Minhas mãos percorreram as suas costas. Com rápidos movimentos, ajudei Mare a tirar a roupa. Logo eu já havia me livrado do casaco desgastado, da blusa esverdeada e de todo o resto, até que ela estivesse apenas em suas roupas íntimas.
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P.O.V: Mare Barrow
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Cal tinha mãos ágeis. Em segundos, já estávamos na cama, e eu, completamente entregue a ele, como uma garotinha. Não gostava de como me sentia quando estava com ele. Eu não era eu mesma. Perdia o controle das minhas ações e das sensações que ele causava em mim, que eram sempre intensas. Mas, se eu fosse perguntada se queria que ele parasse, a resposta com certeza seria não.
Como agora, que ele está com aquela cara de novo. Uma expressão que eu não saberia decifrar antes da noite anterior, onde nós, bem...
— No que está pensando?
Pisco algumas vezes antes de me dar conta que ele me encarava. Balanço a cabeça e dou um sorriso, nervosa.
— Não é nada.
— Ah, é alguma coisa, sim.
— Eu estava pensando...
— Sim?
— Você tá fazendo aquela cara.
— Aquela cara?
— Sim, uma cara de quem sabe mais que eu — segurei a vontade de enviar um raio na cabeça dele quando ele começou a rir, e senti meu rosto ardendo — Vamos, Cal, o que você vai fazer comigo?
— Primeiro, vai ter que prometer que ainda vai querer me beijar depois disso.
— Mas, como...
— Segundo...
Ele não completa a frase, e eu sorrio ao sentir os lábios dele sobre os meus. Seu beijo tira meu fôlego e fecho os olhos deixando que ele suba na cama sobre mim. Sinto seus músculos sob a camisa que eu não faço ideia porquê ele ainda está vestindo, e me apresso em tira-la do seu corpo.
— Tire tudo.
As sobrancelhas dele fazem um arco e sua risada melodiosa ecoa pelo quarto vazio mais uma vez. Nem preciso dizer que minhas bochechas estavam vermelhas.
— Desde quando você ficou assim...
Ele tenta argumentar enquanto tirava as roupas, mas não o deixo terminar, fico de joelhos na cama e coloco as mãos em volta do rosto dele.
— Você está me enrolando, Cal.
— E como é se sentir usada, Mare Barrow?
Minha expressão se fecha e cruzo os braços.
— Mare... — ele tenta se aproximar de mim novamente, mas eu coloco um cobertor sobre mim já começando a me afastar — Eu estava brincando.
Respiro fundo, então me viro.
— Se não quer ajudar com uma dor que você mesmo causou, eu vou procurar ajuda em outro lugar.
Não quero me gabar, mas senti uma pontada de ciúmes brilhar nos olhos dele. Ergui o queixo esperando que ele fizesse alguma coisa antes que eu saísse do quarto com nada mais que um cobertor me cobrindo.
— Eu sei... — ele faz seu caminho até mim perto da cama, com seus braços fortes me envolvendo num abraço confuso — Desculpe. É força do hábito.
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Cal e Mare (+18)
FanfictionApós o retorno de Mare, não saí de perto dela um segundo sequer. Alguns disseram que deveríamos focar na guerra que está acontecendo lá fora, mas... quem se importa? Para mim, o que importa é estar com ela, e se morrermos no final, pelo menos terei...