Capítulo 7

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Depois de tanta confusão, a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi afundar minha cabeça no travesseiro e dormir

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Depois de tanta confusão, a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi afundar minha cabeça no travesseiro e dormir. Acordei pouco mais de uma hora depois e lembrei que teria que ir ao supermercado. Na volta, encontrei Dimitri com a sobrinha. Ele estava indo em direção ao hospital por conta de Paul. Eu ainda estava confusa quanto aquele dia e acabei cometendo a loucura de aceitar cuidar de um bebê.

Céus! Eu estava há quase cinco minutos parada na porta de casa pensando na merda que fiz. Zoya mexia no meu cabelo enquanto eu a encarava com espanto. Como o tio dela conseguiu me convencer a isso? Era um caso de emergência, mas ele deveria ter mais juízo do que apenas deixar um bebê comigo.

Um bebê!

Que droga eu estava fazendo? O último contato que tive com uma criança com menos de dez anos foi há alguns anos em um jantar onde meu pai e um futuro parceiro de negócios dele acertavam alguns contratos. A pequena me arrastou para o quarto dela e ficou insistindo para que eu brincasse com ela de Barbie. No final das contas eu falei que ia no banheiro e desci escondido.

Eu não tinha muito jeito, nunca tive contato com crianças já que eu lecionava no ensino médio, mas conseguia me virar. A garota tinha autonomia e sabia falar! Acho que chão requisitos básicos para eu poder ter um contato básico.

-O que vou fazer com você?- questionei e ela pressionou aquela pelúcia no meu rosto. -Tudo bem, não deve ser tão difícil.- murmurei a colocando no chão da sala coberto pelo tapete.

Será que ela já sabia andar?

Ou no mínimo engatinhar?

Bem, pelo que vejo, a hora de descobrir é agora.

Aproveitei que ela observava a minha sala e comecei a mover os móveis para ampliar a sala e diminuir os riscos de acidentes. Tudo porque já tinha visto alguns clipes na internet. Culpa da Lissa! Ok, trabalho feito e Zoya ficou me olhando enquanto batia na ovelha com o punho fechado. Eu não queria estar no lugar dela...

-Certo, vejamos o que tem por aqui.- murmurei abrindo a bolsa que Dimitri havia deixado comigo. A única coisa que eu enxergava era a quantidade absurda de fraudas. É sério que ela usava tudo isso em poucos dias? Como meus pais não faliram?

A pequena ficou em pé ao meu lado se segurando no sofá que eu estava sentada. Ela virou a cabeça para o lado direito e em seguida para o direito apoiando em minhas pernas. Ficou me observando. Meu impulso foi tocar na ponta de seu nariz e percebi os cantinhos da boca se alargarem. Senti que espelhava suas ações, mas não me importei. Algo nisso me fez sentir bem.

Ela se soltou de vez para se sentar no chão. Tomei um susto enquanto segurava seus bracinhos. Mais um motivo para não ter contato com crianças: elas são imprevisíveis!

Tentei mantê-la entretida. Tentei brincar com o brinquedo de pelúcia ou daquelas brincadeiras de fazer cócegas, mas parecia que nada surtia efeito. Até que liguei a televisão e coloquei um desenho infantil qualquer. Ela ficou quieta sentada no meu colo enquanto eu quase cochilava escorada no sofá. Me forcei a espiá-la quando ela começou a resmungar com a mão na boca.

Físico-químicaOnde histórias criam vida. Descubra agora