Exatidão

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Eu estava contente por ter conseguido tirar um sorriso do rosto de Carl, sua vida nunca foi nada agradável, e arrancar um sorriso de uma alma tão solitária não é algo fácil.

Estou me preparando para fazer tudo que o Dr. Jack me pediu, andei fazendo alguns testes tentando adivinhar como vai ser esse tal interrogatório, é nítido que estou com medo mas eu não posso demonstrar isso lá, eu preciso manter a calma, qualquer deslize pode ser fatal.

É difícil imaginar que talvez o futuro de uma espécie inteira esteja em minhas mãos, logo eu... a garota inútil esquecida que nunca sentiu a terra em seus pés. Agora eu preciso falar com Carl, porquê a qualquer momento eles podem vim me chamar e se esse for o meu fim, quero me despedir dele antes.

Carl?

Oi Annie.

Carl, eu tenho algo importante pra te dizer...

Tem é? diga!

Carl, hoje eu vou pra uma "missão" e... você sabe como aqui funciona né? eles não me matariam é claro mas aposto que não exitariam em fazer isso, afinal é uma missão importante pra eles.

Missão? Morrer?

Eu contei pra Carl tudo sobre o que fui designada a fazer, mas eu não contei nada sobre o plano de Dr. Jack, eu como sempre... não quero assusta-lo.

Bom Annie, você não vai morrer se fizer tudo que eles mandarem.

É, você tem razão.

Mal sabia Carl que essa tarefa é muito mais perigosa que ele pode imaginar, trata-se de enganar o governo inteiro!

Mas por via das dúvidas Carl, eu queria me despedir de você, não sei o que pode acontecer mas... se por acaso ocorrer o improvável eu pelo menos morrerei sabendo que dei o último abraço no único amigo que tive em toda minha vida.

Embora eu falasse pra Carl que eu lhe dei um abraço, claramente eu não poderia fazer isso, existe uma parede de aço entre nós. o abraço no qual eu me refiro é interior, e isso ele pode sentir mais que ninguém.

Alguns segundos depois ouço passos nos corredores e tudo indica que chegou a hora, não é comum ouvir passos por aqui. eu fecho minhas mãos, respiro fundo e digo a mim mesma "Eu vou conseguir!"

Annie?

Sim? Ah é você Dr. Jack, bom vê-lo aqui.

É bom ver que você está bem. – Vamos agora?

– É Agora?

– Não Annie, não é agora mas eu nunca descumpro uma promessa, e eu te prometi que eu falaria tudo sobre você, se lembra isso? Então eu menti que você precisava de um último tratamento pra poder te tirar daqui e levar-te para uma sala onde eu poderei falar a sós com você.

Entendo... vamos!

Andando pelo corredor foi como da primeira vez, olhei atentamente para todos os lados. entramos em uma sala e nela havia alguns aparelhos, eu não sabia o que era ao certo.

Entre Annie.

Entrei e me sentei em uma cadeira e o Dr.Jack sentou a minha frente em outra cadeira, um pouco mais baixa.

Você tem que me prometer que tudo que você souber aqui não deverá contar a mais ninguém, eu vou lhe dizer porquê agora você é uma peça chave pra nós Annie, não me decepcione.

Eu não contarei! Por favor Dr. diga-me tudo que sabe sobre mim, estou ansiosa!

– Bom, você já sabe dos seus poderes e também sabe que não é a única com dom especiais. todos que nascem com poderes tiveram pais ou alguém da árvore genealógica da familia cujo também obtinham poder, Annie, e com você não foi diferente. Sua se chamava Katy , – uma estimável senhora de cabelos curtos e marrom assim como os seus – e um poder incontestável.

Nesse momento entrei em estado de choque, eu nunca ouvirá nada sobre minha família, eu nunca soube sequer o meu nome real, e agora estou prestes a saber toda a minha história.

– Katy? era o nome de minha mãe? vamos fale logo qual o seu poder, qual o nome do meu pai, diga-me o meu verdadeiro nome.

– Annie, calma. é preciso muita paciência, sua mãe era conhecida como – a suprema Askay.

– Suprema o que? Askay o que é isso?

Askay é o nome dado a mais poderosa de nossa espécie, é o seu soberano que possui o poder da imortalidade natural, e o poder total sobre o tempo.

Eu fiquei por alguns instantes imaginando tudo que ele estava me falando, é muita informação pra mim, é tudo tão... tão estranho.

Após alguns minutos tentando absorver toda aquelas alegações, eu então o questionei:

– Minha mãe... onde ela está hoje?

– Annie, sinto-lhe em dizer mas... sua mãe não está mais entre nós.

Estrela de PapelOnde histórias criam vida. Descubra agora