Estágio IV - Parte I

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Tudo é escuro ao meu redor, o chão treme com força por várias vezes, logo percebo que nunca estive neste lugar, há alguns prédio bem antigos, todas as casas com portas fechadas, no fim da rua há uma floresta e bem distante parece haver uma tempestade de raios, eles caem, duas, três, quatro vezes no mesmo local. Sem destino caminho em direção à única luz que vejo, ela está posicionada bem distante no alto de uma torre.

Sigo caminhando na escuridão. A lua se liberta das nuvens e passa a clarear meu caminho. Ouço uivos provavelmente a lua também tenha despertado alguns lobos próximos a mim. Noto alguém vindo em minha direção, na medida em que se aproxima vejo que é um garoto, um adolescente, ele parece atordoado, sem rumo, assim como eu.

- Oi – Diz ele.

- Oi – Respondi.

- Sabe que lugar é este? – Perguntou ele.

- Não, eu nunca estive aqui – Assim que digo, me lembro de que tenho um mapa no bolso de trás da minha calça. – Mas eu tenho um mapa.

- Legal, quem sabe nós consigamos sair daqui – Disse ele.

Penso, mas como eu tenho esse mapa?

No entanto, sem hesitar desdobrei o mapa e leio em voz alta:

- Aqui está escrito Mapa das Cores Escuras, e têm algumas indicações.

- Eu posso ver? – Questionou o garoto.

Nesse instante o chão voltou a tremer, agora de forma mais intensa do que das outras vezes, fazendo com que se abrisse um abismo entre mim e ele. O chão não parava de se abrir e nossa única saída era correr, e quanto mais eu corria o chão se abria de forma ainda mais veloz, em uma das vezes que olhei para trás vi o garoto caindo dentro do abismo. Seus gritos me faziam tremer, eu sentia medo e principalmente desespero. Continuei correndo até perceber que a terra não tremia mais. Quando estava tudo aparentemente calmo, aproximei-me do abismo, não consegui ver o seu fim, só vi escuridão.

Encosto-me a uma pedra enorme que está acomodada sobre várias outras pequenas, enquanto recupero meu fôlego pego o mapa novamente e tento me situar, quando o abro o vejo se alterando, as linhas se apagam e constroem algo novo, representam agora o abismo que acabou de se formar e mostram três pessoas, uma delas sou eu, me vejo no mapa exatamente onde estou, encostada as pedras, os outros dois estão paralelos a mim e sou a mais próxima de uma das duas portas que aparentemente são saídas, porém existem várias barreiras feitas por pedras enormes, o que acaba tornando este lugar um verdadeiro labirinto.

Seleção Para Caçadores de Bruxas (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora