Epílogo

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Três anos depois

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Três anos depois...

Eu estava feliz por ter mais dois meses de licença-maternidade. Ter um bebê em casa não estava sendo fácil, mas Dimitri parecia tirar tudo de letra. Eu havia terminado meu mestrado dois anos atrás e meu camarada apenas meses antes de eu descobrir que estava grávida, o que nos deu algum tempo para que ele se acostumasse novo cargo de professor universitário. Sim, agora Dimitri lecionava na mesma universidade que conseguiu seu PHD. Eu ainda fiquei sentida por isso, mas ele conseguia um tempo a mais para mim, já que nesse primeiro momento não queria se envolver com pesquisas científicas.

Respirei fundo e me lembrei das aulas de maternidade que ensinavam a respiração correta...

-Respirem e expirem...- a professora dizia para a turma.

-Isso é ridículo!- exclamei o mais baixo que consegui.

-Vamos lá, Rose.- Dimitri me incentivou.

-Você ouviu o que falei?- virei o meu tronco até a minha barriga, já avantajada, tocasse a perna dele.

-Por favor, amor!- ele sussurrou em meu ouvido. Respirei fundo tentando conter a raiva crescente. -Viu? Está indo bem!

Revirei os olhos.

-Bem o caramba. Estou tentando me controlar.- reclamei.

-Então continue o que está fazendo. Está se saindo bem.- disse em tom calmo.

Como ele consegue? É humilhação pura!

Bufando de frustração, jogo minha cabeça para trás, apoiando minha nuca em seu trapézio.

-Pense pelo lado bom.- começou bem humorado. -Assim que esse curso acabar não precisaremos fazê-lo outra vez.

-Grande incentivo...- reclamei.

-Rose, inspirar e expirar...- a professora chamou a minha atenção.

Fiz aquela respiração ridícula e desnecessária. Dimitri começou a rir atrás de mim.

-Pode parar!- murmurei beliscando a perna dele.

Ainda rindo, parecendo não sentir dor alguma, ele beijou o meu pescoço e senti meus pelos se eriçarem. Corpo traidor! Ou melhor, tentação russa!

Eu odiei cada segundo e com certeza pedi uma peridural, mas uma coisa tinha sido muito válida: coloque a frauda ou um pano para evitar que o bebê urine em você. Era o ensinamento valioso que eu estava fazendo, mesmo com seus quase quatro meses, Bradon era mestre em disparar jatos de xixi em quem quer que fosse trocar a sua frauda soltando risadas pelo seu feito. Eu podia ter sido uma menina levada, mas seria um carma ter um bebê assim?

Com todo cuidado, consegui trocar a frauda que ele havia sujado depois de pronto sem que ele molhasse meu vestido. Eu ainda preferia o trocador do quarto dele a uma cama de casal na casa dos meus pais, mas era natal e todos estavam reunidos para o primeiro natal do pequeno Brandon.

Físico-químicaOnde histórias criam vida. Descubra agora