante na mão olha em meus olhos e diz;

– Venha sub-humana, tenho uma missão pra você.

Eu fiquei assustada e sem reação em todos anos que passei aqui, isso nunca aconteceu antes.

– Está esperando o que aberração? vou ter que te dar um tiro pra você levantar daí?

Por mais que eu quisesse tomar um tiro e morrer, achei melhor levantar e obedecê-la, afinal ela não me mataria apenas me torturaria.

– Sim senhora, estou a suas ordens!

– Venha, por aqui....

Então eu a acompanhei, olha do para todos os lados e observando cada detalhe é a primeira vez em 14 anos que eu saio daquela cela, tudo parece surreal.

Ainda nos corredores a grande mulher loira começa a falar:

– Seu nome é 0036-CB?

– Sim senhora!

– Certo, então é você mesma!
mas vou te chamar de verme, porque é isso que você é.

A sensação de ouvir aquilo e não poder fazer nada é devastadora, ouvir isso dói, ser tratada inferiormente por algo que eu não escolhi ser? é mais doloroso que levar varios tiros, eu não sou um verme pelo fato de ter poderes... humanos como ela, matam, torturam e parecem ser incapazes de sentir compaixão então tenho prazer em ser um verme insignificante.

– Verme, você vai nos ajudar em uma investigação!

– Investigação?

– Isso mesmo verme insolente, além de lixo é surda? você tem poder de sentir emoções das pessoas, correto?

– Sim, senhora.

– Capturamos um dos maiores assassino do arizona, o F.B.I e o governo pediu pra que usásemos os vermes como instrumento pra desvendar de uma vez por todas esse caso.

– Está bem.

Além do meu ódio por essa senhora estar me tratando feito lixo, eu também estava muito assustada com tudo que estava acontecendo, não sei como serei útil pra essa investigação.

– Bom chegamos verme!

Eu fui levada a uma sala totalmente vazia, com fundos brancos havia apenas 2 cadeiras pretas e uma escrivaninha, meu coração disparou, tudo que eu sentia era medo, nada mais que isso.

– Verme eu lhe passarei o seu dever nisso, e algumas regras... e sabe o que acontece se você descumpri-las?

– Não sei senhora!

– Nem queira saber!! apenas cumpra ou caso contrário...

Ela deu uma gargalhada sorrateira e debochada, é claro que eu sabia que se não cumprisse as regras eu seria torturada.

– Verme, a sua missão é simples. nessa sala vamos colocar o maior assasino do arizona, e você devera usar ser poder para ajudar-nós...

– Ajudar? como?

– Da próxima vez que você me interromper vou te dar um tiro em cada perna.

– Me desculpe senhora, estou assustada!

– Bom, eu avisei!

– Não faça isso senhora, por favor!

– Pash, pash!

Levei minha mão até minhas pernas, sentindo muita dor, vi sangue por toda parte, não conseguia sentir os movimentos, pareciam estar paralisadas embora eu sentia muita dor, minha visão ficou ranzinza, meu corpo fraco eu mal conseguia entender o que falavam ao meu redor, apenas ouvia gargalhadas, e de repente me vi em uma maca, sendo levada pelos corredores me deixaram em uma sala que parecia uma espécie de laboratório e havia homens com mascaras brancas eles estavam cuidado de mim, isso foi tudo que consegui ver antes de apagar completamente.

5 Dias depois

– O que está acontecendo? onde estou?

– Olá, você está se sentindo melhor?

Um homem de roupa branca, mas esse era diferente ele parecia ser um médico ou cientista, algo do gênero ele me tratou muito bem, pela primeira vez me senti parte do mundo, não me senti um peso como sempre. Ele me ofereceu uma bandeja que dentro possuía algumas frutas, ele me disse pra comer, embora eu estivesse achando aquilo muito estanho decidi arriscar, é claro que eu nunca iria ter essa oportunidade depois.

– Bom, preciso sair, espero que fique bem, boa sorte!

– Obrigado, pela gentileza.

Ele se retirou da sala, e logo em seguida surge a mulher loira e arrogante na porta, com uma cara nada boa parecia estar furiosa, ela vira-se pra mim e me vê com a bandeja de frutas na mão e...

– Como ousa comer essas frutas seu verme? acha que você tem esse direito? imbecil, você vai se recuperar na cela! e e quando terminar vai cumprir sua missão, e dessa vez espero não ser interrompida hahahaha.

Ela da aquela risada debochada de novo... acho que ela sente prazer em me humilhar. Logo o homem que parecia ser medico ou cientista entra novamente na sala e diz:

– o que está acontecendo aqui?

– Doutor Jack, encaminhe esse verme para a cela agora! ela vai se recuperar la!

– Mas senhora... ela precisa ficar aqui, o seu estado não é muito bom.

A cara da Mulher ficou vermelha de raiva, mas mesmo assim saiu e disse:

– Está bem, mas assim que ela estiver melhor quero ela fora daqui.