Capítulo 5

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- Ei! Por acaso você esta pensando que eu vou te abandonar Arthur? – Falei abraçando ele por trás. – Eu sou seu sim... Seu amigo, não iria te abandonar. Vou continuar aqui. Isso se você deixar claro.

- Ta falando serio? – Falou se virando de frente comigo.

- Muito sério.

- Claro que eu quero que fique. – Falou ele já enxugando suas lágrimas.

- Que bom. Eu quero te ajudar também, você mesmo disse que não quer continuar nessa vida pra sempre, um apoiando o outro vamos conseguir. – Ele concordou com a cabeça, dei um beijo em sua testa.

- Você é incrível Bruno, faz tudo parecer tão mais fácil. Você veio trazer luz pra minha vida. – Disse encarando-me os olhos. Aproximando e me dando um beijo, o qual não correspondi. Ele me olhou e viu minha cara de reprovação por essa atitude. – Me desculpa. – Falou virando para o outro lado.

- Olha Arthur, eu queria poder me entregar a esse seu beijo, e te amar. Mas vamos com calma, por favor me entenda.

- O que é um beijo perto do que fez comigo na noite passada? – Falou.

- Perder a minha virgindade com você foi especial demais Arthur. Tive oportunidade de perder o cabaço com garotas e garotos, mas sempre tratei o sexo como uma coisa seria demais. E que só teria minha primeira vez com a pessoa que eu amasse. Como a minha longuíssima carreira de garoto de programa chegou ao fim. – Falei fazendo graça - E sem nenhuma transa. A noite de ontem é a mais especial que eu já tive. Acho que tem a probabilidade de ter ocorrido aquilo por que te amo. Só não sei disso ainda. Mas o seu cuzinho eu amei e muito. – Falei apertando sua bunda e rindo.

- Palhaço. – Falou ele rindo.

- Se eu vier a ter algo com você Arthur. Não irei te dividir com ninguém, nem com cliente. Ou seja o primeiro passo pra me conquistar é já ir planejando sua nova profissão. Por que dar, só se for pra mim.

- Muito engraçado Bruno. – Falou rindo. – Mas eu jurava que você seria uma excelente passiva.

- Hahaha. Não jure em vão. Depois de sentir a sensação de comer alguém pela primeira vez, e de experimentar um cuzinho como o seu, fez brotar em minhas veias os mais infames desejos de ser ativo.

- Estou com saudades daquele Bruno tímido de ontem. – Falou Arthur fazendo um bico lindo.

- Mas eu não. – Falei rindo. – Vamos dormir, eu estou com sono, e precisamos estar novinho em folha.

- Vamos. – Falou ele se virando. – Boa noite Bruno.

- Bom dia se quis dizer não é? – Falei dando um beijo em sua nuca. – E vê se evita os tripés dos negão viu, não quero você arrombado. – Falei rindo e me virando para dormir também. Ele riu também e adormeceu.

***

Acordei por volta de meio dia. Com um calor desgraçado que estava fazendo e com o Arthur deitado em meu peito. Fiquei um tempo observando-o, ele era realmente lindo. Estava aconchegado em meu peito, dormia como um anjo. A vontade que tinha era sim de se entregar a essa possível paixão. Mas tinha medo, de me machucar e machucar o Arthur, e principalmente medo de perder essa amizade que em tão poucos dias, parecia que já era de anos.

- A quanto tempo você esta me olhando? – Perguntou Arthur abrindo os olhos.

- Tempo suficiente pra perceber que você parece um anjo dormindo. Por que acordado... – Falei rindo.

- Por que acordado o que Bruno? – Falou ele sentando na cama.

- Nada. – Falei me sentando também. – Então, vamos almoçar, tomar café, jantar, o quê?

Duas Caras (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora