Os meses seguintes passaram-se voando e quando menos esperei já estávamos nas férias. Gale, assim como previ, veio falar comigo inúmeras vezes tentando me fazer mudar de ideia, mas todas suas tentativas foram em vão e com o tempo ele acabou aceitando, e disse que estaria me esperando com todo seu amor. Confesso que chorei bastante naquele dia lembrando-me de tudo que já havíamos vivido juntos e comecei a me questionar se aquela decisão era mesmo a certa a se tomar. Mas então o sorriso e os olhos de Peeta vieram em minha mente e qualquer questionamento relacionado à minha decisão se dissipavam como poeira ao vento.
Depois de Peeta ter salvado a vida de minha patinha ele passou a ser praticamente da família. Meus pais o amavam como se fosse um filho e Prim o tratava como um irmão mais velho, ele estava sempre por perto cuidando dela, era incrível a conexão dos dois. E quanto a mim, cada dia que passava só aumentava mais a certeza de minha paixão por ele. Tudo o que ele fazia me encantava, e isso ia de pequenos a grandes gestos. Só precisei o observar um pouco para saber que ele odiava açúcar no chá, sempre dava dois nós nos cadarços e sua cor preferida era a do por do sol.
Nesses meses que se sucederam nos tornamos muito mais próximos. Ele cumpriu a promessa de me ensinar a andar de moto e aquelas aulas se tornaram a parte mais feliz de meus dias. Quase todas as noites nos reuníamos - ou na casa dele ou na minha - para assistir alguns filmes, ou então simplesmente ficávamos deitados no telhado conversando e observando as estrelas. Cada minuto, cada segundo que passava ao lado dele eu me sentia completa, feliz. Ao lado dele sentia como se todas as coisas estivessem em seus devidos lugares, a vida parecia uma constante mesclagem de coris, as músicas passaram a ser mais suaves e tranquilas. Estávamos vivendo muitos momentos juntos, e em alguns desses momentos me via sentindo uma vontade louca de sentir seus lábios nos meus, saber qual era o gosto de sua boca, saber se seus lábios eram realmente tão macios como pareciam, mas sempre me repreendia, mesmo tendo pedido um tempo a Gale, ainda éramos namorados. Seria errado beijar outro, mas aquela vontade estava me deixando completamente maluca, já tinha até perdido a conta de quantas músicas já havia composto pensando nele, em seus olhos azuis, em seu passado tão misterioso. Peeta estava ocupando cem por cento de meus pensamentos, ele estava mexendo comigo de uma maneira tão forte, tão intensa que chegava a me assustar.
– Você está linda filha. – diz minha mãe me tirando de meus pensamentos. Ela estava me encarando através do meu reflexo no espelho.
Estava terminando de me arrumar para um luau que meus amigos organizaram para comemorar nossa última semana de férias. Meu rosto continha uma maquiagem leve, meus cabelos estavam soltos caindo em ondas sobre meus ombros, quanto a minha roupa, estava vestindo um vestido longo e branco. Simples, porem bonito.
– Você acha mesmo? – pergunto virando-me de frente pra ela que se aproxima de mim.
– Não só acho como tenho certeza. Toma cuidado está bem? Nada de exagerar no álcool. Da última vez que você exagerou na bebida tive que subornar a empregada para lavar seu banheiro. – diz me fazendo gargalhar.
– Pode deixar mãe. A ressaca que fiquei naquele dia não quero sentir nunca mais. – aviso fazendo-a sorri. Escutamos uma buzina de moto e imediatamente sinto meu coração bater mais rápido no peito.
– Deve ser o Peeta. – diz. Dou uma última olhada no espelho e desço indo em direção à porta. Quando abro a mesma vejo Peeta apoiado em sua moto, ele está lindo todo de branco. Quando seus olhos se encontram com os meus ele sorri.
– Divirtam-se. E toma conta da minha filha hein Peeta.
– Pode deixar Clara. – diz sorrindo e nos abraçamos – Você está linda Niss.
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Rock Story
FanfictionKatniss Everdeen: A minha vida é como uma música. Às vezes é alto astral, bem para cima, daquelas que o coração acelera igual a quando você ouve Rock Pauleira. Aí quando eu menos espero vira uma balada romântica, daquelas que faz seu coração bater m...