Capítulo 19

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-Ozera, temos dois grandes problemas

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-Ozera, temos dois grandes problemas.- falo olhando fixamente a agenda que fiz especialmente para organizar o casamento da Lissa.

-O que seria, Rose?- o tom dele era de preocupação. Se isso não interferisse no dia mais feliz da minha melhor amiga, eu estaria rindo e pirraçando ele horrores.

-O carregamento de peônias vai atrasar. Tento aumentar o número de rosas brancas?

-Antes tente entrar em contato com outras floriculturas, não quero que a Lissa ache que tinham peônias de menos.

-Certo...- suspirei pensando na trabalheira que seria.

-Qual o outro grande problema?

-Eu quero saber como vai ser esse lance entre você e a igreja.

-Eu não entendi.- ele parou um tempo confuso. -Eu não ligo se é um sonho da Lissa casar lá, se for esse o caso.

-O problema é você entrar lá e não incendiar tudo.- comecei com um sorriso de orelha a orelha. -Como enviado do inferno, duvido a igreja ficar intacta.

-Rosie...- murmurou irritado.

-O que foi tocha humana, perdeu a fala?- provoquei.

-Sua criatividade não tem limites.

-Obrigada pelo elogio.- após um suspiro.

-Não foi, você chega ao ponto da insanidade.

-E foi no hospício que te conheci.- ironizei ouvindo-o bufar em seguida.

Olhei para a entrada do corredor e... Oh oh. Há quanto tempo a perdi de vista?

-Christian, tenho que desligar.- se contei conversa? Desliguei na cara dele.

Olhei para Zoya que segurava um salto peep toe. Para ser mais específica, o que eu ganhei da minha mãe de natal. E claro, tinha o fato dela ter se enrolado na minha echarpe.

-Pequena, devolve o sapato da titia.- disse me aproximando devagar.

Ela parou por um minuto e pensou bem vendo minha mão estendida.

-Devolve o sapato da titia e vou pegar aquele lenço cheio de enfeites que você ama.

Peguei o sapato da mão dela quando percebi seu interesse e a coloquei em meu colo, levando-a para meu closet. Estava bagunçado a parte de baixo, algumas gavetas abertas e sapatos espalhados. Acho que devia ficar agradecida por não ser tanta coisa, poderia ter sido pior.

Me apoiei em um pé só, colocando o salto no meu pé para largá-lo no chão. Uma mão ficaria livre para caçar a caixa de lenço umedecido. Por mais que limpe os saltos antes de guardar, nunca é a mesma coisa.

Passei o tecido sintético nas mãos gordinhas. Zoya estava séria em sua cobrança silenciosa. Me pergunto se essa característica é algo dos Belikovs ou simplesmente algo que puxou do tio, o jeito expressivo quando queria algo ou simplesmente a cobrança silenciosa.

Físico-químicaOnde histórias criam vida. Descubra agora