Capítulo 9 - Um eu te amo, uma canção.

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Fazia exatos três meses que eu e Peeta estávamos namorando, cada dia que se passava podia perceber o quanto ele estava mudando, sua dor também já não era a mesma. Como ele mesmo dizia; minha companhia juntamente com a música estava o renovando a cada momento. Apesar de nunca ter me dito "eu te amo" ele era o mais amoroso possível, estava sempre me tratando com carinho, me levando a lugares diferentes, me dando muito mais do que eu poderia imaginar. Eu sabia perfeitamente que, no estado em que seu coração estava, levaria bastante tempo para poder se reconstruir e me permitir entrar definitivamente nele. Mas a cada beijo, a cada caricia sua eu podia perceber que o "gostar" estava se transformando em algo mais forte, mais intenso e aquilo estava me deixando em um estado de completa felicidade.

Bom, dentre esses três meses o treinador Seneca colocou Peeta como capitão do time, e aquilo estava deixando-o bastante cansado, porque além dos treinos para o campeonato estadual, também tinham os ensaios para o show. Mas no final tudo acabou dando certo, nossa escola ganhou o campeonato e voltou a ficar em primeiro lugar na categoria de escola com mais títulos. Aquilo nos trouxe uma enorme felicidade. O que de certa forma foi um combustível para nos empenharmos mais nos ensaios para o show. E foi nessa onda de ensaios que o tempo passou.

Estávamos no último dia de novembro e hoje era o dia do tão esperado e aguardado Show. Nossas aulas já haviam acabado e juntamente com elas a formatura também. Recebemos nossos diplomas há dois dias e confesso, não consegui conter as lágrimas, afinal de contas foram maravilhosos anos de colegial, que agora haviam chegado ao fim. O show será o encerramento dessa fase de nossas vidas que de agora em diante, permanecerá apenas em nossas lembranças.

Estávamos nos bastidores do show enquanto ouvíamos o discurso do Diretor, para então darmos inicio ao espetáculo. Estava mais que nervosa, além de ter milhares de pessoas esperando para nos assistir, havia meus pais, que acompanharam todo meu desempenho e não poderia desaponta-los, mas acima de tudo havia também os olheiros de Juilliard. Eu estava uma pilha de nervos abraçada a Peeta que tentava a todo custo me acalmar.

Hey, fica calma. sorri docemente para mim enquanto acaricia minhas bochechas Vai dar tudo certo. beija a ponta de meu nariz.

Como você consegue ficar tão calmo? pergunto enquanto me aconchego em seus braços e repouso minha cabeça em seu peito.

Bom, é fácil. Vou estar em cima daquele palco fazendo coisas que amo fazer, com meus amigos, com minha namorada... ergo minha cabeça para encarar seu rosto Então não há pra quê nervosismo.

Meu sonho sempre foi entrar para Juilliard e essa é a melhor oportunidade que poderia existir. Tenho medo de errar algum passo, ou até mesmo esquecer as letras das músicas, tenho medo de não realizar... Meu maior sonho. revelo cabisbaixa.

Ei! Não fica assim. Se você achar que vai errar algum passo é só olhar para mim, ok? pergunta e assinto Quanto a você esquecer as letras das músicas acho impossível. Quando você canta se conecta de uma forma tão perfeita com a música, que mesmo sem saber a letra ela flui naturalmente de você. fala sorrindo.

De que mundo você veio, hein? pergunto encantando com o poder que ele possui de me acalmar. Seu sorriso se torna mais encantador enquanto ele aproxima os lábios dos meus, até finalmente me beijar de forma lenta e tranquilizadora. Seus lábios são tão saborosos que meu desejo é de tê-los colados aos meus para toda eternidade.

Ai que droga! exclama Johanna nos tirando de nossa bolha Eu já estou nervosa pra caralho e a porra desse diretor dos infernos ainda enrola mil anos na droga desse discurso? Eu juro que se ele não sair desse palco em cinco minutos eu atiro um desses violões nele! completa enquanto anda de um lado para o outro, não consigo segurar o riso. É muito engraçado ver Johanna nervosa desse jeito.

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