Capítulo 10 - Uma decepção, uma canção.

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Estávamos em pleno 25 de dezembro, a data que eu mais amava em todo o ano, o Natal. Minha mãe havia convidado Peeta, Effie e seu namorado Haymitch para passarem com a gente. E naquele momento estávamos todos sentados à mesa para comemorar aquela data tão especial. Esse mês de dezembro estava cheio de emoções, primeiro por que no dia 5 havia sido o aniversario de Peeta, que completara 19 anos, depois porque a carta de Juilliard havia chegado e por último, porque era Natal. A felicidade era tanta que não cabia em mim.

A ceia correu perfeitamente bem, comemos, bebemos e conversamos. E entre essas conversas descobri que Haymitch era dono de um restaurante Italiano no centro e que foi lá, onde ele e Effie se conheceram. Os dois estavam mais do que apaixonados e Peeta estava muito feliz com aquilo. Ele me disse que desde o falecimento do marido de Effie ela não saia com ninguém, era sempre muito sozinha e depois do acidente com sua família essa solidão só aumentou.

Depois que a ceia terminou todos fomos para sala, meu pai pegou uma garrafa de vinho Château Margaux e serviu uma taça para cada um. Conversávamos sobre assuntos variados enquanto riamos das gracinhas de Peeta e Prim. Quando o relógio marcou dez horas resolvemos trocar os presentes. Prim ganhou muitos brinquedos e sua felicidade era contagiante. Também ganhei muitos presentes, mas nenhum deles chegou aos pés do de Peeta, que me presenteou com um lindo violão branco personalizado com meu nome. Depois de todos já terem recebido seus presentes ficamos conversando mais um pouco. Prim depois de muito brincar acabou dormindo nos braços de Peeta e resolvemos coloca-la na cama. O jeito que ele a cobriu com o cobertor, me fez imaginar um futuro ao qual ele estaria colocando nosso filho para dormir com a mesma delicadeza e carinho.

Depois de se certificar que ela estava tendo um sono tranquilo saímos e fomos para meu quarto. Assim que fechei a porta Peeta avançou em meus lábios me beijando com rapidez e paixão, finalizando com uma mordidinha em meu lábio inferior. Eu amava quando ele fazia aquilo. Nos deitamos em minha cama, abraçados, eu como sempre com a cabeça em cima de seu peito, ouvindo o tranquilo som de seu coração.

- Peeta. - chamo erguendo minha cabeça para encara-lo, seus olhos analisam todo meu rosto e em seus lábios a um pequeno sorriso - Minha carta de Juilliard chegou.

- A minha também. E então, você foi aceita? - pergunta curioso.

- Fui! - digo entusiasmada e ele me abraça - Eu nem acredito Peeta! Eu vou realizar meu sonho! - minha voz sai abafada por seu pescoço.

- Parabéns amor. - meu sorriso triplica de tamanho ao ouvi-lo me chamar de amor, ele vem me chamando assim desde aquela noite em seu quarto, mas mesmo assim meu coração ainda acelera como se estivesse ouvindo pela primeira vez - Você merece. - beija meus cabelos.

Afasto-me um pouco de nosso abraço para poder encara-lo novamente.

- E a sua? Ela também chegou, certo? - pergunto.

- Certo. - responde, espero que ele diga mais alguma coisa, mas o mesmo permanece calado.

- E então? Você foi aceito ou não? - pergunto um pouco aflita.

- Bom... - ele deixa a frase morrer no ar e leva a mão até a nuca para coça-la.

Sinto meu coração apertar no peito com a remota possibilidade de ele não ter sido aceito. Desde o momento em que nós começamos a namorar não consigo mais ficar longe dele, de seus beijos, abraços, caricias... Vai ser impossível manter um relacionamento a distancia, eu preciso dele assim como ele precisa de mim.

- Anda logo Peeta! Você já está me deixando aflita! - bato em seu peito e ele começa a rir.

- Calma esquentadinha. Eu também fui aceito. - revela, não consigo conter um grito de felicidade e me jogo sobre seu corpo - Não grita Niss, assim você vai acabar acordando a pequena. - me repreende, porem o sorriso não abandona seus lábios.

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