Chapter 3 - Party and... NO WAY!

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  • Dedicado a Emilly Cicolin
                                    

Em exatos dois dias, o caminhão de mudanças chegou, assim como Justin havia dito. O motorista do caminhão nos deixou um papel com um endereço, dizendo que Justin havia ordenado que logo após que chegássemos ao local, o papel deveria ser jogado fora. Eu não conseguia entender o porquê de tanto suspense e sigilo. Ligamos o GPS do carro de Emilly e seguimos até Apharetta, uma das cidades vizinhas de Atlanta.

Após uma hora e meia – em bom trafego – cantarolando, rindo e brincando, finalmente chegamos a casa, se é que podemos chamá-la assim. Na realidade, era uma verdadeira mansão. Eu e Emily mal conseguíamos respirar de tão estonteante que o local era. A mansão ficava no bairro de Windward Peninsula e era localizada de frente a um lago. Como chegamos ao anoitecer, o local se tornava mais magnífico. A mansão era incrível, o telhado era todo em telhas coloniais marrons, que combinava com os detalhes de madeira da fachada. Era enorme, com um jardim extremamente bem cuidado.

O vento soprava frio, pois já estávamos em meados de Outubro, o que é uma conseqüência da primavera. Eu analisava cada canto da fachada, enquanto via toda a minha mobilha ser levada para dentro da casa. Eu não conseguia entender o porquê de uma casa tão grande para os dançarinos, mas talvez Justin ainda se preocupasse com o bem estar de todos.

— Alô, terra chamando Bárbara! – Emily estralava os dedos em minha frente.

— Oi, desculpa, eu me perdi olhando para essa maravilha. – disse sorridente.

— É lindo, não é? A primeira vez que estive aqui eu fiquei da mesma maneira... – Emily suspirou e começou a andar.

— Ei, espera! Tem mais algo que eu não saiba sobre você? – bufei, enquanto andava mais rápido para alcançá-la.

— Barbie, meu amor, tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. – Emily sorriu e prosseguiu. — Vem, vou te mostrar a casa! – Emily entrelaçou nossos braços e fomos correndo até a entrada.

Emily abriu a porta da frente, me fazendo ficar de cabeça baixa e só olhar após entrar com o pé direito. Emily sempre foi muito supersticiosa, e ela adorava passar um pouco disso para mim. Quando levantei a cabeça, meu queixo caiu. O hall era enorme, podia-se ver uma escadaria linda, toda em madeira. A casa tinha dois andares, toda decorada de maneira clássica. Podia-se ver uma sala ao fundo, com as janelas todas em madeira e vidro, um piano branco perto de uma lareira branca com detalhes dourados. Um sofá verde claro ficava por cima de um tapete persa, com uma mesa de centro em madeira e vidro em frente. Peguei-me olhando para cima e girando, tentando ver tudo ao meu redor, quando desequilibrei e cai por cima de alguém.

— Vejo que vocês já chegaram... – Justin disse, me segurando pelos ombros e me ajudando a me equilibrar novamente. — Vou pedir para Ceci levá-las aos seus aposentos. Vejo vocês na piscina as 21h45 para as apresentações, não quero nenhum minuto de atraso.

Justin saiu e logo uma mulher se aproximou. Ela aparentava ter uns quarenta anos, estava toda vestida de preto, com exceção ao lenço branco que ficava ao redor do seu pescoço. Os cabelos estavam presos impecavelmente em um coque banana, seguidos pelo mínimo de maquiagem em seu rosto, o que me fez pensar se ela se arrumava desta forma por querer ou por obrigação. Ela nos olhou de cima a baixo e fez uma careta divertida e logo após abriu um sorriso caloroso.

— Olá, meninas, vocês devem ser Emily e Bárbara. – ela estendeu as mãos para um cumprimento e prosseguiu. — Vamos, vou levá-las aos seus quartos.

Subimos o lance de escadas e Ceci nos levou ao penúltimo quarto do corredor – ao todo, eram sete – Nos entregou uma chave, abriu a porta e saiu, avisando que qualquer coisa bastava apenas tocar o interfone do quarto. A cada coisa que se revelava naquela mansão, eu ficava mais surpresa. Nosso quarto era lindo, havia duas camas Box com colchas clássicas no quarto, que era todo decorado da mesma forma. Um tapete persa preto com rosa ficava entre as camas, cobrindo parte do chão de madeira maciça. As paredes eram cobertas por um papel de parede vintage, listrado em rosa bebê e branco. O teto era de gesso rebaixado, com um lustre em formato de pétalas de rosa. Um espelho e um guarda-roupa enorme ficavam ao lado da parede direita. Era surreal, o quarto era praticamente três vezes maior que meu antigo apartamento.

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