Epílogo - Uma última canção.

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Ela anda pela areia com um pouco de dificuldade devido ao seu recém-formado 1 ano de idade. Suas perninhas gorduchas falham em algumas passadas enquanto seus pequenos dedinhos afundam-se na areia. Com seus cachinhos loiros voando ao vento ela vêm sorridente em minha direção, seus olhinhos cinzentos brilham devido ao seu entusiasmo, mas ela acaba tropeçando nos próprios pés e cai sentada na areia, rio baixinho ao ver seu biquinho de desgosto, mas logo em seguida sua gostosa gargalhada está ecoando por toda a praia.

Mama. chama-me enquanto bate as pequenas mãozinhas na areia.

Esse vídeo com certeza vai para o papai. aviso parando a gravação e a envio para meu marido.

Papa. diz batendo novamente as mãozinhas na areia, seu sorriso banguela é capaz de derreter até o mais gélido dos corações. Aproximo-me dela e a pego nos braços.

Você é a coisinha mais fofa que existe nesse mundo. digo distribuindo vários beijinhos por suas bochechas rosadas enquanto ela rir. Ficamos as duas ali, sentadas na areia assistindo ao espetáculo do por do sol.

Já faz mais ou menos quinze anos que Peeta cantou aquela bela música pra mim no Central Parck, quinze anos que nos reconciliamos e desde aquele dia nunca mais nos separamos. Pouco tempo depois de termos terminamos a faculdade, nos casamos. Foi algo simples, porem algo que estaria cravado em minha mente para toda a eternidade. No mesmo ano do casamento fomos contratados para um Musical na Broadway, e esse foi o estopim para nossa carreira musical alavancar. Meses depois voltamos para LA e assinamos contrato com a gravadora de meus pais, em pouco tempo nosso CD já era um dos mais vendidos de todo os EUA. Sim, Peeta e eu cantávamos juntos e acho que esse era um dos motivos pelo qual nossos CDs faziam tanto sucesso, porque quando nossas vozes entravam em sincronia, todos os nossos sentimentos eram expostos, mostrando como nossa melodia era capaz de alcançar até o mais obscuro dos corações.

Cerca de dois anos depois do nosso casamento tivemos nosso primeiro filho, o pequeno Jack, que era uma mistura perfeita minha e de Peeta. Com os cabelos escuros e os olhos azuis ele encantava todos ao seu redor. Quando senti pela primeira vez a agitação dele dentro de mim foi um pouco assustador, mas o amor que tanto eu, como Peeta sentíamos por ele levou qualquer sentimento ruim para longe. A primeira vez que o peguei em meus braços foi tão emocionante que as lágrimas me acompanharam por muitas horas, assim como Peeta, que diferente de anos atrás, pode enfim ter em seus braços seu filho, o fruto do nosso amor. No inicio foi um pouco difícil, pois tínhamos que fazer shows e Jack era muito pequeno para nos acompanhar, por isso sempre o deixava com meus pais. Mas tanto Peeta, como eu, sofríamos muito por estarmos longe de nosso pequeno príncipe e foi naquela época que demos uma pausa em nossa carreira. Alguns fãs ficaram bastante tristes, mas eles entendiam nossa situação. Quando Jack completou três anos, voltamos para nossa rotina de shows, só que desta vez tendo nosso pequeno como fã número um.

Quando Jack já se encontrava com seus seis anos completos dei a luz a Hope, nossa princesinha. Sim, ela tem o mesmo nome da irmãzinha de Peeta. Naquela tarde quente de primavera eu vi, através da janela do hospital, um tordo cantando em um galho de árvore. E naquele exato momento eu soube que, Hope seria o nome perfeito pra ela, pois ela representaria a gentileza e a doçura da irmã de Peeta, assim como também representaria nosso tordo, nossa esperança. Esperança de uma nova vida, de um novo começo, de um novo caminho. E Peeta emocionado, naquela tarde chorou como um bebê.

Agora Jack se encontra com sete anos, enquanto Hope acabou de completar seu primeiro ano de vida. E hoje, posso garantir que somos a família mais feliz do mundo. Claro que assim como todo casal eu e Peeta brigamos, mas nunca foi algo serio, creio que até faça bem para nossa relação, pois sempre depois de uma discussão nos amamos como se fosse à primeira vez.

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