Luna Bertolazzo é uma garota que sempre sonhou em ser livre e ter suas próprias escolhas, mas a sua atual realidade é outra. Filha do poderoso chefe da máfia Russa, foi prometida ao filho do chefe da máfia Italiana Enrico Valentin.
Luna viu seu...
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"Send my love to your new lover Treat her better We've gotta let go of all of our ghosts We both know we ain't kids no more Send my love to your new lover Treat her better We've gotta let go of all of our ghosts We both know we ain't kids no more"
Quando termino a música Send My Love de Adele escuto aplausos.
"Obrigado" falo em português.
Desço do palco e vou em direção ao bar do restaurante para esperar Diego, ele ficou de me buscar.
"A senhorita não é brasileira acertei?"
Olho para o cara que parou na minha frente, era muito bonito.
"Não senhor"
"Vamos deixar as formalidades, pode me chamar de Bruce" ele estende a mão.
"Prazer Bruce, Karen" aperto sua mão.
"Qual é sua origem Karen?"
"Sou americana" minto.
"Engraçado você não tem sotaque americano" ele fala me encarando.
Imediatamente fico nervosa, um sinal de alerta soa em minha cabeça, mas tento disfarçar com um sorriso.
"Ja morei em vários lugares, acho que acabei influenciada pelos lugares que andei. Hoje nem percebo. Você também não é brasileiro né?"
"Acertou, minhas origens é italiana, mas resido em Nova York".
Fico alarmada quando ele confessa que é italiano, mas logo descarto a ideia que passou na minha cabeça, larga de paranoia Luna, me repreendo mentalmente. Só porque que é italiano não quer dizer que está aqui a mando do meu papai ou do Enrico, é apenas coincidência.
"E o que faz aqui Buce?" sondo ainda um pouco desconfiada.
"Estou a trabalho, tenho negócios no mundo todo, e você?".
"Estou construindo uma nova vida aqui no Brasil".
Ele acena para o barman "por favor uma dose dupla de Whisky e um martíni para a dama" ele se vira para mim.
"Senhor agradeço a bebida, mas vou recusar, não bebo no local onde trabalho".
"Pensei que já terminou seu expediente"
"Terminei, mas mesmo assim não é apropriado!"
"Eu insisto, apenas uma bebida e prometo que te deixo em paz".
Olho em volta procurando Diego e nada dele, está atrasado meia hora. Volto minha atenção para Bruce.
"Tudo bem, apenas uma bebida"
"Ótimo" ele entrega o martíni.
Antes de tomar a bebida meu celular toca e vejo que é Diego.
"Só um minuto, é meu namorado" falo para o cara que apenas balança a cabeça.
"Oi, estou te esperando"
"Desculpa gatinha, fiquei preso em umas parada ai, estou aqui fora te esperando. Não achei vaga perto do restaurante, estou te esperando no fundo do local".
"Ta bom" desligo o celular. Não gosto de passar naquele local, é um beco pouco iluminado.
Diego continua estranho, já perguntei ele o motivo de seu distanciamento se queria terminar, mas ele negou, sempre falava que era coisa da minha cabeça. Talvez é apenas insegurança da minha parte.
"Desculpa, meu namorado já chegou, foi bom conversar com você" já ia me levantar, mas ele segura minha mão me detendo.
"Entendo, também gostei de ter um pequeno momento com você, pelo menos toma essa bebida, não vai me fazer essa desfeita né?".
Ele segura o seu copo no alto, pego o martíni e bebo de uma vez.
"Ja vou indo, prazer em te conhecer" pego minha bolsa e vou embora.
Saio do restaurante indo direto para o beco onde Diego está me esperando. Começo a me sentir um pouco tonta, minha visão embaçando, me apoio na parede. Sinto alguém me segurar antes de apagar.
*********
Sinto meu corpo pesado, tendo abrir meus olhos, mas não consigo. Escuto vozes distantes, tento de novo abrir meus olhos e desta vez consigo. Olho ao redor e não sei onde estou, o local está escuro com apenas a iluminação que vem da janela, nada é familiar, parece que estou em uma quarto, deitada em uma cama.
Como vim parar aqui penso confusa. Sento me de vagar gemendo de dor de cabeça. Minha última lembrança é eu passando mal no beco e alguém me pegando. Começo a ficar desesperada, me levanto cambaleante e vou até a porta, tento abri-la, mas esta trancado.
"Socorro, me tirem daqui" grito em português na esperança que alguém vai vim ao meu socorro.
Ao longo dos meses que estou no Brasil, meu português melhorou um pouco. As pessoas que me pegaram devem ser brasileiros e podem ter se confundido e pegado a pessoa errada.
Mas ninguém aparece, escuto apenas vozes do outro lado. Não me aguentando em pe volto a me encostar na cabeceira da cama. Começo a chorar de desespero. O que será que querem comigo? As respostas das minhas perguntas não demora a aparecer.
Aporta se abre revelando um homem alto, de onde ele está não dá para ver seu rosto pelo escuridão, mas quando ele se aproxima meu corpo gela, sinto o sangue sair do meu rosto.
"Enrico?" Pergunto não acreditando nos que meus olhos vêm.
Ele me dá um sorriso de tubarão preste a acabar com sua presa. Ainda bem que estou sentada na cama caso contrário iria acabar no chão.
"Surpresa? Achou mesmo que não iria achar você?" Meu corpo todo se estremeceu ao ouvir sua voz.
Sim, achei mesmo que conseguiria despistar minha família, inclusive pensei que Enrico perderia interesse em mim e não me procuraria, como estava enganada. Obvio que um cara com Enrico nunca perdoaria a humilhação que fiz passar, certamente está aqui para se vingar de mim.
"O que você pretende fazer comigo?" foi o que saiu da minha boca.
"Logo você vai ver" fala com a voz fria sem emoção.
De repente me lembro de Diego, ele estava me esperando, o que foi feito dele? Será que Enrico o pegou? Ele não estava muito longe de onde fui pega.
"E Diego? O que você fez com ele?" Pergunto desesperada.
Enrico da uma risada alta me fazendo recolher ainda mais meu corpo na cama.
"É com ele que você está preocupada?"
Não respondo, apenas abaixo a cabeça evitando olhar para Enrico, mas parece que enfurece ele ainda mais.
"Você quer saber o que foi feito do seu namoradinho?" pergunta e vai até a porta e ao abrir chama alguém. Levanto minha cabeça e vejo o cara do restaurante e atrás dele Diego.
"Você está bem? fizeram alguma coisa com você" pergunto preocupada para Diego.
De repente todos começam a rir, inclusive meu namorado. Olho para eles em confusão, não entendendo o que está acontecendo. Porque Diego não está com medo? será que não percebeu o perigo que esses homens representa?
