Prólogo

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Hoje é minha formatura

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Hoje é minha formatura. Estou muito feliz com tudo que conquistei até agora. Terminei minha licenciatura em química, estou trabalhando há um ano na São Vladimir, a melhor escola de Montana. Sim, eu consegui o estágio por conta das minhas notas altas na maioria das matérias e acabei ficando por dois motivos. O primeiro é que pouca gente escolhe essa matéria para ensinar - nem todos tem facilidade e vão pra área de humanas. E segundo, eu fiz um bom trabalho.
Eu nunca tive realmente vontade de ter alguma profissão nem fui de estudar muito, sempre prestei atenção nas aulas e passava nas matérias com notas razoáveis. Já Lissa era o contrário, ótimas notas e estudava bastante. Mas por ironia, ela não entendia certos detalhes da minha matéria favorita e eu acabava explicando. Ela dizia que a maneira que eu explicava era mais simples, de fácil compreensão e que eu daria uma ótima professora. Não levei a sério, mas a ideia fincou. Cada vez que eu pensava nas minhas opções de futuro essa era a mais agradável. Entretanto, segui-la não foi o mais fácil.
Meu primeiro problema foi falar com os meus pais. Abe já tinha meu destino passado na cabeça. Assumir sua empresa de exportação agrícola juntamente as suas fazendas com um valor significativo de hectares de produção em Massachusetts. Ele quase surtou quando falei o que queria, tentou me convencer a mudar de ideia de todos os jeitos.

Conversas, ofertas e quase apelou pra chantagem emocional. Eu praticamente enlouqueci e começamos a brigar com certa frequência. Até que recebi uma carta de admissão em Montana avisei que ia embora e daria um jeito de me virar, com ou sem o apoio deles. Janine resolveu me ajudar, embora, apenas aceitei que bancasse o aluguel e transporte. Com o tempo Abe amoleceu o coração me dando um carro e comprando um apartamento pra mim, mas sem deixar de falar que eu só estava empolgada com isso e ele me ajudaria a assumir seus negócios. Aceitei a ajuda e comecei a frequentar a faculdade. Arrumei um emprego de meio período em uma loja que só vendia coisas de rock, o que realmente gostei. Meu bônus era convertido em camisas de banda até que consegui o estágio. Estudava os assuntos à noite e daí começou o meu segundo problema.
Física.
É isso aí. Física sempre foi o calo no meu pé. Eu me dava bem em todas as matérias, em destaque, bioquímica. Mas física começou e se transformou no monstro que me assombrava. Estudava que nem louca e não entrava quase nada. Comecei a fazer curso de física básica e deu pra passar. Mas meu novo intuito é meu mestrado. Já fiz a prova e estou aguardando a lista de chamada. Vou ter que procurar um curso de física avançada. Droga!
Pego o capelo no banco ao lado do motorista e desço do meu Troller T4 preto. Estou horrível com essa beca, mas pelo menos a cor da fita da minha área não é de todo mal - um azul royal e para minha sorte eu realmente amo azul. Avisto Lissa com seu namorado irritante, Christian.

-ROSE!- ela grita vindo em minha direção. -Meus parabéns, você conseguiu!- diz enquanto me abraçava.

-Sim. Não acredito que tudo isso está se tornando realidade.- falo ainda incrédula.

-Fala sério Rosie! Você sonha pequeno...- Christian se intromete.

-Não, espera ai... Tenho uma colega de trabalho... É sua tia, e também é professora.- falo irônica e ele cerra os olhos.

-Não sou eu que estou deixando o patrimônio da minha família a mercê.- ele sorri. Golpe baixo.

-É melhor calar a boca ou vou te transformar em tocha humana.- ralho com ele.

-Como se conseguisse...- desdenha.

-Não se esqueça, estou formando em química, isso tem suas vantagens.- lembro-o irônica e ele engole seco. Sorrio com isso.

-É melhor vocês pararem com isso.- Lissa começa o discurso de paz fazendo a mim e a Christian revirar os olhos. -Estamos em um dia especial. Deem uma trégua só por hoje?!- pergunta esperançosa. Apenas olho emburrada da minha amiga para seu namorado. Ele está do mesmo jeito. Ainda bem que não sou a única.

-Kiz.- diz meu velho já me abraçando de lado.

-Como vai velhote?- pergunto o abraçando saudosa deixando nossas diferenças de lado.

-Rosemarie!- Janine, quer dizer, minha mãe reclama e ouço a risada abafada de Christian. Desgraçado. -Respeite seu pai!

-Desculpa!- falo relutante como uma criança e a comprimento com um abraço.

-Seu baba tem uma surpresa para você.- minha mãe continua. Meu pai pega minha mão e põe um anel de ouro branco com uma solitária safira azul marinho.

-Seu anel de formatura.- Abe fala sorridente. -Minha kiz não podia se formar sem um...

-Você que escolheu, né mãe?!- pergunto um tanto emocionada já sabendo a resposta. O anel é simples como gosto, e não o jeito exagerado do Abe.

-Sim...- o mesmo responde. -Mas saiba que quando desistir dessa vida, estaremos aqui pra te apoiar.

-Não se preocupe, não vai rolar.- falo dando um sorriso de lado enquanto ele resmunga algo em turco.

Sim, Abe é filho de turcos. . Ele nunca se interessou muito em me ensinar, e por esse fato apenas sei o básico para me comunicar e os xingamentos. Bem, isso me rendeu vários castigos quando criança. Tarde demais, não dá pra desaprender algo tão proveitoso. É ótimo poder xingar os outros quando estão perto e mentir que é um "mantra"...

Logo chamaram os formandos. Nada poderia tirar minha alegria, estou inquieta de tanta felicidade. Conquistei tudo isso, meu trabalho não foi em vão...


Oi, aqui é a Teka. Para quem ainda tem interesse de ler essa estória, estarei respostando. E não, essa não vai ficar parada, vocês vão ter o fim que ela merece. Já estou escrevendo os dois últimos capítulos. Alterei algumas coisas no meu planejamento e decidi concluí-la logo. Não vou ficar pedindo voto ou mendingando comentário, deixe se se sentir confortável e quiser, ficarei muitíssimo feliz, mas caso não, não muda o fato que sei o valor da minha criatividade e a forma que escrevo.

Desde já, grata que estejam aqui.


Físico-químicaOnde histórias criam vida. Descubra agora