63. Montanha Russa

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Depois que saí da motanha russa
E pus os pés no chão
Me senti tonto
Me senti cansado
O prazer temporão
Me abandonou (mais uma vez)
Voltei pro meu lugar habitual
O qual eu sou freguez
O lugar sem graça, sem cor
Onde a vista plena
É de dor e de dor
Desamor
Solidão
Quanto te dão
Por sua entrega?
Sobe e desce
A emoção carece
O estomago não nega
As borboletas voaram
O peito não mais aperta
A cabeça não gira
A porta não está aberta
Triste, não?
Sozinho mais uma vez nesta gruta
Derrotado,derradeiro
De mais uma luta
Cada dia o enleio desta alma
Perde um pouco da doçura
Aperta o peito a loucura
conduz do limite da garganta
Até a ponta da lingua
A amargura
Ó gruta, de onde achas
Tantos pesadelos
Em tão poucos sonhos?
Por quê teu eco
Dissona sons estranhos?
De onde tiras tantas duvidas
De onde encontras tanta decepção?
Se for culpa minha
Me conceda o teu perdão
Faria tudo
Pra ser livre outra vez

Davi Leal
sábado, 18 de fevereiro de 2017

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